sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Projeto consegue a participação de médicos para atendimento gratuito

Internet une médicos de quatro estados brasileiros para atenderem de graça. Entidades beneficentes fazem a triagem e encontram especialistas.


Médicos de quatro estados brasileiros se uniram para dar atendimento de graça a quem precisa.

Saiba mais sobre o programa de atendimento médico gratuito

Márcia e João sabem a dificuldade que é conseguir exames e consultas com especialistas. Só em São Paulo são mais de 600 mil pessoas na fila do SUS para várias especialidades.

Jornal Nacional: Estava há quanto tempo sem consulta com ginecologista?
Márcia Luciano, auxiliar de educação: Mais de um ano, mais de um ano. Estou esperando há quatro anos uma mamografia.

“Se a pessoa está com alguma suspeita de ter uma doença, vai esperar quatro meses, cinco meses para fazer um exame? Ai chega lá já não dá mais”, diz o técnico industrial João Antônio Bentim.

Por outro lado, existem profissionais como médicos, psicólogos, fisioterapeutas com algum tempo livre e muita disposição para ajudar.

“Eu sou dos que não tem limites, então conforme há necessidade eu vou encaixando na minha agenda e faço o atendimento dessa maneira”, explica um médico.

O que junta os dois lados é a internet. Onze entidades beneficentes fazem a triagem e encontram os especialistas que abrem horários em seus próprios consultórios para atender de graça.

Em quase dois anos, o projeto conseguiu a participação de 450 profissionais de saúde que já atenderam seis mil pessoas. Brasileiros que, em consultórios, conheceram um tipo de atendimento que sempre pareceu um luxo distante.

“Ele pergunta uma seria de coisas para saber o que aconteceu, como é que foi, como é o dia a dia, então passa a ser um amigo, que é uma coisa que a gente deposita uma confiança muito grande”, afirma João Antônio.

“Pede todos os exames, eu fiz todos os exames em 20 dias. E retornei”, conta Márcia.

Óticas e laboratórios são parceiros dessa experiência que acontece em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Florianópolis. Mas os criadores do projeto querem multiplicar a ideia pelo país.

“O profissional, ele já tem isso no seu DNA, na sua vocação. Ele pode quando ele quiser e quando ele puder, doar uma hora para fazer a diferença na vida das pessoas”, defende o geriatra e coordenador do programa João Paulo Ribeiro.

Fonte: G1 GLOBO

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