sexta-feira, 31 de outubro de 2014

UFPR abre vagas para transferência




Estudantes de graduação regularmente matriculados em instituições de ensino superior nacionais ou estrangeiras podem pleitear transferência para a Universidade Federal do Paraná (UFPR). A Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) divulgou as normas que regerão a oferta de vagas remanescentes em diversos cursos de graduação para a Transferência, modalidade integrante do Programa de Ocupação de Vagas Remanescentes (Provar).

As inscrições devem ser feitas exclusivamente via internet, pelo site www.provar.ufpr.br, no período de 13 de outubro a 03 de novembro de 2014. O candidato deverá preencher o formulário de inscrição, imprimir o boleto e efetuar o pagamento da taxa de R$ 160, até as 16h do dia 04 de novembro. O Edital 04/2014, com informações sobre os cursos, número de vagas e detalhamento do processo seletivo, que inclui prova, está disponível no mesmo site.

Vagas

Há vagas em 81 opções de cursos. Pelas especificidades de formação, há cursos que só aceitarão inscrições de cursos similares – para tentar uma vaga no curso de Medicina, por exemplo, é necessário ser aluno de Medicina- porém há cursos que aceitam inscrições de formações afins, caso do curso de Engenharia Industrial Madeireira que aceitará inscrições de oriundos de outras engenharias e outras formações da área de Tecnologia/Exatas.

Para se candidatar, o aluno deve cumprir requisitos como cargas horárias mínima e máxima permitidas e ter concluído com aprovação, na instituição de origem, no mínimo todas as disciplinas do ano/semestre mínimo exigido para inscrição. O candidato não pode ter sido jubilado na UFPR, não pode possuir período de trancamento na instituição de origem maior do que três anos ou seis semestres, consecutivos ou não; e ainda não pode ter obtido benefício de vaga remanescente na UFPR, por qualquer uma das modalidades do Provar.



A prova de conhecimentos específicos do curso, com 20 questões objetivas, abrangendo aspectos gerais dos conteúdos de programa específico do curso pretendido na UFPR, será realizada no dia 7 de dezembro apenas em Curitiba. Mais informações no site www.provar.ufpr.br ou pelo telefone 3310-2682.


Fonte: Universidade Federal do Paraná

Projeto consegue a participação de médicos para atendimento gratuito

Internet une médicos de quatro estados brasileiros para atenderem de graça. Entidades beneficentes fazem a triagem e encontram especialistas.


Médicos de quatro estados brasileiros se uniram para dar atendimento de graça a quem precisa.

Saiba mais sobre o programa de atendimento médico gratuito

Márcia e João sabem a dificuldade que é conseguir exames e consultas com especialistas. Só em São Paulo são mais de 600 mil pessoas na fila do SUS para várias especialidades.

Jornal Nacional: Estava há quanto tempo sem consulta com ginecologista?
Márcia Luciano, auxiliar de educação: Mais de um ano, mais de um ano. Estou esperando há quatro anos uma mamografia.

“Se a pessoa está com alguma suspeita de ter uma doença, vai esperar quatro meses, cinco meses para fazer um exame? Ai chega lá já não dá mais”, diz o técnico industrial João Antônio Bentim.

Por outro lado, existem profissionais como médicos, psicólogos, fisioterapeutas com algum tempo livre e muita disposição para ajudar.

“Eu sou dos que não tem limites, então conforme há necessidade eu vou encaixando na minha agenda e faço o atendimento dessa maneira”, explica um médico.

O que junta os dois lados é a internet. Onze entidades beneficentes fazem a triagem e encontram os especialistas que abrem horários em seus próprios consultórios para atender de graça.

Em quase dois anos, o projeto conseguiu a participação de 450 profissionais de saúde que já atenderam seis mil pessoas. Brasileiros que, em consultórios, conheceram um tipo de atendimento que sempre pareceu um luxo distante.

“Ele pergunta uma seria de coisas para saber o que aconteceu, como é que foi, como é o dia a dia, então passa a ser um amigo, que é uma coisa que a gente deposita uma confiança muito grande”, afirma João Antônio.

“Pede todos os exames, eu fiz todos os exames em 20 dias. E retornei”, conta Márcia.

Óticas e laboratórios são parceiros dessa experiência que acontece em São Paulo, Rio, Porto Alegre e Florianópolis. Mas os criadores do projeto querem multiplicar a ideia pelo país.

“O profissional, ele já tem isso no seu DNA, na sua vocação. Ele pode quando ele quiser e quando ele puder, doar uma hora para fazer a diferença na vida das pessoas”, defende o geriatra e coordenador do programa João Paulo Ribeiro.

Fonte: G1 GLOBO

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Depois de médicos, Dilma estuda importar engenheiros




A presidente Dilma Rousseff
Débora Bergamasco, de AGÊNCIA ESTADO

Brasília - A presidente Dilma Rousseff já está estudando um modo de facilitar a vinda de engenheiros estrangeiros para trabalhar no Brasil, assim como fez com profissionais da área da saúde, no Programa Mais Médicos. Alguns ministros do chamado "núcleo duro" do governo estão tentando provar para a petista que a medida ajudaria a solucionar um dos problemas que atravancam o andamento de obras e o repasse de verba federal para municípios.

Hoje, faltam nas prefeituras especialistas dispostos a trabalhar na elaboração de projetos básico e executivo, fundamentais para que a cidade possa receber recursos da União.

As travas no repasse de dinheiro já foram identificadas por Dilma como um dos obstáculos para que o Executivo consiga impulsionar o crescimento econômico e acelerar obras de infraestrutura - dois gargalos que poderão custar caro para a candidatura à reeleição.

O governo já investe hoje no estágio e na especialização de engenheiros brasileiros no exterior com o Ciência Sem Fronteiras, programa comandado pelos ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação. Mas a ideia estudada no Palácio do Planalto é ir além, aproveitando os profissionais de fora já prontos, para que tragam expertise e preencham lacunas em regiões hoje desprezadas pelos brasileiros. A proposta inicial é importar especialmente mão de obra de nações que enfrentam crise econômica e têm idiomas afins, como Portugal e Espanha.

O plano ainda está em estágio embrionário e setores técnicos do governo ainda não foram comunicados sobre a ideia. O ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, acredita que o Mais Médicos pode até servir como uma experiência piloto. Entretanto, aposta mais na eficiência do Ciência Sem Fronteiras. "O ideal não é ter mais, porém melhores engenheiros dispostos a trabalhar em áreas carentes desses profissionais."

Para se ter uma ideia, o Maranhão é hoje o Estado brasileiro que menos abriga empregados da área de engenharia. De acordo com dados do IBGE de 2010, a média é de 1.265 habitantes por engenheiro em todo Maranhão, seguido pelo Piauí (1.197 habitantes por engenheiro) e Roraima (1.023 habitantes por engenheiro). São Paulo é o que mais concentra esse tipo de profissional (148 habitantes por engenheiro).

‘Presente de grego’. Na gestão anterior, o ex-presidente Lula afirmou ter dinheiro em caixa para investir, fez um chamamento aos prefeitos pedindo para que eles encaminhassem a Brasília projetos executivos assinados por engenheiros para que a União pudesse repassar dinheiro para as prefeituras. Dilma também vem reivindicando a mesma iniciativa. Mas há gestores municipais que consideram os programas de transferência voluntária de renda federal um "presente de grego".

Para o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, a falta de engenheiros é apenas uma das dificuldades para que os municípios recebam investimentos federais. "Além da dificuldade em formar um quadro com engenheiro civil, mecânico e agrônomo, a demora na liberação de licença ambiental e a dificuldade para comprovar a propriedade de um terreno também atrapalham muito", avalia Ziulkoski.

Outro imbróglio que ele aponta é a falta de dinheiro para a "contrapartida". Segundo ele, no caso do Bolsa Família, por exemplo, cabe ao município manter atualizado o cadastro dos beneficiários, checar quem morreu, quem arrumou emprego, as crianças que estão na escola. "Tudo tem um custo, é um presente de grego", afirma. "Eu sou o primeiro a dizer aos prefeitos que nem mandem projetos, porque eles nem conseguem manter os que já têm. Só que os 4.100 novos eleitos ainda estão sonhando, achando que podem fazer muita coisa."

Imigração. A Secretaria de Assuntos Estratégicos está conduzindo um projeto para estimular a entrada de mão de obra estrangeira qualificada em território nacional. Segundo dados de 2010 compilados pela SAE, o número de imigrantes de primeira geração que vive hoje no Brasil representa 0,3% da população (cerca de 600 mil pessoas), diante da média mundial de 3%. A pesquisa cita que "países altamente desenvolvidos como Suíça, Nova Zelândia, Austrália e Canadá possuem mais de 20% da população formada por imigrantes". As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

CFM: Propostas de união e diálogo nacional merecem reflexão



29/10/2014

O Conselho Federal de Medicina (CFM) entende que a construção da unidade nacional como prioridade e abertura de diálogo com diferentes segmentos da sociedade – questões apontadas em discursos recentes pelos então candidatos Aécio Neves e Dilma Rousseff – merecem a reflexão por parte dos brasileiros e suas instituições.



Este é o mote de nota divulgada nesta terça-feira (28) pela autarquia federal, que aponta o conteúdo do Manifesto em Defesa da Saúde Brasileira, como fonte de subsídios para o enfrentamento da crise na área.



Leia abaixo a íntegra da nota:



NOTA A SOCIEDADE



Como autarquia federal, criada pela Lei 3.268/57, o Conselho Federal de Medicina (CFM) entende que os pontos levantados - em discursos - pelos então candidatos Aécio Neves, ao defender a construção da unidade nacional como prioridade, e Dilma Rousseff, ao se colocar aberta ao diálogo com os diferentes segmentos da sociedade, devem ser objeto de profunda reflexão dos brasileiros e das instituições que os representam.



Neste contexto, o CFM pretende conduzir suas atividades à luz de sua missão pública, de forma autônoma, independente e sem subserviência, preocupado com a defesa do ético exercício da medicina, com a valorização do trabalho médico e com a qualificação da assistência em todos os níveis.



Como primeira contribuição, a autarquia resgata o conteúdo do Manifesto em Defesa da Saúde Brasileira, assinado pelo CFM e por várias entidades médicas e que contém 44 propostas para a área.



O documento encaminhado a todos candidatos à Presidência da República - ainda no primeiro turno – pode subsidiar futuros debates com os governantes, legisladores, juristas, estudiosos e cidadãos com o objetivo de enfrentar os graves problemas que afetam a saúde brasileira.



Fonte: CFM

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Experiências da cooperação entre Brasil e Paraguai são publicadas pela Opas/OMS



Fonte: Informe Ensp

A experiência de trabalho da cooperação bilateral Brasil - Paraguai ganhou uma publicação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS), na série Boas práticas da gestão de termos de cooperação. Essa iniciativa teve origem em 2008, quando a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) passou a apoiar o Paraguai no processo de reordenamento de seu sistema de saúde, por meio de uma assessoria técnica para a implementação da Estratégia de Saúde da Família (ESF) no país. Toda a metodologia utilizada nesse processo foi detalhada na publicação e, segundo o documento, é possível que ela seja aplicada em outras iniciativas de cooperação Sul-Sul, levando-se em consideração os sistemas de saúde e a história de cada sociedade. O documento está disponível para acesso.

O programa de saúde da família, comprovadamente, permitiu ao Brasil melhorar seus impactos de saúde e, consequentemente a isso, aumentar a eficácia de outras políticas públicas sociais aqui implementadas. Buscando reestruturar o sistema de saúde do seu país e apoiado nos bons resultados brasileiros, o Paraguai estabeleceu esta cooperação com o governo brasileiro através do Ministério da Saúde e da Fiocruz e Opas.

A publicação, intitulada Cooperação Técnica entre Brasil e Paraguai para a Implementação do Programa Saúde da Família no Paraguai, teve como autores Carlos Eduardo Aguilera Campos, docente da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da ENSP/Fiocruz e da Residência e Internato em Medicina de Família e Comunidade da UFRJ, Erica Kastrup e Ana Laura Brandão, ambas da Cooperação Internacional da ENSP, e a consultora jurídica no Brasil e Espanha em elaboração de acordos, convênio e contratos internacionais da Opas/OMS, Roberta de Freitas.

Carlos Eduardo, Erica e Ana Laura integram, desde o início do processo, a equipe técnica responsável pela cooperação Brasil-Paraguai. Ana Laura ressaltou que a experiência apresentada nesta publicação vai além da história vivida nesses cinco anos de cooperação bilateral. Segundo ela, a iniciativa é um exemplo de como os países das Américas podem aprender juntos, guiados pelos ideais políticos de acesso universal, e baseados sempre na busca e utilização das melhores evidências, práticas e no aperfeiçoamento de melhores instrumentos.

Erica lembrou que a integração em redes internacionais está entre as orientações estratégicas de cooperação internacional executadas pela ENSP. De acordo com ela, no campo das políticas públicas de saúde, as redes internacionais são espaços de informação, articulação e compartilhamento de experiências que apoiam os processos de inovação e desenvolvimento de políticas em prol da saúde global. “Por isso, a ENSP integra diversas redes de conhecimento e, no âmbito da cooperação Sul-Sul, exerce a secretaria executiva da Rede de Escolas de Saúde Pública da Unasul”, constatou ela.

Erica disse ainda que a Resp/Unasul, por seu caráter governamental, constitui uma rede de Escolas de Governo, representando um espaço de articulação e produção de novas tecnologias que contribuam diretamente para o aprimoramento dos sistemas de saúde da região. “Sistematizar estas experiências de cooperação bilateral está entre os trabalhos da Secretaria Executiva da Resp, pois a implementação e qualificação de estratégias de Atenção Primária à Saúde (APS) nos países que compõem a Unasul é um desafio comum a todos”, defendeu.

Mais de 500 médicos estrangeiros são voluntários para trabalhar nas Olimpíadas de 2016




O Comitê Organizador das Olimpíadas no Brasil recebeu mais inscrições de médicos estrangeiros, 500 até agora, do que de brasileiros, para trabalhar como voluntários nos 80 postos que serão montados durante os Jogos Olímpicos de 2016. Esta é uma das informações que o médico-chefe dos Jogos Olímpicos, João Grangeiro, abordará durante o Simpósio ‘A Saúde do Atleta nos Jogos Olímpicos’, durante o 46º Congresso da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT.

O evento está marcado para 21 de novembro, no Centro de Convenções Sulamérica e, na conferência de abertura, o próprio João Grangeiro vai apresentar o grandioso projeto que permitirá atendimento imediato tanto na Vila Olímpica como nas dezenas de arenas onde os jogos serão disputados. Grangeiro explicará o esquema de retaguarda dos hospitais que estarão preparados para receber os atletas com problemas, cujo transporte ficará a cargo de um pool de ambulâncias que também está sendo preparado.

Pela sua importância, o Simpósio vai incluir conferencistas internacionais. O norueguês Lars Engerbretsen falará sobre o programa de Medicina do Esporte e como proteger a saúde dos atletas olímpicos. Já o norte-americano Scott Rodeo terá como tema o modelo de hospital de referência para o atleta de alta performance.

Projeto ambicioso

João Grangeiro, explica que tradicionalmente é montada uma estrutura de atendimento médico pré-hospitalar em todos os locais de competição com ortopedistas com expertise em emergências, cardiologistas e clínicos. “As grandes delegações, Coréia, Estados Unidos, China e Canadá, por exemplo, trazem seus próprios médicos, mas as delegações menores, com 5 ou 10 atletas, dependem o atendimento local”.

Esse atendimento consiste em resolver de imediato os problemas mais simples mas, principalmente, em diagnosticar o tipo de trauma ou emergência. O atleta machucado será tratado na Policlínica a ser montada na Vila Olímpica, com recursos de imagem, farmácia e capaz de realizar pequenas suturas ou transportado para um dos seis hospitais olímpicos de referência.

“É uma estrutura como o Brasil nunca viu”, garante Grangeiro que, com a experiência de ter trabalhado em nove Olimpíadas, garante que o País apresentará condições semelhantes às das da Inglaterra, Grécia, Espanha ou Rússia.

Ortopedista por formação e especializado em cirurgia do joelho e trauma do esporte, João Grangeiro conta que, embora o mais comum em Jogos Olímpicos sejam problemas ortopédicos como lesões músculo-tendíneas, fraturas de estresse, concussões, é preciso estar preparado tanto para desmaios, mal súbito, como para problemas cardíacos. Afinal, são esperados milhares de atletas, treinadores, pessoal de apoio e os médicos tem que estar prontos para tudo. Entre outros muitos problemas, a comunicação com atletas monoglotas, que frequentemente só conseguem falar a sua língua natal.

A apresentação do Simpósio tem como objetivo informar e estimular o jovem ortopedista sobre as boas práticas médicas aplicadas em atletas profissionais. “É muito importante para a vida profissional do ortopedista conhecer e se familiarizar com a atuação do médico especialista no contexto do esporte de alto rendimento”, finaliza.

SERVIÇO:

46º Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia

Local: Centro de Convenções Sulamérica

End.: Av. Paulo de Frontin, 1 - Cidade Nova (Centro) Rio de Janeiro/RJ

Datas: 19 a 22 de novembro de 2014

Informações: cbotsicot2014.com.br/

Fonte/Autor.: Luchetti
http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=15866:mais-de-500-medicos-estrangeiros-sao-voluntarios-para-trabalhar-nas-olimpiadas-de-2016&catid=104&Itemid=534

MAIS MÉDICOS: Fim do Mais Médicos é exigência de entidades de classe para o diálogo com Dilma

Conselho Federal de Medicina e outras entidades médicas, que declararam apoio ao tucano Aécio Neves, cobram ainda o fim da criação de novas vagas em cursos de Medicina.




São Paulo – O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou hoje (28) nota em que apresenta as linhas da autarquia e das demais entidades médicas aliadas para o diálogo proposto pela presidenta Dilma Rousseff (PT). Na noite do último domingo, logo após a confirmação da reeleição pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ela se comprometeu a dialogar com diferentes segmentos da sociedade.

Mas, antes de conversar, a nota do CFM já deixa claro que há condições prévias. A organização avalia que o diálogo deve ser pautado por um conjunto de exigências que compõem o Manifesto em Defesa da Saúde Brasileira, assinado pelo CFM, os conselhos regionais de Medicina, a Federação Brasileira das Academias de Medicina e as sociedades brasileiras de Anestesiologia, Cardiologia Psiquiatria, com apoio de outras entidades.

A extinção do programa federal Mais Médicos e das ações articuladas, como a criação de mais vagas em faculdades de Medicina pelo interior do país, estão entre as 44 exigências que compõem o manifesto. O documento tinha sido encaminhado a todos candidatos à Presidência da República, ainda no primeiro turno, com o objetivo de propor saídas para os problemas que afetam a saúde.

As entidades, que declararam apoio à candidatura tucana no segundo turno, querem também o respeito à Lei 12.842/2013 (lei do Ato Médico), descartando propostas e ações nos âmbitos do Executivo e do Legislativo que autorizem, estimulem ou proponham a "transposição de atividades privativas do médico" para profissionais de outras categorias da saúde.

Recentemente, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) entrou com liminar para suspender a eficácia da Resolução 2.074/14, do Conselho Federal de Medicina (CFM), que disciplina responsabilidades dos médicos e laboratórios de citopatologia. Ou seja, apenas médicos podem assinar laudos de exames de laboratório de análises clínicas, especialmente aqueles relativos aos programas de prevenção de câncer do colo uterino. A Justiça negou pedido dos farmacêuticos, que reivindicam a prerrogativa de assinar os laudos, e a manteve restrita aos médicos.

Outra exigência do CFM é o fortalecimento do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), como forma de acesso de médicos formados no exterior. De acordo com o conselho, a medida tem o objetivo de proteger os pacientes de profissionais sem a devida qualificação.

Na verdade, esse "fortalecimento" se refere às regras específicas para a contratação de profissionais estrangeiros pelo Mais Médicos sem passar pelo exame, em mais uma tentativa de acabar com o programa.

Primeiro porque a formação de médicos no Brasil está longe de ser a melhor do mundo. Tanto que avaliações do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) mostram que um número considerável dos futuros médicos formados no estado, onde estão as melhores faculdades do país, erram questões básicas na prova.

Segundo porque o Revalida, elaborado por professores de universidades renomadas que estão politicamente decididos a manter a reserva de mercado, reprova 90% dos candidatos. De acordo com analistas, médicos brasileiros passam em exames semelhantes nos Estados Unidos, porém os médicos da nação do norte não passam no Revalida brasileiro.

O manifesto, no entanto, elenca exigências que vão além do corporativismo médico e convergem para o interesse da população. Entre elas, a aprovação da Lei de Iniciativa Popular 321/2013, que obriga a União a aplicar em saúde 10% de suas receitas correntes brutas, o fim dos subsídios públicos aos planos de saúde bem como a intervenção dos convênios na conduta médica como forma de contenção de gastos.

FONTE: redebrasilatual

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Médicos fazem primeiro transplante com 'coração morto'





Cirurgiões na Austrália realizaram o primeiro transplante cardíaco usando um coração tecnicamente morto.

Os corações usados em transplantes normalmente são retirados de pacientes com morte cerebral, mas ainda com batimentos cardíacos.

Desta vez, porém, os médicos do St Vincent's Hospital, em Sydney, ressucitaram e transplantaram órgãos que haviam parado de bater até 20 minutos antes.

A técnica envolveu uma máquina que os médicos batizaram de "heart-in-a-box" (coração em caixa), que mantém o órgão aquecido. Os batimentos são então restaurados e fluidos e nutrientes são injetados para reduzir o dano muscular.

A primeira paciente a receber um transplante usando a técnica foi Michelle Gribilas, de 57 anos.

"Agora sou uma pessoa totalmente diferente", disse a mulher, que recebeu o coração dois meses atrás. "Me sinto como se tivesse 40 anos. Tenho muita sorte."

Desde então, duas outras cirurgias semelhantes foram realizadas.

A equipe responsável pelos experimentos estima que a técnica do "coração em caixa", que está em testes em todo o mundo, pode elevar em até 30% o número de vidas salvas por transplantes, devido à maior disponibilidade de órgãos.

"Esse avanço representa um passo na redução da falta de órgãos", disse o chefe da unidade de transplantes do hospital St Vincent's, Peter MacDonald.

Mais órgãos

Diferentemente de outros órgãos, o coração não é aproveitado após a chamada morte circulatória – quando cessam os batimentos cardíacos. O órgão é retirado e mantido no gelo por até quatro horas antes da operação.

Diversos métodos de aquecimento e fornecimento de nutrientes são usados para manter outros órgãos, como o fígado e os pulmões, próprios para transplante.

O diretor médico de transplantes do sistema de saúde pública do Reino Unido, James Neuberger, disse que o uso de máquinas neste campo "é uma oportunidade de melhorar o número e a qualidade de órgãos disponíveis para o transplante".

Mas ele disse que "ainda é muito cedo para estimar quantas vidas podem ser salvas por transplantes a cada ano se essa tecnologia for adotada como prática padrão no futuro".

A Fundação Britânica para o Coração descreveu a técnica como "um desenvolvimento significativo".

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

RS: sindicato denuncia Mais Médicos na Associação Médica Mundial


21/10/2014


O presidente do SIMERS, Paulo de Argollo Mendes, denunciou na Assembleia Geral da Associação Médica Mundial "como aluguel de mão de obra médica" o contrato entre Brasil e Cuba para abastecer o programa Mais Médicos. O representante brasileiro fez um relato do convênio firmado entre os governos brasileiro e cubano em que, em números redondos, de cada cinco dólares pagos pelo trabalho aos profissionais daquele país, quatro são sequestrados pelos exploradores do trabalho médico. A assembleia foi realizada até a semana passada, em Durban, na África do Sul.



Essa situação, segundo Argollo, "é um grave atentado ao direito de todos à justa remuneração pelo seu trabalho". A apropriação indevida da parte mais substancial da remuneração obtida pelos médicos gerou críticas contundentes por parte de congressistas de vários países.Segundo Argollo, o representante espanhol foi incisivo ao afirmar que a prática merece o repúdio da comunidade médica mundial e representa um ataque inaceitável ao direito de todo cidadão, médico ou não, a receber a justa remuneração pelo seu trabalho.



Argollo fez breve relato sobre o Programa Mais Médicos e ressaltou que profissionais reprovados na prova de revalidação de diploma estão trabalhando livremente, acobertados pelo governo brasileiro, "desde que só atendam pobres". Para o sindicalista, ao limitar a atuação desses profissionais ao SUS, proibindo-os de atender pacientes privados ou conveniados, o governo cria um cidadão de segunda categoria, que por ser dependente do SUS pode ser atendido por médicos reprovados, enquanto os mesmos médicos são proibidos de atender serviços privados, ou "os que o governo considera cidadãos de primeira categoria".



A Associação Médica Mundial já havia mostrado preocupação com a abertura indiscriminada de faculdades de medicina, considerando que todos os pacientes têm direito a atendimento de qualidade e não podem ter sua saúde ameaçada por profissionais sem a adequada formação. A assembleia criticou ainda o notório despreparo dos governos para lidar com epidemias, como a do Ebola, que se alastra pela África e já atinge outros continentes.

Fonte: SIMERS

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Estudante de Campo Grande embarca no dia 28 para cursar medicina na Rússia



No próximo dia 28 de outubro, o aluno de 17 anos Matheus Alves Cabrera estará no saguão de embarque do Aeroporto de Guarulhos de malas prontas para realizar seu sonho de estudar medicina na Rússia. “Minha prima que é médica sempre me inspirou, eu gostava de ver o quanto ela se esforçava como profissional e em sua rotina.

Além disso, sempre me identifiquei com o curso de medicina e encaro o desafio de estudar na Rússia como um sonho”, diz Matheus. O estudante, natural de Campo Grande (MS), viaja para a Rússia em companhia de mais 11 estudantes de medicina e quatro alunos de relações internacionais, todos brasileiros.

Antes de iniciar a graduação, o aluno fará faculdade preparatória de medicina em Kursk e terá aulas de ciências biológicas em inglês para se adaptar à metodologia russa e praticar o idioma oficial das aulas. Entre os motivos que Matheus levou em conta ao estudar na Rússia estão a relação custo-benefício de ensino, bem mais em conta do que no Brasil, e a oportunidade de ter acesso a um dos melhores sistemas educacionais de medicina, com turmas de, no máximo, 12 alunos. “A universidade é uma das melhores, vi que o ensino é ótimo e há bastante respeito pelos professores. Além disso, o custo-benefício foi definitivamente um incentivo”.

Ao se formar o aluno terá chance de participar do programa do governo “Mais Médicos”, que seleciona profissionais para atuar em cidades carentes do Brasil – dos 11 alunos formados em medicina na Rússia, todos conseguiram vaga no programa, sendo que dois desses estudantes passaram no Revalida, sistema de revalidação de diplomas médicos, em sua primeira tentativa. O valor dos cursos na Rússia é baixo devido à política de incentivo a estudantes estrangeiros adotada pelo governo do país. Em média, cada aluno desembolsa entre R$ 7.000 e R$ 12 mil por ano em despesas entre curso e moradia – valor muito inferior ao das universidades particulares no Brasil.

A duração da graduação é de seis anos, e o aluno tem direito a seguro médico, tutoria acadêmica e moradia universitária. Desde 2005, a Aliança Russa é representante oficial das principais universidades russas no Brasil. Sobre a universidade A Universidade de Kursk fica a cerca de 500 quilômetros da capital, Moscou. Kursk é uma cidade de custo de vida baixo, e esse é um dos principais motivos que os estudantes estrangeiros têm procurado a instituição para conseguir um diploma médico europeu. Atualmente, mais de 350 alunos brasileiros estão matriculados.

Estudo reconhecido A Aliança Russa é representante oficial das principais universidades russas no Brasil desde 2005. Seu trabalho consiste na seleção dos candidatos, no processo de orientação da faculdade, no recolhimento da documentação necessária para permanência legal do estudante na Rússia, na obtenção da vaga, inscrição na universidade e na assessoria durante a viagem até a chegada do estudante ao seu local de destino. Ao voltar para o Brasil, o estudante submete o diploma adquirido ao processo de reconhecimento em uma universidade brasileira, um procedimento padrão para qualquer brasileiro que faça graduação em centros de ensino estrangeiros. Desde 2010, o chamado Diploma Único de Estudos Superiores da Europa, do qual a Rússia faz parte, passou a valer conforme o Tratado de Bolonha. Seu objetivo é facilitar a mobilidade dos estudantes e profissionais do ensino superior da Europa.

Leia mais em: http://www.diariodigital.com.br/geral/estudante-de-campo-grande-embarca-no-dia-28-para-cursar-medicina-na-ru/120900/

Justiça derruba obrigatoriedade de exame do Cremesp




A Justiça Federal derrubou a obrigatoriedade do exame do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) para a obtenção do registro profissional. A prova existe desde 2005, mas há dois anos é pré-requisito para se cadastrar na entidade de classe e trabalhar como médico no Estado.


O Tribunal Regional da 3ª Região concedeu a liminar na semana passada, em ação movida pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp). O Cremesp pretende recorrer nos próximos dias e manterá a realização do exame, marcado para domingo.

A obrigação de fazer a prova para registro profissional, independentemente do resultado, é prevista por resolução do Cremesp de 2012. "A exigência de exame nacional de certificação profissional como requisito indispensável à obtenção do registro profissional junto a conselhos de classe há de estar prevista em lei", ponderou o desembargador Nelton dos Santos, responsável pela decisão.

O magistrado cita o exemplo do exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com exigência prevista pela Lei 8.906/94. O entendimento do Superior Tribunal de Justiça (STJ), segundo Santos, também indica que a resolução do conselho de classe não é suficiente para exigir o exame.

Confronto

No processo, o Semesp reclama que condicionar o registro à participação no exame é ilegal. O sindicato também questiona a qualidade do teste e a divulgação dos resultados, que poderiam trazer prejuízos aos profissionais e às escolas médicas responsáveis por sua formação.

O conselho diz que a prova é uma tentativa de avaliar a qualidade das escolas médicas do Estado. "O exame confronta a má qualidade de alguns cursos de Medicina", aponta Mauro Aranha, vice-presidente do Cremesp. Segundo o órgão, a prova é elaborada por instituição qualificada e não é feita divulgação pública do desempenho dos participantes.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) informou que a entidade paulista é a única a exigir a prova para o registro profissional no País. Propostas de avaliação da qualidade dos cursos e dos médicos recém-formados ainda são discutidas por várias instâncias do órgão.

FONTE: em.com

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Intercâmbios para estudantes de Medicina com inscrições até 30 de outubro






Até 30 de outubro, estudantes de Medicina podem inscrever-se nos intercâmbios clínicos ou nos inetrcâmbios científicos, promovidos pela Associação Nacional de Estudantes de Medicina.

Chama-se "Research Exchange" e é um programa de intercâmbios de investigação biomédica num laboratório de Medicina de um país estrangeiro, com duração de quatro semanas.

Dirigido aos estudantes de Medicina de todo o país, do primeiro ao sexto ano, tem como objetivo oferecer uma oportunidade a estes alunos de aprofundarem os seus conhecimentos sobre investigação e conheceram a realidade laboratorial, científica e cultural de outro país. Interagir com estudantes de outras nacionalidades e conhecer uma nova cultura também vem por acréscimo.

Para os interessados, as candidaturas decorrem até 30 de outubro [aqui], e não é necessário dominar a língua do país de destino, basta saber expressar-se em inglês. As vagas e os países de destino desponíveis podem ser encontradas online, assim como o regulamento, que explicita quais os documentos necessários à candidatura.
Para além da investigação, há ainda a vertente clínica

Para além deste programa, com vertente de investigação, existe ainda o de vertente clínica: o "Professional Exchange". Neste caso, é oferecida a oportunidade de "um estágio clínico de quatro semanas num serviço hospitalar", sendo que o objetivo é precisamente o mesmo: aprender sempre mais.

As vagas para este intercâmbio clínico, que está acessível apenas aos estudantes a frequentar um ano clínico (do terceiro ao sexto), também podem ser consultadas online [aqui], assim como o respetivo regulamento.

As inscrições também estão abertas até 30 de outubro e o processo é bastante similar ao do programa referido anteriormente, sendo que as candidaturas podem ser feitas aqui.

Para ambos os programas, os contratos de intercâmbio podem ser bilaterais - "o número de alunos que o país envia corresponde ao número de alunos estrangeiros recebidos" - ou unilaterais - "contratos extra, sujeitos a aprovação do país acolhedor, e que podem ser pedidos pelos estudantes que não conseguiram uma vaga bilateral".

Tanto os programas bilaterais como os unilaterais têm um custo de 200 euros, valor que inclui alojamento em residências universitárias ou em casas de estudantes e alimentação (almoço e jantar). Há ainda uma caução de 50 euros que os estudantes devem pagar e que será devolvida posteriormente e outra de 200 euros adicionais para os intercâmbios unilaterais, devolvida antes de o estudante partir para o programa.

Os programas são promovidos pela Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM).

Fonte: JPN intercambios

ADI contesta reconhecimento estadual de diplomas de universidades estrangeiras




O governador de Alagoas, Teotônio Brandão Vilela Filho, ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 5168) contra a Lei estadual 7.613/2014, que trata do reconhecimento, no estado, de diplomas de pós-graduação strictu sensu obtidos em instituições de ensino superior de países do Mercosul e de Portugal. A ministra Cármen Lúcia é a relatora da ADI.

Segundo o governador, o legislador estadual invadiu competência privativa da União ao legislar sobre diretrizes e bases da educação nacional, conforme dispõe o artigo 22, inciso XXIV, da Constituição Federal. E ressalta que a norma desborda limites definidos pelos pactos internacionais entre os países citados pela lei.



A ADI sustenta que, no artigo 48, parágrafo 3º, da Lei 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), “a União tratou expressamente de regular o processo de revalidação dos diplomas de mestrado e de doutorado expedidos por universidades estrangeiras”. O dispositivo determina que o reconhecimento deverá ser realizado por universidades brasileiras.

O governador destaca também que os critérios e procedimentos relativos à matéria foram regulamentados na Resolução 3/2011, da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação. “Fica claro que a União não se omitiu na definição das diretrizes para o reconhecimento dos título de pós-graduação, não havendo justificativas para que os estados-membros venham a fazê-lo de forma diferente”, sustenta.

Benefícios

Ainda de acordo com a lei estadual, o seu artigo 2º determina que os referidos títulos terão efeitos para concessão de progressão funcional, gratificação e concessão de benefícios legais, decorrentes da titulação obtida em instituições de ensino estrangeiras. O dispositivo implicaria “a abolição do processo exigido pelo parágrafo 3º, do artigo 48, da LDB”, acrescenta o autor da ADI.

Na ADI, o chefe do Poder Executivo de Alagoas pleiteia, liminarmente, a suspenção imediata da integralidade da Lei estadual 7.613/2014, e, no mérito, pede que seja declarada a inconstitucionalidade total da lei.

Rito abreviado

A relatora da ADI, ministra Cármen Lúcia, aplicou ao caso o artigo 12 da Lei 9.868/1999, que permite a análise do tema diretamente no mérito. "Determino sejam requisitadas, com urgência e prioridade, informações à Assembleia Legislativa do Estado de Alagoas, a serem prestadas no prazo máximo e improrrogável de dez dias. Na sequência, vista ao advogado-geral da União e ao procurador-geral da República, sucessivamente, para manifestação, na forma da legislação vigente, no prazo máximo e prioritário de cinco dias cada qual", determinou a ministra.

Fonte:http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=visualiza_noticia&id_caderno=&id_noticia=122457
Processos relacionados
ADI 5168

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Conheça os benefícios da medicina tibetana e dieta medicinal da China



A medicina tibetana é uma pérola no acervo da medicina chinesa. A população tibetana acumula experiências muito ricas na convivência com a natureza e na luta contra diversos tipos de doenças, formando um sistema muito específico.

Hoje em dia, a medicina tibetana é cada vez mais aceita por pacientes dentro e fora da China. O vice-diretor do Instituto de Medicina Tibetana, Migmar, é um especialista nessa área, que tem crescido nos últimos anos. Ele conhece bem a história, a situação atual e as perspectivas da medicina tibetana.



Segundo ele, a medicina tibetana é cem por cento natural e as matérias-primas são principalmente diversos tipos de plantas, ou parte de corpos de animais, além de alguns minerais. Os medicamentos tibetanos são fáceis de serem ingeridos e muito mais baratos que outros tipos de medicamentos, devido ao baixo custo de produção.

Para Migmar, a medicina tibetana já tem uma história de 3.800 anos. Apesar dessa longa história, ela possuía poucos especialistas e poucos recursos. Porém, após a libertação, o Tibete formou muitos especialistas altamente qualificados e modernos. O governo tibetano fundou, em 1985, a faculdade de medicina tibetana dentro da Universidade do Tibete. Junto com a Escola Politécnica de Medicina Tibetana, criada em 1983, foi criado o Instituto de Medicina Tibetana. A entidade serve como a base para formação de profissionais de alto nível e com uma visão moderna sobre a medicina tibetana.



Migmar começou a frequentar o curso da medicina tibetana dessa universidade em 1985. Até o momento, o Instituto de Medicina Tibetana já formou mais de 2.600 profissionais de todo o país, espalhados por diversas localidades do Tibete, bem como em Qinghai, Sichuan, Gansu e Yunnan.

Com o desenvolvimento científico e tecnológico, a medicina tibetana tradicional começou a voltar-se para uma combinação com a medicina ocidental. Os pesquisadores se dedicam a recorrer a meios científicos para elaborar os medicamentos tibetanos, que antigamente eram administrados em forma de pílula, em pó e em decocção, e hoje são cápsulas, remédios tópicos e até injeções. Além disso, vêm sendo intensificados os intercâmbios com outros locais do país e do resto do mundo.

São Paulo regulamenta derivado da maconha



Médicos do estado de São Paulo poderão prescrever a substância para tratamento de crianças com epilepsia

São Paulo é o primeiro estado do Brasil a regulamentar o uso da substância Canabidiol (CBD), derivada da maconha, no tratamento de doentes. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) publicou uma resolução na última quinta, 09, sobre a regulamentação da substância naquele estado.

O Canabidiol deve, segundo a regulamentação, se prescrita por médicos para o tratamento de bebês e crianças com epilepsia mioclônica grave. O CBD ajuda a diminuir a frequência de crises de convulsão dos pacientes, como é mostrado em estudos. Países como Estados Unidos e da União Européia já regulamentaram o uso da substância.

Não tem efeito alucinógeno
A Cremesp divulgou comunicado lembrando que o CBD não tem efeitos alucinógenos ou psicóticos, nem tão pouco afeta a cognição humana.

O CBD é proibido no Brasil e ainda não tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todavia, a importação do produto é autorizada pela Anvisa por meio de uma solicitação de uso pessoal - mediante prescrição médica.

A Anvisa tem prazo médio de uma semana para fazer a liberação dos pedidos dos pacientes.

Fonte: correio24horas

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

URGENTE - Brasil tem caso suspeito de ebola

Informações preliminares indicam que o paciente veio de Conacre, capital da Guiné


Lígia Formenti, do ESTADÃO_conteudo


Funcionários da área da saúde usam roupas de proteção contra o ebola em hospital

Autoridades sanitárias brasileiras investigam o primeiro caso suspeito de ebola no País. O caso foi comunicado agora à noite pela secretaria Estadual do Paraná ao Ministério da Saúde. Informações preliminares indicam que o paciente veio de Conacre, capital da Guiné.

O paciente foi encaminhado para um hospital de referência e material foi coletado para fazer o exames. A expectativa é a de que amanhã as amostras sejam enviadas para o Instituto Evandro Chagas, onde será feita a análise para confirmar se o paciente é ou não portador da doença.

A notícia ocorre no mesmo dia em que o Secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, afirmar que, embora baixo, existia o risco de o Brasil registrar um caso da doença.

Pela manhã, ele disse que o sistema de vigilância montado era adequado e que instituições de saúde estavam em treinamento constante para identificar casos suspeitos e para adotar as medidas de segurança necessárias, caso isso ocorresse.

O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8.011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3.857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes.

Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos. A infecção ocorre através do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos.

Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção.

Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias. A incubação - período entre o contágio e a manifestação dos primeiros sintomas - pode variar entre 2 a 21 dias. Não há remédio específico para o ebola.

Em agosto, o Centro de Operações de Emergência em Saúde do Governo Federal acionou o nível dois de emergência, o penúltimo na escala de gravidade, que permite o deslocamento de equipes federais para regiões com suspeita da doença no País sem a necessidade de autorização dos governos locais.

Desde que a Organização Mundial de Saúde decretou emergência, o Brasil adotou um conjunto de medidas para prevenir a transmissão e permitir a rápida identificação de um caso suspeito da doença, com isolamento e tratamento.

O grupo Executivo Interministerial para Emergências em Saúde Pública foi convocado, videoconferências semanais com todos os Estados são realizadas, simulações foram feitas em hospitais de referência e em aeroportos.

De acordo com o plano traçado, casos suspeitos devem ser encaminhados para hospitais de referência. Esses hospitais, no entanto, fazem apenas a primeira triagem.

Casos confirmados, de acordo com a estratégia, devem ser enviados para dois hospitais: Instituto Nacional de Infectologia, no Rio e Hospital Emílio Ribas, onde os pacientes ficam internados.

O teste de diagnóstico para comprovação da infecção é feito no Instituto Evandro Chagas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Presidente do CRM-AP é denunciado por racismo contra médicos cubanos



O presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM) do Amapá, Dorimar Barbosa, foi denunciado nesta terça-feira (7) pela prática de racismo contra médicos cubanos em um evento realizado na sede do CRM, em Macapá. O fato teria acontecido em junho, segundo o Ministério Público (MP) do Amapá, autor da denúncia. A ação penal tramita na 4ª Vara Criminal. O presidente do conselho se defende dizendo que o caso foi mal entendido.


O evento com os profissionais estrangeiros foi promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Participavam cubanos do programa Mais Médicos, do Governo Federal. De acordo com a denúncia, Dorimar Barbosa teria se exaltado ao descobrir que o auditório do CRM sediava um evento com médicos cubanos. O MP diz que o presidente do conselho "expulsou aos gritos todos os presentes, afirmando que havia sido enganado e que não aceitaria que tais médicos estivessem no local".

A ação penal afirma que Dorimar Barbosa também teria desacatado a secretária municipal de Saúde, Silvana Vedovelli, quando ela teria tentado acalmá-lo. O presidente do Conselho de Medicina também responderá por desacato e ameaça aos médicos brasileiros que organizaram o evento.

"Há indícios claros da prática de crime, em razão da origem estrangeira dos médicos que atenderam ao evento e que foram expulsos do local de forma humilhante", frisou o promotor de Justiça Eder Abreu, um dos autores da ação.

O presidente do CRM informou que o pedido de retirada dos médicos do auditório do conselho não teve relação com a naturalidade dos estrangeiros.

"Essa questão foi resolvida com a secretaria de Macapá. O caso não tem nada a ver com racismo. O evento foi realizado no auditório do conselho sem autorização. O fato de os médicos serem cubanos não tem relação com o pedido de cancelamento do evento", declarou o presidente, acrescentando que não houve prática de desacato por desconhecer quem é a secretária de Saúde de Macapá.

A Semsa rebateu a alegação do presidente do CRM dizendo que a pasta municipal tinha autorização por escrito para realização do evento no espaço. As chaves do local teriam sido até cedidas aos organizadores.

CRM X Mais Médicos

O Conselho Regional de Medicina do Amapá foi contra o programa de importação de médicos pelo Governo Federal. O CRM passou a emitir o registro aos profissionais estrangeiros depois de perder na Justiça Federal uma ação movida em setembro contra o programa Mais Médicos. O conselho pediu que não fosse obrigado a efetuar os registros provisórios dos médicos com graduação no exterior sem a comprovação de revalidação do diploma e certificado de proficiência em Língua Portuguesa.

Um mês antes de a ação ser ingressada na Justiça, uma comitiva de médicos do Amapá aderiu a um movimento em Brasília que pedia a revisão do programa do Governo Federal.

Em Macapá, atuam 35 médicos cubanos em Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da área urbana e rural do município. Em todo o estado, o efetivo chega a 126 profissionais estrangeiros.

FONTE: G1

terça-feira, 7 de outubro de 2014

MEDICINA: Nobel de Medicina de 2014 vai para descoberta de 'GPS do cérebro'



Americano-britânico e casal de dinamarqueses dividirão prêmio.
Eles identificaram estruturas cerebrais que permitem nos localizarmos.

O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 2014 foi oferecido nesta segunda-feira (6) pelo Instituto Karolinska, em Estocolmo, aos pesquisadores John O'Keefe, May-Britt Moser e Edvard Moser por sua descoberta de células que formam um sistema de posicionamento no cérebro humano, uma espécie de "GPS" interno.


O prêmio será dividido: metade é do britânico-americano O'Keefe e o restante é do casal de noruegueses May-Britt e Edvard Moser. Os agraciados compartilharão um prêmio de 8 milhões de coroas suecas (US$ 1,1 milhão).

Como é comum ocorrer no Nobel, os trabalhos premiados se complementam ao longo de um amplo espaço de tempo. A pesquisa de John O'Keefe começou na década de 1970.

Em 1971, ele descobriu o primeiro componente do sistema de posicionamento -- um tipo de célula nervosa no hipocampo que era sempre ativada quando um roedor se encontrava num determinado local de um ambiente. Ele concluiu que essas "células de lugar" formavam um tipo de mapa de localização no cérebro.

Mais de três décadas depois, o casal Moser identificou outro tipo de célula nervosa que forma um sistema de coordenadas no nosso cérebro, permitindo-nos encontrar caminhos e saber nosso posicionamento de forma precisa.

A importância dos trabalhos dos pesquisadores, segundo o Instituto Karolinska, é que eles resolveram dúvidas que cientistas e filósofos discutiam há séculos: como sabemos onde estamos e por onde nos deslocaremos?

A descoberta de que o cérebro é capaz de trabalhar com "mapas" internos pode ajudar a compreender o que ocorre na mente de pessoas com o mal de Alzheimer, por exemplo, que comumente perdem seu senso de orientação.

A compreensão do "GPS cerebral" também é importante porque pode servir de paralelo para entender outras funções cognitivas complexas.



Estado de choque

O’Keefe disse a repórteres em Londres, nesta segunda-feira, que ele estava muito surpreso por ter sido contemplado com o Nobel. “Ainda estou em estado de choque”, disse.

May-Britt Moser dançou e bebeu champanhe com colegas na cidade de Trondheim depois de ficar sabendo do prêmio. “Isso é tão bom, e é louco. Eu estou só pulando e gritando”, disse a cientista à Reuters. “Eu estou tão orgulhosa de todo o apoio que tivemos. As pessoas acreditaram em nós, naquilo que estivemos fazendo, e agora essa é a RECOMPENSA.”

A televisão norueguesa mostrou seus colegas de trabalho cantando, no ritmo de “Parabéns a você”, a frase “Happy Nobel to you” (ou “Feliz Nobel para você”).

Seu marido, Edvard, não ficou sabendo imediatamente que tinha ganhado o Nobel porque estava em um avião rumo a Munique. Ele foi surpreendido com a notícia de que era um dos vencedores do Nobel no Aeroporto de Munique, depois que a companhia aérea Lufthansa lhe entregou um buquê de flores.

"A Lufthansa o recebeu com flores e ele me perguntou: 'Tobias, o que é isso? Não estou entendo", explicou em entrevista à agência DPA o neurobiólogo Tobias Bonhoeffer, colega de Moser. Em seguida, ele olhou para seu telefone celular e viu que tinha recebido uma chamada do presidente do comitê do Nobel, acrescentou. "Então imaginou. Mas certamente ainda não estava seguro", explicou.

Nobel de Medicina
O Nobel de Medicina é oferecido desde 1901 e já reconheceu o trabalho de mais de 200 pessoas – entre elas, onze mulheres. Não há premiações póstumas.
O pesquisador mais novo a receber esse Nobel foi Frederick G. Banting, que tinha 32 anos em 1923, pela descoberta da INSULINA.

Por nove vezes, o prêmio – que ganhou esse nome em homenagem ao inventor da dinamite, Alfred Nobel – não foi anunciado: em 1915, 1916, 1917, 1918, 1921, 1925, 1940, 1941 e 1942.

Medicina é sempre a primeira área valorizada com o Nobel a cada ano. Nesta terça-feira (7), será anunciado o de Física, na quarta (8) o de Química, na quinta (9) o de Literatura, e na sexta (10) o da Paz. O de Economia será anunciado na segunda-feira da próxima semana (13).

Os vencedores são geralmente informados pelo júri no dia do anúncio oficial e não há uma lista de concorrentes disponível previamente, o que torna a divulgação sempre uma surpresa – embora haja favoritos.

FONTE: G1

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Médico no primeiro mundo - Estados Unidos

Academia Médica
Editorial do site Academia Médica - Aqui você encontra as últimas notícias médicas do Brasil e do mundo.



Médico no primeiro mundo - Estados Unidos

Com o intuito de fornecer informações de como proceder para trabalhar como médico ou especializar-se no exterior, iniciamos com o país mais procurado e mais avançado para se praticar medicina no mundo - Os Estados Unidos.

São várias as etapas que devem ser vencidas para obter a licença médica nos EUA, e a principal dela, que você deve conhecer, é o USMLE.
O que é USMLE ?

O United States Medical Licensing Examination (USMLE) é um exame de três etapas para o licenciamento médico nos Estados Unidos e é patrocinado pela Federation of State Medical Boards(FSMB) e pelo National Board of Medical Examiners (NBME)

O USMLE avalia a capacidade de um médico para aplicar os conhecimentos, conceitos e princípios, e para demonstrar as habilidades fundamentais, centradas no paciente, que são importantes na saúde e na doença, e que constituem a base do atendimento SEGURO e eficaz ao paciente. Cada uma das três etapas do USMLE complementa os outros, nenhum passo pode ficar sozinho na avaliação de aptidão para o licenciamento médico. Como você deve suspeitar, a proficiência da língua inglesa é imprescindível, assim como estar muito bem familiarizado com os termos técnicos da medicina.

* O Step 1 avalia se você entende e pode aplicar conceitos importantes das ciências básicas para a prática da medicina, com especial ênfase nos princípios e mecanismos subjacentes da saúde, da doença e formas de tratamento. Este passo garante o domínio não só das ciências que fornecem uma base pra a prática segura e competente da medicina atualmente, mas também os princípios científicos necessários para a manutenção desta competência através da aprendizagem ao longo da vida. O Step 1 é construído de acordo com um esboço de conteúdo integrado que organiza o material de ciência básica ao longo de duas dimensões: sistema e processo. Seria o equivalente ao nosso ciclo básico.
EXEMPLOS :

[two] 1. A healthy 25-year-old man is undergoing na exercise stress test. Which of the following is most likely to occur in this man's skeletal muscle during exercise?

(A) Decreased capillary hydrostatic pressure
(B) Decreased metabolite concentration
(C) Increased arteriolar diameter
(D) Increased oxygen concentration
(E) Increased vascular resistance

An inherited metabolic disorder of carbohydrate metabolism is characterized by an abnormally increased concentration of hepatic glycogen with normal structure and no detectable increase in serum glucose concentration after oral administration of fructose. These two observations suggest that the disease is a result of the absence of which of the following enzymes?

(A) Fructokinase
(B) Glucokinase
(C) Glucose-6-phosphatase
(D) Phosphoglucomutase
(E) UDPG-glycogen transglucosylase [/two] [two_last]

2. A 16-year-old boy has a 1-day history of pain in the right ear. He swims every morning. The right ear canal is red and swollen. He has pain when the auricle is pulled or the tragus is pushed. Which of the following is the most likely diagnosis?

(A) Acute otitis media
(B) Bullous myringitis
(C) Chronic otitis media
(D) External otitis
(E) Mastoiditis

Several contiguous cells are labeled with a fluorescent dye that cannot cross cell membranes. One cell is experimentally bleached with light that destroys the dye, but the cell soon recovers dye fluorescence. This recovery is best explained by the presence of which of the following structures between the bleached cell and its fluorescent neighbors?

(A) A basal lamina
(B) Desmosomes (maculae adherentes)
(C) Gap junctions
(D) Glycosaminoglycans
(E) Tight junctions (zonulae occludentes) [/two_last]

* O Step 2 CK avalia se você pode aplicar o conhecimento médico, habilidades e compreensão da ciência clínica essencial para a prestação de assistência ao paciente, sob supervisão e inclui e ênfase na promoção da saúde e prevenção de doenças. Step 2 garante que a devida atenção é dedicada aos princípios de ciências clínicas e habilidades básicas centradas no paciente, que fornecem a base para a prática segura e competente da medicina. O Step 2 CK é constituído de acordo com um esboço do conteúdo integrado que organiza a ciência clínica ao longo de duas dimensões tarefa médico e categoria da doença.

EXEMPLO A 32-year-old woman with type 1 DIABETES MELLITUS has had progressive renal failure over the past 2 years. She is not yet on dialysis. Examination shows no abnormalities. Her hemoglobin concentration is 9 g/dL, hematocrit is 28%, and mean corpuscular volume is 94 m3. A blood smear shows normochromic, normocytic cells. Which of the following is the most likely cause? [two]

a)Acute blood loss

b)Chronic lymphocytic leukemia

c)Erythrocyte enzyme deficiency

d)Erythropoietin deficiency [/two]

[two_last] e)Immunohemolysis

f)Microangiopathic hemolysis

g)Polycythemia vera

h)Sickle cell disease

i)Sideroblastic anemia

j)ß-Thalassemia trait [/two_last]

* O Step 2 CS usa pacientes padronizados para testar os estudantes de medicina e graduados em sua capacidade de reunir informações de pacientes, realizar exames físicos, e comunicr os seus resultados pra os pacientes e colegas. O Step 2 CK e o Step 2 CS seriam o equivalente ao nosso ciclo clínico.

* O Step 3 (exigido para atuação de estrangeiros nos Estados Unidos e disponível após aprovação pela ECFMG) avalia se você pode aplicar o conhecimento médico e compreensão da ciência biomédica e clínica essencial para prática não supervisionada de medicina, com ênfase no manejo do paciente em ambientes ambulatoriais. É o exame final da sequência do USMLE, o que te dá uma licença para praticar medicina sem supervisão. O material do exame que representam amplamente a profissão médica. As comissões são constituídas por especialistas reconhecidos em suas áreas, incluindo tanto os profissionais acadêmicos e não acadêmicos, bem como membros dos conselhos de licenciamento médicos estatais. O Step3 reflete num modelo baseado em dados da prática médica generalista nos Estados Unidos, Os itens de teste e casos refletem as situações clínicas que, de um modo geral, o médico pode encontrar dentro de seu consultório. O Step 3 fornece uma avaliação final dos médicos assumindo a responsabilidade independente para prestação de cuidados de medicina geral. Seria o equivalente ao nosso ciclo profissionalizante ou internato.
Objetivo do Step 3

O objetivo da Step 3 é determinar se o médico possui e pode aplicar o conhecimento médico e compreensão da ciência clínica considerada essencial para a prática supervisionada de medicina , com ênfase no manejo do paciente em ambientes ambulatoriais . A inclusão de Step 3 na sequência USMLE de exames de licenciamento garante que a atenção é dedicada à importância de avaliar os conhecimentos e habilidades dos médicos que estão assumindo a responsabilidade independente para a prestação de cuidados de saúde geral dos pacientes. Step 3 enfatiza as tarefas específicas do médico , ou seja, avaliar a gravidade do problema e do paciente e administrar a terapia . Avaliação do julgamento clínico será proeminente. Os problemas clínicos envolvem as principais doenças de alto impacto e os problemas clínicos menos comuns que também são importantes. Os itens de teste e os casos são centrados no paciente, começando com uma descrição de um encontro clínico (vinheta). Ambos os itens de múltipla escolha e simulações de casos colocam um desafio: ações relacionadas que exigem decisões clínicas ou julgamento. A ênfase está em encontros com os pacientes ambulatoriais, no entanto, encontram-se internações de complexidade significativa, que refletem as tendências contemporâneas, também estão representados. Prevê-se que incorporam conceitos de ciência básica e clínica aplicada, especialmente no que respeita à justificação para o prognóstico ou de gestão. Supõe-se que a ciência e a clínica como fundamentos básicos foram avaliados de forma adequada como pré-requisito no Step 1 e 2.

Layout do exame Step 3 é uma análise de dois dias . Você deve preencher cada dia de testes dentro de 8 horas. O primeiro dia de testes inclui 336 itens de múltipla escolha, divididas em sete blocos de 48 itens cada. Haverá 60 minutos de tempo permitido para a conclusão de cada bloco de itens de teste. Não existe um máximo de 7 horas de teste no primeiro dia. Há também um mínimo de 45 minutos de tempo de ruptura e um tutorial opcional 15 minutos. Note-se que a quantidade de tempo disponível para a quebra pode ser aumentada ao terminar um bloco de itens de teste ou o tutorial opcional antes de expirar o tempo disponível. Itens com um anúncio farmacêutico associado, ou abstratos são incluídos em alguns desses vários blocos de escolha. Os blocos que incluem esses tipos de item conterão 46-47 itens por bloco. O tempo permanecerá a mesmo para todos os blocos. O segundo dia de testes inclui 144 itens de múltipla escolha, divididas em quatro blocos de 36 itens . Estes blocos levarão 45 minutos. O tempo total estipulado para estes blocos é de 3 horas. O segundo dia também inclui um Tutorial ® Primum e instruções de cerca de 15 minutos são permitidas. Isto é seguido por 12 simulações de casos, para a qual são atribuídas quatro horas. Um mínimo de 45 minutos está disponível para o intervalo. Existe uma pesquisa opcional no fim do segundo dia, que pode ser completada, se o tempo o permitir. O tempo e a estrutura da etapa de três dias de testes podem ser alterados sem aviso prévio.

[two] EXEMPLO A 45-year-old African-American man comes to the OFFICE for the first time because he says, "I had blood in my urine when I went to the bathroom this morning." He reports no other symptoms. On physical examination his kidneys are palpable bilaterally and he has mild hypertension. Specific additional history should be obtained regarding which of the following?

a)Chronic use of analgesics

b)Cigarette smoking

c)A family history of renal disease

d)Occupational exposure to carbon tetrachloride

e)Recent sore throats



EXEMPLO (set of 2) A 38-year-old white woman, who is a part-time teacher and the mother of three children, comes to the OFFICEfor evaluation of hypertension. You have been her physician since the birth of her first child 8 years ago. One week ago, an elevated blood pressure was detected during a regularly scheduled examination for entrance into graduate school. Vital signs on examination today are temperature 37.0C (98.6F), pulse 100/min, respirations 22/min, and blood pressure 164/100 mm Hg (right arm, supine). 1. The physical examination is most likely to show which of the following?

a)An abdominal bruit

b)Cardiac enlargement

c)Decreased femoral pulses

d)Thyroid enlargement

e)Normal retinas



2. To assess this patient's risk factors for atherogenesis, the most appropriate test is determination of which of the following?

a)Plasma renin activity

b)Serum cholesterol concentration

c)Serum triglycerides concentration

d)Urinary aldosterone excretion

e)Urinary metanephrine excretion

[/two] [two_last] EXEMPLO (set of 3) A 24-year-old man comes to the office because of intermittent chest pain that began a few weeks ago. You have been his physician for the past 2 years and he has been in otherwise good health. He says he is not having pain currently. A review of his medical record shows that his serum cholesterol concentration was normal at a pre-employment physical examination 1 year ago. You have not seen him since that visit and he says he has had no other complaints or problems in the interim. He reminds you that he smokes 1 PACK of cigarettes per day. When you question him further, he says that he does not use any alcohol or illicit drugs. Although the details are vague, he describes the chest pain as a substernal tightness that is definitely not related to exertion. 1. Which of the following findings on physical examination would be most consistent with costochondritis as the cause of his chest pain?

a)Crepitation over the second and third ribs anteriorly

b)Deep tenderness to hand pressure on the sternum

c)Localized point tenderness in the parasternal area

d)Pain on deep inspiration

e)Normal physical examination



2. In light of the patient's original denial of drug use, which of the following is the most appropriate next step to confirm a diagnosis of cocaine use?

a)Ask the laboratory if serum is available for toxicologic screening on a previous blood sample

b)Call his family to obtain corroborative history

c)Obtain a plasma catecholamine concentration

d)Obtain a urine sample for routine analysis but also request toxicologic screening

e)Present your findings to the patient and confront him with the suspected diagnosis



3. Cocaine use is confirmed. The patient admits a possible temporal relationship between his cocaine use and his chest pain and expresses concern about long-term health risks. The patient should be counseled regarding which of the following?

a)Cocaine-induced myocardial ischemia can be treated with blocking agents

b)Death can occur from cocaine-induced myocardial infarction or arrhythmia

c)The presence of neuropsychiatric sequelae from drug use indicates those at risk for sudden death associated with cocaine use

d)Q wave myocardial infarction occurs only with smoked "crack" or intravenous cocaine use

e)Underlying coronary artery disease is the principal risk for sudden death associated with cocaine use

[/two_last]

[author]

Fontes:
http://www.ecfmg.org/about/index.html

http://www.usmle.org

MATÉRIA : http://academiamedica.com.br/medico-no-primeiro-mundo-estados-unidos/

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O Revalida ainda é obrigatório para Médicos do Mercosul. Por enquanto!



Por:Fernando Carbonieri
Médico formado em 2013 pela Faculdade Evangélica do Paraná. Idealizador e Diretor do portal Academia Médica.

Muitos são os meios que o Governo possui para implantar o ostracismo dos profissionais de SAÚDE brasileiros. A mais nova se deu pela portaria 734/2014 que sistematizava a denominação dos profissionais de saúde em todo o Mercosul. Na época escrevi um texto bastante alarmista que demonstrava que além de médicos, o Brasil estaria importando os demais profissionais de saúde, e este era um dos primeiros passos.

O texto tinha título de Além de médicos, Brasil irá importar dentistas, enfermeiros, fisioterapeutas... proporcionou o engajamento dos demais profissionais de saúde. Algo que nunca tinha visto nestes 30 meses de história do Academia Médica. Desde então foram publicadas notícias que diziam que tal portaria não tinha o intuito de trazer outros estrangeiros para atuar no Brasil.

Em nota no CFM, publicada no dia 09/09, que você confere a seguir, podemos observar que tal medida poderia ser sim uma das ações iniciais para a migração de colegas sem revalidação do diploma para o país.

Em tempos de eleições como alarde do programa "Mais Especialistas" talvez seja esta a maneira do PT viabilizar tal medida. Com a simples receita de gritar "O médico brasileiro não quer ir para o interior" que tanto deu certo com o Mais Médicos estamos prestes a oficialmente engavetar qualquer mérito que garante o saber dos profissionais de saúde.

Para os outros profissionais de saúde que estão lendo este texto, lembrem-se de que a estrutura necessária para implantar um "Mais especialistas" é muito maior. Conhecendo o sistema de saúde brasileiro como todos nós conhecemos, quem são os que vão se sujeitar a condições indignas e degradantes de trabalho? Nós brasileiros ou os intocáveis profissionais de saúde que necessitam de emprego e trabalho no novo país?

A seguir o texto veiculado no CFM:
Médicos do Mercosul terão de revalidar seus diplomas para atuar no Brasil

A Portaria 734/14, do Ministério da SAÚDE, que sistematizou as denominações dos profissionais de saúde nos países do Mercosul, não tem o poder de permitir a livre atuação, no território brasileiro, de médicos dos outros países do mercado comum. Esta é a avaliação do Setor Jurídico do Conselho Federal de Medicina (CFM) sobre a portaria, respondendo a questionamento do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers).

O temor do Cremers é o de que a Portaria 734/14 abra o precedente para que médicos dos demais países do Mercosul passem a atuar, sem a devida revalidação de seus diplomas, no Brasil. Um dos motivos para a apreensão está em matéria publicada no site do PT informando que, a partir da edição das Portarias 734/14 e 735/14, os profissionais brasileiros de saúde de diversas área teriam o título reconhecido nos países que integram o Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela) e vice-versa.

Para o Setor Jurídico do CFM, a atuação livre dos profissionais entre os países, sem a revalidação dos diplomas, só poderia ser possível juridicamente por meio de lei “aprovada pelo Congresso Nacional, ou mesmo por meio de tratado internacional que obedecesse todo o trâmite de incorporação ao ordenamento nacional, o que não é o caso”.

O Setor Jurídico afirma, no entanto, que o objetivo final do governo ao sistematizar as denominações dos profissionais nos Estados membros do Mersosul, parece ter a finalidade de facilitar a comunicação entre os sistemas de informação e, por fim, a homologação e reconhecimento de títulos e dos mecanismos de integração curriculares, o que, por conseguinte, “facilitará o objetivo final de fomentar a livre circulação e exercício da profissão dos profissionais da área de saúde entre os países integrantes do Mercosul.”

FONTE:academiamedica.com.br

Organizar testes para validar diplomas ou para medir a qualidade da educação no Brasil se tornou um negócio lucrativo, pouco claro e sem concorrência. Inep pede exames sem licitações



Organizar testes para validar diplomas ou para medir a qualidade da educação no Brasil se tornou um negócio lucrativo, pouco claro e sem concorrência. Dados do Portal da Transparência indicam que o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) e a Fundação Cesgranrio receberam, entre 2010 e 2013, quase R$ 1 bilhão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ligado ao Ministério da Educação (MEC).

O montante custeou as despesas com a elaboração e a aplicação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), da Prova Brasil, do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) e do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O último ganhou, inclusive, ainda mais destaque pelos problemas relacionados a fraudes do que pelos resultados aferidos.

O Cespe e a Cesgranrio são contratados com a dispensa de licitação desde 2009, depois que o primeiro modelo do Enem, feito pelo consórcio Connasel, teve o sigilo violado. No ano seguinte, o governo justificou que o exame precisava ser elaborado por empresas de “excelência” e que isso dispensava um processo licitatório. Em 2011, as bancas firmaram um negócio com o Inep que pode ser renovado até 2016. E a autarquia argumenta que o processo é legal, porque o Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão TCU nº 3019/2012-Plenário, concluiu pela possibilidade da contratação direta.

Mas o mesmo acórdão recomenda ao Inep que, ao aplicar o Enem, “pondere, em face dos valores envolvidos e do interesse de outras instituições, sobre a possibilidade de fazer certame licitatório para a contratação dos serviços objeto dessa representação” e que “faça, na hipótese de contratação direta, rodízio das empresas”. Algo que nunca aconteceu. Extratos consultados no Portal da Transparência mostram que, entre 2010 e 2013, o Cespe recebeu R$ 440 milhões para elaborar a Prova Brasil, o Enem, o Saeb e o Revalida. A Cesgranrio, por sua vez, embolsou R$ 534,9 milhões no mesmo período para organizar o Enade, a Prova Brasil, o Enem e o Saeb.

Para piorar a situação, a fiscalização do Inep na execução do Enem é falha. Uma servidora da autarquia ouvida pela reportagem conta que os colegas acompanharam o trabalho da polícia, dos Correios e de outros profissionais no processo de transporte das provas apenas nas capitais do país. Ela ainda revela que nenhum funcionário público do instituto esteve nas salas de aulas na hora da aplicação dos testes. “Sem esse monitoramento, mesmo que por amostragem, é impossível avaliar se o consórcio está fazendo o trabalho de maneira adequada. Os pagamentos são concluídos às cegas”, afirma.

O Inep informa que a segurança e a logística do Enem são aprimoradas a cada ano e ressalta que, nas duas últimas edições, não houve qualquer incidente que tenha comprometido o exame. A autarquia afirma que o valor investido na aplicação da prova, em 2013, por estudante, foi de R$ 49,86 e que os procedimentos de proteção dela são acompanhados de perto pela inteligência da Polícia Federal antes, durante e depois da conclusão. Além disso, a autarquia diz que existe uma rede de observadores das Instituições Federais de Ensino Superior que assiste a todo o processo de aplicação do teste. Procurados, a Cesgranrio respondeu que não comenta assuntos relacionados ao Enem por razões contratuais, e o Cespe disse que a reportagem deveria procurar o Inep.

Processo nebuloso

Na avaliação do coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, três questões devem ser observadas na discussão sobre os exames. A primeira é a falta de transparência na contratação, no planejamento e na avaliação. Outro ponto é o porquê da necessidade de tantas provas. E, por fim, faz-se necessário repensar sobre como esses resultados são avaliados. “É preciso estimular que outros atores participem do processo. Ter somente duas empresas mostra que há um problema. A sociedade também não debate o sentido das provas, e as conclusões são pouco incorporadas às políticas públicas”, diz.

Segundo Cara, os valores dos contratos são elevados e, como se trata de DINHEIRO da União, deve haver mais rigor na fiscalização dos exames. “É preciso checar se as falhas que acontecem são culpa das empresas contratadas ou do próprio Inep. Temos de evoluir muito para que a sociedade possa opinar se os valores são altos ou não. Ninguém consegue ter acesso a uma planilha de custos do Enem, por exemplo”, alerta.

Na avaliação de Luiz Araújo, professor da Universidade de Brasília (UnB) e ex-presidente do Inep, como há DINHEIRO público no processo, o ideal é que tivesse um processo licitatório para escolher as empresas que organizam os exames. Ele lembra que, enquanto chefiou a autarquia, entre 2003 e 2004, via com estranheza o fato de somente a Cesgranrio ganhar as concorrências para elaborar as provas. “Eu considerava que o edital em 2003 estava direcionado para que ela ganhasse. Tentamos resolver isso juridicamente, mas não tínhamos tempo”, lembra.

FONTE: Correio Braziliense