quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MEC bloqueia Fies para universidades que tiveram reajuste acima de 4,5% na mensalidade

Estudantes das instituições afetadas não conseguem confirmar a renovação do financiamento

A poucos dias de iniciar o ano letivo nas universidades, estudantes que dependem do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ainda não sabem se terão o crédito renovado neste semestre. Uma nova regra criada pelo Ministério da Educação (MEC) bloqueia o crédito para as instituições que tiveram reajuste de mensalidade acima de 4,5% - meta de inflação fixada pelo governo.
A renovação do Fies está disponível no sistema há dez dias. No entanto, milhares de alunos não conseguem confirmar o crédito. De acordo com o MEC, até agora, apenas cerca de 280 mil efetuaram a renovação. O ministro da Educação, Cid Gomes, disse que as universidades devem explicar o motivo do acréscimo acima de de 4,5%. Segundo ele, a regra foi criada para proteger os estudantes que terão que pagar o empréstimo mais tarde e porque recursos públicos são usados para o financiamento. "Se alguém reajustar sua mensalidade acima da inflação, tem de ser justificado. Nós temos que acompanhar esse processo. Isso não pode correr solto. Estamos tratando de recursos públicos. Qual foi a inflação no Brasil nos últimos seis meses?", ponderou.
Conforme o Bom Dia Brasil, a Federação das Universidades Particulares entrou com uma ação na Justiça para tentar suspender a regra, que teria sido surpresa. "O governo não discutiu o assunto com as universidades, apenas entrou com a regra no meio do jogo", afirmou a presidente da federação, Amábile Tácios. O MEC também anunciou que haverá uma nova medida para a concessão do Fies: apenas universidades bem avaliadas poderão disponibilizar o crédito estudantil.
Reembolso
A partir de agora, o governo reembolsará oito parcelas das mensalidades por ano para as instituições. Até então, as faculdades recebiam 12 parcelas anuais. As demais quatro mensalidades serão pagas somente após a formatura do estudante. Entretanto, a portaria não estabelece quando os valores serão reembolsados para as instituições nem se sofrerão correções monetárias.
A medida recebeu críticas das instituições de ensino. O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Gabriel Mario Rodrigues, fez duras críticas à mudança, que, segundo ele, vão prejudicar o funcionamento das faculdades particulares do país.

fonte: Redação Portal Gaz

Nenhum comentário:

Postar um comentário