sábado, 28 de fevereiro de 2015

CEE-SP aprova curso de Medicina na FAI

O Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE-SP) aprovou às 15 horas desta quarta-feira, 25, a instalação do curso de Medicina nas Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).
Segundo o diretor geral da FAI e conselheiro do CEE-SP, Prof. Dr. Márcio Cardim, as aulas da primeira turma do novo curso têm início já em agosto de 2015. O Vestibular para Medicina deve ser realizado no mês de junho.
Presente no momento da aprovação do novo curso, o diretor geral, acompanhado da integrante da Comissão de Professores pró-Medicina da FAI e responsável pela elaboração do projeto pedagógico do curso, Prof.ª Dr.ª Marisa Furtado Mozini Cardim, do presidente do CEE-SP, Prof. Dr. Francisco José Carbonari, da vice-presidente Prof.ª Dr.ª Bernardete Angelina Gatti e da presidente da Câmara de Educação Superior, Prof.ª Dr.ª Rose Neubauer, comemorou a conquista.
"É um sonho que começou a ser realizado em 2011, quando assumimos a direção da FAI", destacou Cardim.
Segundo o diretor, durante os anos de 2011 e 2012, a direção da faculdade iniciou estudos de viabilidade para implantação do curso de Medicina na instituição. "Foram muitas reuniões, pesquisas e leituras sobre o assunto, além do levantamento das necessidades da região na área de Saúde. As diretrizes curriculares para o curso de Medicina em 2011 não eram totalmente favoráveis à implantação do curso na época. Porém, com o surgimento do Programa Mais Médicos, do Governo Federal, e da formatação das novas diretrizes elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação para a criação de novos cursos de Medicina, tivemos a convicção de que a FAI se enquadrava neste novo formato de curso e que os estágios e internato poderiam perfeitamente ser desenvolvidos nas unidades básicas de saúde e nos hospitais de nossa região. Assim, a partir do segundo semestre de 2012, demos início a um trabalho direcionado ao levantamento de informações que pudessem subsidiar a construção de um projeto pedagógico para o curso de Medicina da FAI", resumiu o diretor geral.
Em 2013 a congregação da FAI atestou a importância do curso de Medicina e a direção nomeou uma comissão que passaria a realizar um estudo detalhado das necessidades e viabilidade concreta do curso. A Comissão foi composta pelos professores César Marinho, Ana Vitória Salimon dos Santos, José Pedro Ruete, Marisa Furtado Mozini Cardim, Osmar de Oliveira Ramos e Wendel Cléber Soares. Também integraram a equipe Miguel Ramalho Boiça e Sueli Rombaldi Cunha.
A FAI contou com a colaboração da pesquisadora Prof.ª Dr.ª Ivete Dalben (falecida em agosto de 2014), então professora de Epidemiologia da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, para a elaboração do projeto pedagógico do curso ao lado da Prof.ª Dr.ª Marisa Furtado Mozini Cardim, integrante da Comissão de Professores pró-Medicina da FAI.
Além disso, a instituição procurou as prefeituras de Adamantina e municípios vizinhos a fim de firmar convênios com estruturas da área de Saúde para o internato dos universitários, sendo, inclusive, assinados termos de compromisso entre a instituição e esses municípios.
"Em 2012, quando assumimos uma cadeira como membro titular do CEE-SP, conseguimos fortalecer sobremaneira a aprovação do curso porque, enquanto membro, participamos de todas as discussões que envolviam o projeto pedagógico do curso e também as discussões em torno do fortalecimento das Instituições Municipais de Ensino Superior [IMES] e para que elas pudessem oferecer cursos de Medicina", pontuou Márcio Cardim.
Para o diretor, o que possibilitou essa atuação no CEE-SP foi a atuação "importantíssima" do deputado estadual Mauro Bragato (PSDB). "O governador Geraldo Alckmin [PSDB] e o secretário estadual de Educação, Prof. Herman Voorwald, homologaram o nosso nome por meio do trabalho político do deputado Bragato e do apoio irrestrito do então prefeito de Adamantina, Kiko Micheloni [DEM], em 2012", lembrou.
"Nessa conquista de hoje, gostaria de agradecer também o prefeito Ivo Santos [PSDB] pelo apoio e pela confiança depositada nesta direção", concluiu Cardim.
Benefícios
Com uma faculdade de Medicina, a região verá a qualidade da prestação de serviços na área de Saúde alavancada com o estágio e a residência médica dos alunos do curso em hospitais e Centros de Saúde das cidades circunvizinhas a Adamantina.
"Num segundo momento, após a formatura das primeiras turmas, assim como aconteceu com a Enfermagem e Odontologia, haverá uma fixação de novos profissionais na região, que é uma das regiões do estado de São Paulo que apresentam os menores números de médicos por habitante", comentou a Prof.ª Dr.ª Ivete Dalben durante entrevista em fevereiro de 2014.
O prefeito
Após a divulgação da aprovação, o prefeito de Adamantina, Ivo Santos se manifestou por meio de nota enviada a imprensa.
Ivo declara que a conquista do curso de medicina estava prevista em seu plano de governo e destaca a sua importância os benefícios do mesmo para a Nova Alta Paulista. O prefeito pontua que o curso representa um marco para a instituição e para os municípios da região.
Ivo diz que a aprovação é um dia histórico para Adamantina e região e salienta que a vinda do curso de Medicina é uma parceria com a FAI.
“Demos total apoio à implantação do curso, uma proposta que nós também defendíamos, tanto que ele só pode ser apresentado ao CEE com a minha assinatura e reconduzimos o Márcio para que ele conduzisse esse processo”, finaliza.
 
Fonte: A.I./Augusto Santos


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

MEC bloqueia Fies para universidades que tiveram reajuste acima de 4,5% na mensalidade

Estudantes das instituições afetadas não conseguem confirmar a renovação do financiamento

A poucos dias de iniciar o ano letivo nas universidades, estudantes que dependem do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ainda não sabem se terão o crédito renovado neste semestre. Uma nova regra criada pelo Ministério da Educação (MEC) bloqueia o crédito para as instituições que tiveram reajuste de mensalidade acima de 4,5% - meta de inflação fixada pelo governo.
A renovação do Fies está disponível no sistema há dez dias. No entanto, milhares de alunos não conseguem confirmar o crédito. De acordo com o MEC, até agora, apenas cerca de 280 mil efetuaram a renovação. O ministro da Educação, Cid Gomes, disse que as universidades devem explicar o motivo do acréscimo acima de de 4,5%. Segundo ele, a regra foi criada para proteger os estudantes que terão que pagar o empréstimo mais tarde e porque recursos públicos são usados para o financiamento. "Se alguém reajustar sua mensalidade acima da inflação, tem de ser justificado. Nós temos que acompanhar esse processo. Isso não pode correr solto. Estamos tratando de recursos públicos. Qual foi a inflação no Brasil nos últimos seis meses?", ponderou.
Conforme o Bom Dia Brasil, a Federação das Universidades Particulares entrou com uma ação na Justiça para tentar suspender a regra, que teria sido surpresa. "O governo não discutiu o assunto com as universidades, apenas entrou com a regra no meio do jogo", afirmou a presidente da federação, Amábile Tácios. O MEC também anunciou que haverá uma nova medida para a concessão do Fies: apenas universidades bem avaliadas poderão disponibilizar o crédito estudantil.
Reembolso
A partir de agora, o governo reembolsará oito parcelas das mensalidades por ano para as instituições. Até então, as faculdades recebiam 12 parcelas anuais. As demais quatro mensalidades serão pagas somente após a formatura do estudante. Entretanto, a portaria não estabelece quando os valores serão reembolsados para as instituições nem se sofrerão correções monetárias.
A medida recebeu críticas das instituições de ensino. O presidente da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (Abmes), Gabriel Mario Rodrigues, fez duras críticas à mudança, que, segundo ele, vão prejudicar o funcionamento das faculdades particulares do país.

fonte: Redação Portal Gaz