Fies: taxa de matrícula em cursos com conceito 5 triplica
Por - Renato Deccache - renato.deccache@folhadirigida.com.br
Em audiência realizada no Senado, na última terça, dia 27, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que aumentou a taxa de matrícula em cursos de melhor qualidade, entre os beneficiados pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Segundo ele, subiu de 8%, no ano passado, para 25% este ano, a parcela dos que receberam a linha de crédito para cursos com conceito 5 no Índice Geral de Cursos (IGC).
No segundo semestre, o MEC adotou algumas mudanças no Fies. Entre elas, estava a de priorizar a concessão de financiamento para os cursos com melhores resultados no sistema de avaliação do ministério.
“O setor de educação privada estava acomodado no conceito 3, pois permitia gastar menos com professores qualificados, infraestrutura, etc... Ao incentivarmos os cursos com nota 5, há maior custo, mas o bônus é maior”, disse Mercadante.
Na audiência ele defendeu as mudanças feitas no Fies. Na visão do dirigente, não há problemas no programa como defendem especialistas, principalmente no setor privado.
“No Fies, foram abertas 311 mil novas linhas de crédito. Houve redução, mas não foi tão significativa. O ruído ocorreu na mudança do método”, disse Mercadante, afirmando, em seguida, que o maior problema foi que algumas questões estratégicas do programa deixaram de ficar por conta das instituições de ensino.
“As faculdades escolhiam os cursos, faziam a inscrição e definiam os índices de reajuste das mensalidades. Hoje, a inscrição é feita pelo portal do MEC e a instituição tem de conceder 5% de desconto. Além disso, precisa se adequar ao teto de reajuste, que este ano foi acima da inflação”, disse o ministro.
Na fala aos senadores, Mercadante também voltou a criticar a greve dos docentes das instituições federais de ensino, realizada este ano. Segundo ele, é preciso chegar a um consenso sobre a regulamentação de paralisações, ouvindo sindicatos e todas as partes envolvidas. “Não dá para ter três meses de greve. Isto prejudica muito a formação dos estudantes.”
Mercadante também disse que pretende propor maior articulação entre ensino técnico e ensino médio. Para ele, a formação para o trabalho é um incentivo importante, principalmente no caso das turmas de jovens e adultos.
“Não faz sentido investirmos R$5,7 bilhões pelo Fundeb no ensino técnico se só temos 9,5% dos estudantes do ensino médio matriculados nessa modalidade”, disse também o ministro, que defendeu eleição restrita para diretores. Ele disse que estuda, junto ao Conselho do Secretários Estaduais de Educação (Consed), um formato em que a comunidade possa escolher ente candidatos que tenham feito curso de gestão.
No segundo semestre, o MEC adotou algumas mudanças no Fies. Entre elas, estava a de priorizar a concessão de financiamento para os cursos com melhores resultados no sistema de avaliação do ministério.
“O setor de educação privada estava acomodado no conceito 3, pois permitia gastar menos com professores qualificados, infraestrutura, etc... Ao incentivarmos os cursos com nota 5, há maior custo, mas o bônus é maior”, disse Mercadante.
Na audiência ele defendeu as mudanças feitas no Fies. Na visão do dirigente, não há problemas no programa como defendem especialistas, principalmente no setor privado.
“No Fies, foram abertas 311 mil novas linhas de crédito. Houve redução, mas não foi tão significativa. O ruído ocorreu na mudança do método”, disse Mercadante, afirmando, em seguida, que o maior problema foi que algumas questões estratégicas do programa deixaram de ficar por conta das instituições de ensino.
“As faculdades escolhiam os cursos, faziam a inscrição e definiam os índices de reajuste das mensalidades. Hoje, a inscrição é feita pelo portal do MEC e a instituição tem de conceder 5% de desconto. Além disso, precisa se adequar ao teto de reajuste, que este ano foi acima da inflação”, disse o ministro.
Na fala aos senadores, Mercadante também voltou a criticar a greve dos docentes das instituições federais de ensino, realizada este ano. Segundo ele, é preciso chegar a um consenso sobre a regulamentação de paralisações, ouvindo sindicatos e todas as partes envolvidas. “Não dá para ter três meses de greve. Isto prejudica muito a formação dos estudantes.”
Mercadante também disse que pretende propor maior articulação entre ensino técnico e ensino médio. Para ele, a formação para o trabalho é um incentivo importante, principalmente no caso das turmas de jovens e adultos.
“Não faz sentido investirmos R$5,7 bilhões pelo Fundeb no ensino técnico se só temos 9,5% dos estudantes do ensino médio matriculados nessa modalidade”, disse também o ministro, que defendeu eleição restrita para diretores. Ele disse que estuda, junto ao Conselho do Secretários Estaduais de Educação (Consed), um formato em que a comunidade possa escolher ente candidatos que tenham feito curso de gestão.