Durante seminário, novas mudanças no Fies foram discutidas.
Possibilidade de 350 mil contratos em 2016 também foi considerada.
Do G1, em São Paulo
O diretor da Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas, se disse otimista com duas previsões que relata ter recebido de representante do Ministério de Educação (MEC) durante seminário realizado pela entidade nesta terça-feira (7).
No encontro, que discutiu as alterações no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), as mantenedoras ficaram otimistas com a possibilidade abertura de até 350 mil novos contratos do Fies em 2016. Além disso, o grupo se disse animado com o fato de o representante do MEC ter descartado o uso de descontos nas mensalidades como critério para concessão de bolsas.
O G1 entrou em contato com o MEC para obter confirmação das previsões e aguarda retorno.
As mantenedoras de Instituições de Educação Superior (IES) interessadas em participar do Fies têm até o dia 17 de julho para assinar o Termo de Participação e informar a disponibilidade de oferta de vagas. Além disso, as IES terão de oferecer no mínimo 5% de desconto para os alunos que tiverem o financiamento e haverá critérios socioeconômicos.
De acordo com o diretor da ABMES , durante o seminário, o secretário executivo do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, anunciou que IES que descontos acima do estipulado não serão usados como critérios para privilegiar universidades.
"Durante o evento, Luiz foi indagado sobre a possibilidade de um leilão por parte das IES e ele disse que [o desconto] não será usado como seleção de vagas pelo MEC. Dessa forma, não haveria guerra de preços nem leilão", salientou.
As novas regras foram oficializadas pelo MEC no Diário Oficial da União na sexta-feira (3). A portaria define que as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal) e cursos com conceito 5 ou 4 serão priorizados.
Novos contratos para 2016
Segundo Caldas, há expectativas de que, em 2016, sejam feitos de 320 mil a 350 mil contratos, dependendo do orçamento.
Segundo Caldas, há expectativas de que, em 2016, sejam feitos de 320 mil a 350 mil contratos, dependendo do orçamento.
"Pensando neste novo formato do programa, organizado, planejado e sustentável, o que antes não era, dá a impressão de que é uma situação mais condizente com a realidade. Neste momento, não interessa muito a quantidade de vagas e sim a contuidade do programa", ressaltou.
"Existe uma demanda muito forte para o financiamento. No passado, essa política não tinha um orçamento definido, o que está acontecendo agora. O Luiz declarou aqui que estão trabalhando com a estimativa de 320 mil a 350 mil novos contratos, dependendo do orçamento que o governo definir. Eu penso que de posse desse número, a gente fica bastante otimista. O desenvolvimento de todo país passa pela educação."
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