sábado, 29 de agosto de 2015

CFM vai à Justiça para tentar impedir funcionamento de cursos de medicina em Rondônia e Goiás


Publicada em 25/08/2015 - 09.30   /  Autor:  OGLOBO/ por André de Souza

CFM vai à Justiça para tentar impedir funcionamento de cursos de medicina em Rondônia e Goiás
Conselho, que é contra a expansão dos cursos promovida pelo governo federal, diz que uma faculdade de Goiás e outra de Rondônia não têm infraestrutura para oferecer um bom ensino.

 
 
BRASÍLIA - O Conselho Federal de Medicina (CFM) entrou com duas ações na Justiça Federal para impedir o funcionamento de cursos de medicina que, na sua avaliação, falham em oferecer a infraestrutura adequada para seus alunos. As ações, propostas na última sexta-feira, têm como alvos dois cursos que começaram a ser ofertados em 2015: um em Mineiros, em Goiás, e outro em Vilhena, em Rondônia. Segundo o CFM, as cidades onde os dois cursos foram instalados não têm condições mínimas de infraestrutura, como leitos hospitalares e unidades de saúde. O Conselho alega que isso é necessário para que os estudantes possam conciliar teoria e prática. 
 
O CFM quer que a Justiça determine à União a promoção de avaliações e fiscalizações necessárias para impedir a continuidade dos cursos. Quer ainda que o Ministério da Educação (MEC) se abstenha de credenciar escolas de medicina que não tenham condições de funcionar. “Estamos questionando o flagrante desrespeito às normas vigentes do próprio MEC, uma vez que não se pode admitir que sejam criados cursos sem a devida observância dos requisitos legais. São cidades que não possuem cinco leitos públicos para cada aluno e não respeitam o número máximo de três alunos para cada equipe de atenção básica, por exemplo”, afirmou o presidente do CFM, Carlos Vital, por meio da assessoria de imprensa da entidade. 
 
Na terça-feira, o CFM vai divulgar um levantamento sobre as 257 escolas médicas autorizadas no Brasil. Foi feita uma avaliação dos cursos, assim como das redes assistenciais nos municípios e regiões onde eles funcionam. O CFM diz que um número significativo dos cursos não atende às exigências do MEC. Entre os problemas detectados está a falta infraestrutura para o ensino: a relação de leitos no SUS por estudante é baixa, e há poucos hospitais de ensino. No último domingo, reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, revelou parte do levantamento.

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O CFM é crítico da expansão de escolas médicas, uma das medidas que fazem parte do programa Mais Médicos. Em julho, o Ministério da Educação (MEC) e o Ministério da Saúde divulgaram a lista das instituições de ensino superior privadas autorizadas a oferecer 36 novos cursos de medicina — todos em cidades diferentes — com 2.290 vagas. Outras 25 cidades também poderão receber novos cursos, com 2.057 vagas. O CFM sustenta que o Brasil tem um número suficiente de médicos. O problema, diz, é como distribuí-los por todo o país.

Fonte: CFM

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

'Parece que morri na praia', diz estudante de medicina sem Fies

28/08/2015 11h43 - Atualizado em 28/08/2015 12h59

Jovem de SP cursa faculdade nota 4 no Enade, mas ficou sem vaga. 
Formação de médicos é uma das prioridades do Fies, segundo o MEC.


Will SoaresDo G1, em São Paulo
Isabella Marinelli, de 19 anos, tentou financiamento pelo Fies para pagar curso de medicina. (Foto: Will Soares/G1)

Voltar a estudar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) parece ser uma das poucas saídas para a recém-aprovada em medicina Isabella Marinelli, de 19 anos. Sem ter conseguido um contrato de financiamento pelo Fundo de Investimento Estudantil (Fies), ela é uma das estudantes que não poderão arcar com os custos mensais de mais de R$ 6 mil.

"Parece que morri na praia. O mais difícil é entrar. Depois de entrar ter o sonho parado assim é complicado. A faculdade parece que vai dar um desconto. Mais da metade da sala precisa do Fies e ele não saiu", comentou a jovem.
Isabella e as colegas ficaram de fora da lista de selecionados para o  Fies do segundo semestre. O programa do governo federal vai beneficiar 61,5 mil alunos.
No primeiro semestre, 178 mil alunos tentaram, sem sucesso, firmar contrato com o Fies, segundo o Ministério da Educação (MEC). O número de candidatos que ficaram de fora nesta segunda edição de 2015 do programa ainda não foi divulgado.
Para Isabella, o esforço virou parte da estatística. Natural de Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, ela fez mais de um ano de cursinho e conseguiu passar no vestibular do meio de ano da Universidade Nove de Julho (Uninove) - Campus Vergueiro, no curso de medicina.
Confiante de que conseguiria o Fies, já que escolheu uma das carreiras priorizadas pelo programa, Isabella ficou surpresa quando viu que seu curso, apesar de ter nota 4 no Enade, não estava entre os com possibilidade de financiamento.
"No ano passado, passei no vestibular da Faculdade de Medicina de Itajubá, em Minas Gerais, mas eu queria São Paulo. Minas é muito longe pra mim. Lá, eu também achava que teria mais dificuldade pra conseguir o Fies. Em São Paulo, achava que era mais garantido. Pensei que não teria problemas, mas não foi o que aconteceu. Meu curso é nota 4 e não teve vagas, outros com avaliação pior tiveram", disse a estudante.
O questionamento quanto à divisão de vagas entre as instituições de ensino também foi compartilhado por outros alunos espalhados pelo país e foi motivo até de uma ação judicial movida pelo Grupo Anima, proprietário dos centros universitários UNA e UNI BH, de Minas Gerais, e São Judas e Unimontes, de São Paulo.
Segundo o Anima, o critério adotado pelo MEC para distribuir as vagas entre as instituições de ensino apresentava "inconsistências e desigualdades", já que cursos com avaliação inferior conseguiram mais postos que outros de qualidade superior nas mesmas cidades. Como exemplo, o grupo comparou o número de vagas disponíveis para um de seus cursos de engenharia, com conceito 4 (em nota que varia de 1 a 5), e o de uma concorrente, que tinha conceito inferior, mas obteve mais vagas.
O MEC explicou que a distribuição de vagas segue um critério de "coeficiente percentual de propocionalidade que considera o histórico de importância de participação no Fies".
Ou seja, as vagas disponíveis foram divididas proporcionalmente conforme a demanda de alunos em edições anteriores do programa: cursos em que mais alunos tentaram o financiamento no passado recebem mais vagas. O esclarecimento foi classificado como "satisfatório" pela Justiça, que autorizou a continuação das etapas do Fies.
Isabella Marinelli e amigas que estudam medicina não conseguiram contrato com o Fies
(Foto: Will Soares/G1)
Filha de uma gerente de vendas e de um gerente de tecnologia da informação, Isabella conta que a renda mensal de aproximadamente R$ 8 mil não permite que a família se dê ao luxo de pagar uma mensalidade que ultrapassa os R$ 6 mil já no primeiro semestre de curso. Segundo ela, com esforço, os pais já pagaram o primeiro mês, mas não sabe como será no futuro.
"Eles [universidade] estão pensando em fazer um financiamento próprio por seis meses. Até o fim do ano, pra tentarmos o Fies de novo", contou.

Como alternativa, a estudante pensa até em prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mais uma vez em outubro para novamente tentar ingressar em uma faculdade pública.
A alta concorrência para os cursos de medicina e o tempo de preparação menor, no entanto, preocupam: "Já perdi o ritmo do cursinho. Já estava com a cabeça na faculdade. É difícil voltar nas matérias do vestibular", afirmou.
Na entrada da faculdade Uninove, balcão informa alunos sobre possibilidade de estudar com o Fies (Foto: Will Soares/G1)


quarta-feira, 26 de agosto de 2015

RADIOGRAFIA DAS ESCOLAS MÉDICAS DO BRASIL

http://portal.cfm.org.br/images/stories/pdf/radiografia%20-%20infraestrutura%20escolas%20em%20funcionamento.pdf

No Brasil, número de escolas privadas de Medicina cresce duas vezes mais rápido que o de cursos públicos


Ter, 25 de Agosto de 2015 09:22
Do início de 2003 a 2015, a quantidade de cursos particulares de Medicina no Brasil mais do que dobrou em relação ao ritmo de abertura de estabelecimentos públicos. O número de escolas privadas passou de 64 para 154, enquanto no mesmo período as unidades de gestão estatal subiram de 62 para 103. Os dados integram o levantamento Radiografia das Escolas Médicas do Brasil, organizado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o qual serve como alerta para o problema do crescimento desgovernado e sem qualidade que afeta o sistema formador de futuros médicos no País.
Ao elaborar a Radiografia das Escolas Médicas do Brasil, o CFM buscou dar mais transparência ao sistema formador de novos profissionais da Medicina. O estudo dará à sociedade condições de avaliar o processo de ensino-aprendizagem e, por outro lado, será útil aos órgãos de controle e avaliação interessados em assegurar a boa formação. Para elaborar o levantamento, o CFM levou em consideração os números mais recentes (disponíveis de maio a julho de 2015) das seguintes bases: Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), Sala de Apoio à Gestão Estratégica (Sage) do Ministério da Saúde, Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab) e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Também foram analisadas como fontes: Diário Oficial da União, documentos do Ministério da Educação (MEC) e sites especializados, como o Escolas Médicas do Brasil.
Em números totais, o volume de escolas médicas no Brasil também mais que dobrou. O volume saltou de 126 cursos (públicos e privados, grupo no qual estão inseridas instituições classificadas como municipais mas que cobram mensalidades de seus alunos) para os atuais 257, que respondem pelo preparo de 23 mil novos médicos todos os anos. No entanto, esta realidade pode mudar nos próximos meses, pois 36 municípios já foram autorizados a receber novos cursos de medicina após um processo de seleção coordenado pelo Governo. Se todos passarem efetivamente a funcionar, o País contará com 293 escolas até o fim de 2016. Além desses, existe outro edital em aberto com chamamento para outros 22 municípios, o que pode elevar o número de escolas médicas para 315.
Do total de 257 cursos em atividade no país, 69% estão nas Regiões Sudeste e Nordeste. As escolas estão distribuídas em 157 cidades brasileiras, sendo que a maioria (55%) dos cursos tem sede em apenas 45 municípios. Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram um terço das instituições. Entre as particulares, as mensalidades chegam a R$ 11.706,15, com uma média de R$ 5.406,91.
São 44 escolas distribuídas em São Paulo, sendo que dez destas estão na capital paulista. São oferecidas 4.380 vagas no estado – 3.600 privadas e com mensalidades que cobram, em média, R$ 5.833,66 de cada aluno. Já em Minas Gerais existem 39 escolas, com 3.437 vagas de primeiro ano. Do total, 26 escolas são particulares, ao custo, médio, de R$ 5.352,02 por mês.
O Rio de Janeiro segue em terceiro lugar no ranking dos estados com maior número de escolas: são 19 unidades e 2.260 vagas (valor médio das mensalidades fica em R$ 5.699,99). Em seguida, aparecem os seguintes estados: Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul, com 15 escolas cada um. Nestes locais, os valores das mensalidades vão de R$ 3.185,00 a R$ 6.649,00. Nas últimas posições estão Amapá e Roraima, com apenas uma escola cada um, sendo as duas públicas.

O crescimento das escolas se acentuou muito nos anos da gestão da presidente Dilma Rousseff, considerando o início de 2011 até julho de 2015, conforme mostra o levantamento do CFM. Em menos de cinco anos, houve 79 autorizações para aberturas de escolas – uma soma de 6.190 novas vagas. Para se ter uma ideia do ritmo vertiginoso basta lembrar que no período de 1808 a 1994 foram abertos 82 estabelecimentos de ensino deste tipo. 


No entanto, o pacote aprovado pela presidente Dilma não significou uma melhor distribuição geográfica das escolas pelo País. Do total autorizado, metade se concentra nas regiões Sul e Sudeste. Das 10 abertas este ano (2015), 50% também estão distribuídas entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Também não se percebe uma política que estimule a criação de estabelecimentos públicos, pois sete dos cursos cobram mensalidades de até R$ 7.605,00.
Ao se fazer a análise das autorizações das 36 novas escolas divulgadas pelo Governo em julho, percebe-se que se mantém a mesma lógica de distribuição e de predomínio de gestão. Deste grupo, 32 (89%) delas estão concentradas nos seis estados com maior número de escolas (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Sul) e todas devem ser privadas.
Para o CFM, a maioria desses novos projetos não atende às necessidades atuais, às diretrizes curriculares e aos pressupostos mínimos para a formação dos médicos. “Infelizmente, o que temos visto são faculdades desqualificadas, com corpo docente despreparado, algumas não possuem nem hospital-escola. Isso resultará em médicos mal formados, o que compromete a qualidade do atendimento”, denuncia o presidente do CFM, Carlos Vital Tavares Corrêa Lima. Já a conselheira do CFM representante do Distrito Federal, Rosylane Rocha, ainda afirma que "não se trata de reserva de mercado. O país precisa de mais profissionais sim, mas nossa preocupação é com a qualidade da formação".
Outros especialistas em educação médica destacam a necessidade de se priorizar a qualidade na formação dos alunos, uma vez que as vagas atuais já garantem uma expansão de médicos que ultrapassa padrões europeus. “Não há mais necessidade de nenhum curso de medicina novo no Brasil. Já houve uma expansão tão grande no número de cursos, que a falta de médicos vai ser resolvida com as escolas que já existem. O que o Brasil precisa é de médicos com formação de qualidade”, defende o professor titular de Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), Milton de Arruda Martins.
  

Principais conclusões do levantamento Radiografia das Escolas Médicas do Brasil:

  • Do início de 2003 a 2015, a quantidade de cursos particulares de Medicina no Brasil mais do que dobrou em relação ao ritmo de abertura de estabelecimentos públicos.
  • O número de escolas privadas passou de 64 para 154, enquanto no mesmo período as unidades de gestão estatal subiram de 62 para 103.
  • Em números totais, o volume de escolas médicas no Brasil também mais que dobrou. O volume saltou de 126 cursos (públicos e privados) para os atuais 257, que respondem pelo preparo de 23 mil novos médicos todos os anos.
  • Do total de 257 cursos em atividade no país, 69% estão nas Regiões Sudeste e Nordeste.
  • As escolas estão distribuídas em 157 cidades brasileiras, sendo que a maioria (55%) dos cursos tem sede em apenas 45 municípios.
  • Os estados de São Paulo e Minas Gerais concentram um terço das instituições. Entre as particulares, o valor médio das mensalidades nos cursos particulares está em R$ 5.406,91. Contudo é possível encontrar mensalidades que vão desde R$ 3.014,00 a R$ 11.706,15.
  • No último mês (julho), 36 municípios foram considerados aptos para receber novos cursos, sendo que 32 (89%) delas estão concentradas nos seis estados com maior número de escolas.
  • Com os últimos editais do Governo Federal, a estimativa é o País chegar ao número de 315 instituições até o final de 2016, caso todas passem efetivamente a funcionar;
  • Entre 2013 e julho de 2015, 42 municípios receberam novas escolas. 60% destes municípios não atendem à exigência de no mínimo cinco leitos por aluno e 18 destes não respeitam a proporção ideal de até três alunos por Equipe de Saúde da Família (ESF).
  • Das 157 cidades com escolas médicas no país, 74 não dispõem de leitos em quantidade necessária por aluno e 68 não atendem a proporção ideal de alunos por ESF.
  • Atualmente existem 200 Hospitais de Ensino (HE) habilitados no País. Dos 36 novos cursos autorizados em julho, apenas seis possuem ou estão inseridos em Regiões de Saúde que possuem um HE.
  • Dos 157 municípios que atualmente têm escolas médicas, 88 não possuem nenhum hospital habilitado. Nestas cidades, são firmados convênios com instituições "com potencial para hospital de ensino".

LINK:http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=25689%3A2015-08-25-12-24-42&catid=3

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Cursos de medicina que apoiem SUS podem ter nota mais alta em avaliação do Inep

Criado em 25/08/15 16h38 e atualizado em 25/08/15 18h27
Por Mariana Tokarnia Edição:Jorge Wamburg Fonte:Agência Brasil
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) abriu uma consulta pública para as instituições de ensino superior com a finalidade aprimorar a avaliação dos cursos de graduação. Os indicadores serão usados na autorização, reconhecimento e renovação de reconhecimento dos cursos e as principais mudanças são para os cursos de medicina e áreas de saúde.
Entre as novidades para os cursos de medicina está o estágio curricular supervisionado e a articulação entre a formação do curso de medicina e os programas de residência. Para cada uma das categorias analisadas, os cursos recebem conceitos de 1 a 5. O conceito final considerado suficiente para as graduações é 3. No caso dos cursos de medicina, sobe para 4.
De acordo com o documento disponibilizado pelo Inep, os cursos de medicina obterão conceitos maiores quanto maior for o tempo do estágio supervisionado nas áreas de medicina geral de família e comunidade e urgência e emergência. Os cursos que ofertarem até 50% da carga horária para essas áreas obterão o conceito máximo 5. Aqueles que ofertarem menos de 30% obterão conceito 2, pelo menos 30%, obterão conceito 3 e 35%, conceito 4. O conceito 1 é para os cursos cujo estágio não está regulamentado.
Em relação à residência, para obter o conceito 4, o curso de medicina precisará ter "muito bem prevista/implantada" a  oferta  em  programas  de  residências para atender  100%  do  número  de  egressos em  medicina  geral  de  família e comunidade; e em pelo menos mais três áreas prioritárias do Sistema Único de Saúde (SUS). Quando a oferta é excelente, o conceito é o máximo.
As instituições que oferecerem formação para os profissionais e preceptores do Sistema Único de Saúde (SUS) também terão uma melhor avaliação. Os médicos preceptores são os responsáveis por acompanhar a formação dos estudantes durante estágio no SUS. Reberá o conceito 5 aquela que atender a pelo menos metade dos preceptores no Programa de formação e docência e educação permanente em Saúde.
Os novos indicadores foram propostos para atender as alterações estipuladas pelo programa Mais Médicos e pelas diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em medicina. A previsão é que entrem em vigor, segundo o Inep, no ano que vem.
Além dos cursos de medicina, o documento traz novos indicadores para os cursos na área de saúde e para demais graduações. O documento traz 15 novos indicadores e faz 12 alterações em mecanismos que já estão em vigor.
Todas as instituições de educação superior estão convidadas a participar da consulta pública. As propostas devem ser encaminhadas até 4 de setembro, por meio de formulário disponível no site da autarquia. A minuta do Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação, onde constam as mudanças, também pode ser acessada no mesmo endereço eletrônico.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

CFM aciona Justiça para impedir funcionamento de cursos de Medicina que não atendem requisitos de infraestrutura

Nesta terça (25), às 9h, um levantamento do CFM sobre escolas médicas citado pelo Fantástico será divulgado em coletiva de imprensa


Não se pode admitir que seja criado curso de medicina, sem a devida observância dos requisitos legais, sob pena de flagrante prejuízo à qualidade do ensino e da saúde. Com esta convicção, o Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou na Justiça Federal, em Brasília, com duas ações de obrigação de fazer com pedido de tutela antecipada contra o Ministério da Educação (MEC) e instituições de ensino superior que, mesmo sem condições técnicas e legais, passaram a ofertar cursos de medicina em 2015. As ações foram propostas na última sexta-feira (21).   
Por meio da concessão da tutela antecipada, o CFM espera que a Justiça determine à União que cumpra os ditames legais e promova as avaliações e fiscalizações necessárias para impedir a continuidade dos cursos e, futuramente, se abstenha de credenciar cursos que não tenham condições. No pedido, a autarquia requer ainda a suspensão imediata das ofertas de vagas em dois cursos de medicina, um em Goiás e outro em Rondônia.
Segundo análise do CFM, as cidades onde os cursos estão instalados não atendem condições de infraestrutura mínima – leitos hospitalares, unidades de saúde, dentre outros – para que os estudantes conciliem a teoria e a prática profissional. “Estamos questionando o flagrante desrespeito às normas vigentes do próprio MEC, uma vez que não se pode admitir que sejam criados cursos sem a devida observância dos requisitos legais. São cidades que não possuem cinco leitos públicos para cada aluno e não respeitam o número máximo de três alunos para cada equipe de atenção básica, por exemplo”, observou o presidente do CFM, Carlos Vital.
No domingo (23), reportagem exibida pelo programa Fantástico, da TV Globo, revelou que, além de não atender as exigências do MEC, algumas faculdades não possuem hospital universitário, consultórios para prática de estágio ou campus exclusivo. Especialistas ouvidos alertaram para os riscos implicados no processo de formação de profissionais e possíveis consequências para pacientes.
“Nossa missão primordial é preservar o interesse público, ou seja, a preservação da saúde e da vida e zelo pelo perfeito desempenho técnico e moral da profissão. Verificada a precariedade das condições de ensino com riscos para a sociedade e, consequentemente aos pacientes, é imperioso o deferimento desta tutela para resguardar o direito à vida, à educação e à saúde da população”, defendeu Vital.
Radiografia inédita
As análises da situação destas duas escolas integram estudo inédito do CFM, que traz uma radiografia do ensino médico no Brasil. O levantamento será divulgado em coletiva com a imprensa nesta terça-feira (25), a partir de 9h, na sede do Conselho, em Brasília.
O levantamento Radiografia das Escolas Médicas do Brasil pretende oferecer à sociedade acesso a uma ferramenta que trará mais transparência ao sistema formador de novos profissionais da medicina no Brasil. Além de dados sobre cada uma das 257 escolas em funcionamento atualmente, o CFM consolidou informações sobre a rede de saúde nos municípios e regiões de saúde onde os cursos estão inseridos.
“A sociedade precisa ter conhecimento sobre a estrutura e os diferentes aspectos que compõem o perfil dos cursos de medicina. Estas informações permitirão aos estudantes escolherem aqueles que possuem melhores condições de conduzir o processo de aprendizagem. Por outro lado, também serão úteis aos órgãos de controle e avaliação interessados em impedir o avanço de propostas não comprometidas com a formação de bons profissionais”, anunciou o presidente do CFM.

domingo, 23 de agosto de 2015

A sem terra que virou médica: ‘Amo fazer parto, trazer a vida’


A sem terra que virou médica: ‘Amo fazer parto, trazer a vida’
Quando tinha dois anos e meio, Rúbia já conhecia todas as letras do alfabeto e aprendeu a escrever. Formava palavras com o macarrão de letrinhas que sua mãe, Rosana, havia colocado na sopa. Aos quatro, havia aprendido a ler.

Quando tinha dois anos e meio, Rúbia já conhecia todas as letras do alfabeto e aprendeu a escrever. Formava palavras com o macarrão de letrinhas que sua mãe, Rosana, havia colocado na sopa. Aos quatro, havia aprendido a ler. 

Ainda criança, adorava brincar com plantas, como se estivesse fazendo chás e remédios. Sonhava ser médica desde pequena. Deitava uma prima no chão e brincava de examinar. Naquela época, escolheu o nome de doutora que gostaria de usar: Rúbia Toniato. 
 
Mas, a realidade financeira da família era muito diferente dos sonhos que ela alimentava. Quando tinha 12 anos, seu pai, Pedro, decidiu morar no assentamento dos sem terra, na Fazenda Boa Sorte, em Restinga. Ela ia todos os dias para a roça, mas voltava para Franca à noite. “Eles não deixavam eu dormir lá. No começo, a barraca era coberta de lona e tinha muitos ratos. Era perigoso”.
 
Um ano depois, Rúbia começou a vender produtos da Avon e logo conseguiu o primeiro emprego fixo. Na adolescência, matriculava-se em todos os cursos gratuitos que apareciam. Foi assim que aprendeu espanhol e noções de alemão, na Unesp. Autodidata, tinha facilidade para fixar informações e aprendeu muita coisa sozinha. Sempre estudou em escolas públicas. Depois, cursou biomedicina na Unifran.
 
Em 2009, apareceu a luz no fim do túnel. Após dois anos de tentativas, conseguiu uma bolsa de estudos, concedida pelo governo cubano a movimentos sociais, como o MLST que ela integra. A vaga foi para a Elam (Escola Latino-Americana de Medicina), em Cuba, na qual estudam estrangeiros de 113 países. Apenas os que obtêm notas consideradas altas, em uma espécie de vestibular e ao longo do ensino secundário, são aceitos. 
 
Fez um empréstimo e viajou sozinha. Morou em alojamento, dividiu quarto com sete mulheres, passou fome. Não tinha televisão e muito menos internet. Recebia uma ajuda de custo do governo cubano em torno de R$ 10 por mês. Conseguia se manter com a ajuda que os pais enviavam. No começo, eram R$ 70, R$ 80. “O dinheiro, além de curto, chegava reduzido pela metade por causa das taxas cobradas. Nos últimos meses, meus pais conseguiam me enviar um pouco mais e eu recebia entre R$ 200 e R$ 300 por mês”. Na primeira vez que voltou ao Brasil, a família teve que vender uma moto que ela havia financiado para pagar a viagem. Apesar das dificuldades, conciliou o estudos e conseguiu, até, aprender inglês em Cuba.
 
No último dia 13 de julho, após seis anos e meio de estudos na ilha de Fidel, o sonho da menina se concretizou e ela se formou em medicina, aos 30 anos. Na prova final para avaliar os conhecimentos, obteve 98 pontos dos 100 possíveis. Era o passaporte para receber o número de médico e o diploma. Finalmente, ela pôde escrever Rúbia Toniato na sua placa de identificação, como imaginava quando criança. Orgulhosos, os pais e o irmão de 15 anos viajaram para assistirem à formatura. A viagem só foi possível porque o “seu” Pedro conseguiu vender uma produção de milho, que ainda não havia colhido, para um sobrinho. Conheça um pouco da história da sem terra que virou médica.
 
Como surgiu a oportunidade de você estudar medicina em Cuba?
Fazer medicina sempre foi o sonho de minha vida. Nunca tive a possibilidade de cursar antes porque o dinheiro não dava. Comecei a trabalhar muito cedo e sempre procurei estudar e aproveitar as oportunidades que surgiam. Em 2007, uns amigos me falaram sobre a possibilidade de obter uma bolsa para estudar em Cuba. Eles foram, mas eu não consegui. Foi a luz para um caminho. Comecei a correr atrás e me esforcei muito. Em 2009, me deram a oportunidade de fazer um entrevista na embaixada de Cuba em Brasília, onde fiz provas e fui aprovada.
Consegui a vaga com tudo grátis, a faculdade, moradia e alimentação. Pedi dinheiro emprestado, paguei a passagem e fui com a cara e a coragem. Não sabia onde ia parar, onde ia dormir o que iria comer, mas fui, enfrentei e valeu à pena.
 
Quem bancava sua manutenção lá?
O suporte financeiro quem me deu, foi minha família. O governo de Cuba ajudava com cem pesos em moeda nacional mensais, que equivaleria hoje a R$ 10. Era com este dinheiro que muita gente lá sobrevivia. Eu tinha a ajuda dos meus pais. Todo o dinheiro que conseguiam na roça, me mandavam. Tinha que racionar e escolher o que iria comer. 
 
Como foi sair de uma fazenda em Restinga, deixar a família e ir morar sozinha em Cuba?
Os primeiros dias foram muito difíceis. Pensei em vir embora nadando. Eu já sabia a história de Cuba, era um país que eu tinha vontade de conhecer. É um pais bonito, mas muito carente. Por mais que a gente passe dificuldade no Brasil, quando saímos é ainda mais difícil. Foi um impacto forte. A gente pensa em desistir, em voltar. Sentia falta da família, dos amigos. Deixei uma vida para trás e comecei tudo de novo. Aos poucos, fui me adaptando. Superação é a palavra.
 
Onde morava?
Nos dois primeiros anos, fiquei no alojamento da faculdade. No meu andar, eram 121 mulheres de todos as partes da América Latina. Eram só três banheiros. Os quartos tinham as paredes baixas, como se fossem baias, e dava para ver de um quarto para o outro. Eu dividia o espaço com outras sete meninas e eu era a única brasileira. Era uma espécie de internato. A gente só podia sair no fim de semana. Às vezes, tinha dinheiro, mas não podia comprar porque não dava para sair. Passamos fome, sede e frio. A água é horrível. A partir do terceiro ano, consegui alugar uma casa, embora isso não fosse permitido, e as coisas foram melhorando aos poucos. Foi um risco, pois se fosse pêga pela imigração, poderia ser deportada.
 
Como foi chegar em um país que sofre embargo econômico?
Lá, a gente aprende a economizar tudo. Não jogamos nada fora. Até o potinho do sorvete que a gente toma, guardamos porque vai servir depois. Aprendemos a dar valor a tudo, ao que tem e ao que não tem. Acessar a internet ou ligar a televisão são coisas banais em nosso país, mas lá eu fiquei o tempo todo sem. Lá, a comunicação é muito difícil e cara. A única coisa que eu tinha era meu computador. Para passar as horas, eu pegava algum pen drive com arquivos, filmes com amigos, algumas músicas ou livros. 
 
Como eram as aulas? 
Em Cuba os estudantes aprendem com o paciente, na prática. Quando começamos em ciências básicas, os dois primeiros anos são com aulas tradicionais, em classe, com professores. Uma vez por semana, a gente ia para o hospital, que é um policlínico, tipo do pronto-socorro “Janjão”, onde tem várias consultas, urgência e emergência. Era como se fosse um estágio. No terceiro ano, já somos médicos, temos nossos pacientes e o GBT, que é a equipe médica. A cada ano, você vai fazendo de acordo com as especialidades. Por exemplo, hoje você está em clínica médica no hospital. Dentro de dois meses, vai fazer na maternidade... Você vai rotando, conhecendo e estudando na prática. O que chegar, você tem que pegar e resolver. Peguei pacientes com sarna, lepra, Aids, vítimas de graves acidentes, fiz partos e até estágio em manicômio. 
 
Como é o teste final a que os estudantes são submetidos?
Trata-se de uma prova estatal prática e escrita que é em nível nacional. Eles aplicam a prova para ver os seus conhecimentos depois de graduado médico. Se você não for aprovado, você não recebe o seu número de médico, o diploma, e tem que fazer uma espécie de dependência. Felizmente, de cem pontos possíveis, consegui fazer 98. Foi a maior pontuação do tribunal que me avaliou.
 
O que falta para você começar a clinicar no Brasil?
Esse é o mais difícil. A gente sai de lá médico e chega aqui no Brasil desempregado. Todo mundo que se forma no exterior, precisa fazer o Revalida. A prova é feita todos os anos, são exames teóricos e práticos. Só após a aprovação, é que eles dão o CRM para a gente. A data da prova deste ano ainda não foi marcada. Outra opção que tenho é entrar para o programa Mais Médico do governo federal, que dá três anos para se obter o Revalida, mas temos que esperar surgir vagas. É um processo lento que deixa a gente para baixo, mas tenho fé que logo vou poder trabalhar. Não consigo ficar parada.
 
O fato de você ter se formado fora e voltar no mesmo momento em que médicos falsos foram descobertos trabalhando em Franca, a prejudica?
É uma situação chata, que atrapalha, sim, mas as pessoas precisam saber diferenciar. Sou uma médica verdadeira, estudei em uma escola muito conceituada e me formei, tenho diploma. A medicina em Cuba é respeitadíssima. O que aconteceu em Franca foi uma falta de respeito, coisa de pessoa sem consciência. Os pacientes deixam suas vidas nas mãos do médico, te colocam a confiança máxima, que é a própria vida. Brincar com isso, é inaceitável. Precisa haver uma punição muito forte. Em Cuba, nunca ouvi falar de médico falso atendendo pacientes. Cheguei aqui e fiquei assombrada.
 
Quando criança, você sonhava ser médica. Agora que se formou, qual é o seu sonho na medicina?
Quero trabalhar com o povo, fui formada para isto. Cuba forma a gente para trabalhar com a população carente, que não tem acesso aos médicos, que não pode pagar. A única maneira deles agradecerem é com a sinceridade do sorriso. Como ficam felizes com o atendimento! Eu quero trabalhar com isto. No momento, não penso em ter um consultório, quero me especializar em gineco-obstetrícia, que é a área que mais gosto. Amo fazer parto, trazer a vida. Acho isto muito bonito. Agora, o que eu quero mesmo é trabalhar como eu trabalhava em Cuba, com a população que confia as vidas nas minhas mãos. Quero retribuir essa confiança que eles me darão em forma de muito respeito e de um atendimento excelente.
 
O que significa para uma pessoa que passou dez anos em um assentamento de sem terra, lembrado por muitas pessoas apenas pelas ocorrências criminais, voltar como médica?
No começo, muita gente dizia que meu pai era louco de trazer a gente para a fazenda Boa Sorte. Muitas vezes, tínhamos que dormir na cidade e ele ia sozinho para fazenda porque a moradia aqui era uma barraca coberta por plástico e onde entravam muitos bichos. A gente não tinha carro. Foi foi muito difícil. Em todos os lugares, há pessoas boas e ruins. Muitas, infelizmente, acabam se envolvendo com a criminalidade, mas não é uma regra. Aqui, tem muita gente boa, que veio para cá para seguir em frente e conseguir evoluir. Minha família mesmo não tinha nada e o movimento deu muita coisa pra gente. Através do movimento é que eu fui estudar em Cuba. As pessoas precisam abrir a mente, não tirar falsas impressões e não avaliar o próximo por pré-conceitos. O assentamento não produz apenas produtos agrícolas. Ajudou a produzir grandes profissionais também.

FONTE:http://gcn.net.br/

sábado, 22 de agosto de 2015

Dilma diz que dinheiro do Fies não estava sendo bem gasto com faculdades privadas

PUBLICADO EM 21/08/2015 ÀS 21:13 POR  EM NOTÍCIAS
Na entrevista que deu à à Rádio Grande Rio, em Petrolina, Dilma comentou ainda as mudanças no Fies, que tanta polêmica causou no começo do ano, com a trava dada, nas inscrições.
“Eu queria explicar uma coisa sobre o Fies. Qual é a história do Fies? Nós tivemos que fazer uma modificação no Fies. Por quê? Não é concebível que a gente financie um estudante que teve zero em português. Não é correto com o dinheiro público esse subsídio imenso para uma pessoa que não se esforçou e teve zero em português. Não é correto que a gente deixe para as escolas privadas o valor da prestação que o estudante tem que pagar na escola. Porque se nós fizermos isso, a escola vai cobrar hoje muito do governo federal, porque nós é que estamos pagando a primeira parte. Mas depois, quando o estudante tiver que retornar e pagar para nós, ele vai estar pagando uma mensalidade fora de proporção. Então, nós fizemos, sim, uma modificação, uma pequena reforma no Fies.
“Mas foi para assegurar que o dinheiro fosse bem gasto, que o dinheiro fosse para beneficiar todos aqueles que querem estudar em faculdades privadas e serem financiados. O Fies, ele impacta as universidades federais da mesma forma que a disponibilidade de cursos no setor privado impacta. Porque o aluno, primeiro, tenta ir para universidade”.
Nós temos o Enem. O Enem seleciona no Brasil inteiro e vem selecionando cada vez mais. E vem aumentando o número de vagas. Então, eu acredito que aí em Pernambuco, como no resto do Brasil, vai ter muita gente beneficiada com esse quase um milhão de alunos que entrarão, terão acesso à universidade neste ano de 2015.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

PORTADORES DE DIPLOMA = Unicamp vagas remanescentes - 3 vagas para medicina

Estão abertas as inscrições para vagas remanescentes da Unicamp para 2016 - 

Prazo para se inscrever começa hoje (19) e vai até dia 29 de agosto

da redação | 19/08/2015 12h 05
Começa nesta quarta-feira (19) o período de inscrição para as vagas remanescentes oferecidas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para transferência interna e externa. Até dia 29 de agosto, alunos da instituição, demais universitários e profissionais já graduados podem se inscrever e concorrer às 757 oportunidades para o próximo ano.
O processo seletivo, que tem taxa de inscrição fixada em R$ 120,00, abre vagas para 60 cursos da instituição. Alunos da Unicamp que desejam mudar de carreira estão isentos do pagamento do valor. Ainda há isenção de 50% do valor para universitários regularmente matriculados em curso superior e que têm renda mensal de até dois salários mínimos ou que estão desempregados.

Calendário
As provas de conhecimentos gerais, comuns a todos os candidatos, serão no dia 20 de setembro. O resultado estará disponível no site da instituição no dia 25 do mesmo mês. Além disso, o processo ainda tem outras duas etapas seguintes: a análise de compatibilidade de currículo, que convocará os estudantes com melhor desempenho no teste, e as provas específicas de conhecimento.
Os aprovados na segunda fase devem entregar o currículo e o restante da documentação exigida na Diretoria Acadêmica da universidade, em Campinas (SP), entre os dias 5 e 9 de outubro. Os estudantes pré-selecionados farão ainda as provas de conhecimento de 9 a 15 de dezembro.
Alunos que se candidatarem aos cursos de Dança, Arquitetura e Urbanismo, Música, Artes Cênicas e Artes Visuais, devem ainda realizar provas de habilidades específicas entre 25 e 28 de janeiro de 2016.
O resultado final com a relação de aprovados em cursos que não exigem exames de habilidades específicas será lançado no dia 19 de janeiro de 2016. Já os alunos que precisarem fazer os testes poderão consultar a lista de convocação no dia 4 de fevereiro. As matrículas serão feitas entre os dias 24 e 25 seguintes.
Calendário, edital e demais informações do processo seletivo estão disponíveis no site da Unicamp.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

MEC exige que sejam disponibilizadas vagas do Fies aos pré-selecionados mesmo que não estejam matriculados

Em Circular direcionada às IES(Instituições de Ensino Superior)  o MEC exige que os estudantes pré-selecionados no processo seletivo do 2º semestre de 2015, que tenham sido classificados em razão da nota do ENEM,  e que cumpram todas as outras fases do processo, tenham sua matrícula acatada mesmo que não tenham passado por nenhum processo seletivo interno da IES.

De acordo com a Circular, o ENEM serve como um processo seletivo e substitui todo e qualquer processo seletivo da IES.( Em laranja a parte que especifica essa exigência).
Em outro ponto, informa que somente podem corrigir eventuais dados incorretos, os estudantes que tenham sido selecionados  em função da sua nota do ENEM.
Abaixo a íntegra da Circular:


Ofício-circular nº 20/2015/CGPEG/DIPES/SESu/MEC
Brasília, 14 de agosto de 2015.

Assunto: Fies – Resultado do processo seletivo do segundo semestre de 2015.

Ilmo(a) Senhor(a),

Informamos que a listagem dos estudantes inscritos no processo seletivo do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao segundo semestre de 2015, com a respectiva classificação, está disponível para acesso das mantenedoras de instituições de ensino superior por meio do sistema Fies Oferta, no endereço eletrônico http://fiesoferta.mec.gov.br/. A consulta para visualização, por curso/turno, deve ser realizada por meio da opção “Relatório de Inscritos” e a consulta para exportação de arquivo em formato pdf ou excel, por IES, local de oferta ou curso/turno, deve ser efetuada na opção “Exportar Relatório de Inscritos”.

De acordo com o item 4 do Edital nº 21, de 24 de julho de 2015, os estudantes pré-selecionados na chamada única deverão acessar o Sistema Informatizado do Fies (Sisfies), no endereço eletrônico http://sisfiesportal.mec.gov.br/, e concluir sua inscrição para contratação do financiamento no prazo de 14 de agosto de 2015 até as 23 horas e 59 minutos do dia 23 de agosto de 2015.
Os estudantes classificados na lista de espera que forem pré-selecionados deverão acessar o Sisfies, no endereço eletrônico http://sisfiesportal.mec.gov.br/, e concluir sua inscrição para contratação do financiamento no prazo de 10 (dez) dias corridos, a contar da divulgação de sua pré-seleção no FiesSeleção, no endereço eletrônico http://fiesselecao.mec.gov.br.

Após a conclusão da inscrição no Sisfies, os prazos de validação junto à Comissão Permanente de Supervisão e Acompanhamento do Fies (CPSA) do local de oferta do curso e de comparecimento junto ao agente financeiro para formalização da contratação do financiamento obedecerão o disposto no art. 4º da Portaria Normativa MEC nº 10, de 30 de abril de 2010.

É importante ressaltar que na fase de validação da inscrição junto à CPSA será possível reabrir o cadastro da inscrição para correção de informações somente dos estudantes pré-selecionados que tenham sido classificados com base nas notas obtidas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Os estudantes não participantes do Enem que possuam a condição de professor ou que tenham concluído o ensino médio anteriormente ao ano de 2010 e que foram pré-selecionados nos termos do subitem 2.2 do Edital nº 21, de 2015, deverão ser desclassificados caso seja apurada pela CPSA qualquer situação distinta daquela informada pelo candidato no momento da sua inscrição no processo seletivo do Fies.

Ressaltamos que de acordo com o item 4.5 do Termo de Participação assinado pelas mantenedoras, as instituições devem garantir a disponibilidade das vagas ofertadas e a matrícula dos estudantes pré-selecionados no processo seletivo do Fies relativo ao segundo semestre de 2015.
Assim, no caso da pré-seleção de estudantes ainda não matriculados na instituição, a referida matrícula fica condicionada ao cumprimento das demais etapas, quais sejam: conclusão da inscrição no Sisfies, validação das informações na CPSA e comparecimento ao agente financeiro e assinatura do contrato de financiamento.
A pré-seleção no processo seletivo do Fies substitui eventual participação e aprovação em processo seletivo próprio da IES somente para os estudantes que tenham sido classificados de acordo com suas notas obtidas no Enem.

Cumprimentando-o(a) cordialmente, colocamo-nos à disposição para os esclarecimentos necessários por meio do endereço eletrônico fiesoferta@mec.gov.br.


Atenciosamente,

Coordenação-Geral de Projetos Especiais para a Graduação
Diretoria de Políticas e Programas de Graduação
Secretaria de Educação Superior

domingo, 16 de agosto de 2015

GRADUAÇÃO EM MEDICINA EINSTEIN


O vestibular para a Graduação em Medicina da Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein será realizado em duas fases. A primeira é uma prova de múltipla escolha que avalia os conhecimentos do Ensino Médio. A segunda fase é composta por Múltiplas Mini Entrevistas e avalia habilidades comportamentais e competências não cognitivas fundamentais para um médico. Saiba mais sobre o processo seletivo em www.einstein.br/medicina 


FONTE:einstein.br/medicina

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