domingo, 31 de agosto de 2014

O que muda nas UTIs com a RDC 07?



Desde 24 de fevereiro, está valendo na íntegra a resolução RDC 07/10 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a qual estabelece padrões mínimos para o funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em todo país. Publicada originalmente em 24 de fevereiro de 2010, a resolução estabeleceu um prazo de 180 dias para adequação das UTIs. Contudo para alguns artigos específicos da resolução, principalmente no que tange a recursos humanos, o prazo estabelecido foi de três anos.
A partir de agora todas as exigências contidas na resolução deverão ser cumpridas integralmente pelas UTIs. O objetivo da RDC 07/10 é reduzir riscos aos pacientes, profissionais de saúde e meio ambiente, bem como melhorar a qualidade dos serviços prestados.
Dentre as exigências, em relação à equipe multiprofissional e aos recursos humanos torna-se obrigatório um responsável técnico médico, um fisioterapeuta e um enfermeiro coordenadores de suas respectivas equipes, sendo necessário que todos tenham especialização em terapia intensiva e podendo ser coordenadores de no máximo duas UTIs.
As equipes multiprofissionais devem ser formadas por, no mínimo, um médico diarista a cada 10 leitos, um enfermeiro a cada 8 leitos, um fisioterapeuta a cada 10 leitos e um técnico de enfermagem a cada 2 leitos. Além disso, a equipe deve participar de um programa de educação continuada.
Também passa a ser obrigatório o monitoramento de indicadores de saúde e o gerenciamento de riscos inerentes as atividades praticadas nas UTIs. Segundo o fisioterapeuta membro da ASSOBRAFIR (associação brasileira de fisioterapia respiratória e terapia intensiva) e gestor hospitalar Paulo Eugênio Silva, “Vivemos uma crise atual no setor da saúde, pela falta de recursos materiais e humanos. Além disso, muitos gestores não estão adequadamente capacitados para compreender as necessidades de cada especialidade profissional”.
“A RDC 07 é uma luz no fim do túnel para a normatização da assistência hospitalar no Brasil. Porém, muitos gestores pensam que a implantação da RDC 07 será apenas mais um ônus para o hospital, pela necessidade de contratação de profissionais e estruturação das UTIs. No entanto, o que deve acontecer é a contenção de custos pela redução de pacientes crônicos e complicações como, por exemplo, as complicações relacionadas ao aspecto físico funcional que estão ligadas ao tratamento fisioterapêutico inadequado”.
Cabe agora aos gestores adequar a organização e estrutura das UTIs à nova realidade, conscientizar e treinar sua equipe em relação às novas regras, bem como promover uma cultura de integração entre a equipe, com foco no resultado dos indicadores e melhoria constante de desempenho.

FONTE: http://www.hmdoctors.com/index.php/2013/03/o-que-muda-nas-utis-com-a-rdc-07/#.VAOpNvldXT-

BACHAREL EM MEDICINA



Fonte: SINFERS -RS

Por que o Bastão de Esculápio é o símbolo da medicina?




Todas as profissões buscaram em antigos Deuses e mitologias a simbologia para a sua prática. Na medicina não foi diferente, mas há alguma peculiaridade.

No nosso caso, constantemente encontramos dois símbolos diferentes que, devido a distintas histórias, tem seu porquê para representar a profissão médica. Afirmo de antemão que apenas um é o correto, mas antes sinto-me obrigado a contar a história do Caduceu de Hermes, do Bastão de Esculápio / Asclépio.

Antes que alguém já suba no palanque para esbravejar que apenas o Bastão de Esculápio é o verdadeiro símbolo da medicina, sinto-me no dever de explicar os detalhes que elevaram o Caduceu de Mercúrio (para os romanos e Hermes para os Gregos) a símbolo da medicina em alguns países e organizações. Primeiro comecemos pela história de Esculápio.
Asclépio e seu cajado

Quem foi Asclépio?

Asclépio foi provavelmente a pessoa de maior destaque que praticava medicina na Grécia, por volta de 1200 anos antes de Cristo (está descrito na "Ilíada" de Homero). Eventualmente, através do mito e das lendas ele se tornou adorado pelos gregos como o Deus da Cura.
As escolas médicas da época desenvolveram-se e normalmente eram conectadas a templos chamados de Asclépia/Asclépion. Esses lugares foram muito importantes na sociedade grega. Enfermos acreditavam que poderiam ser curados se dormissem nos Asclépion. Faziam visitas, ofereciam sacrifícios ao Deus e eram tratados por sacerdotes que curavam (chamados de Asclepidae). A adoração por Asclépio espalhou-se para Roma e continuou até o século VI depois de cristo.


Os Aclepidae eram uma ordem de sacerdotes/médicos que controlavam os segredos sagrados da cura, que eram passados de pai para filho. As inicentes Cobras de Esculápio eram mantidas nos templos/hospitais pelos gregos e posteriormente pelos romanos. Estas cobras foram achadas na posteridade não apenas nas regiões nativas, mas também em vários lugares como na Alemanha, Áustria e sul da Europa, onde alguns templos foram erguidos. Elas escaparam e reproduziram-se.


Lisa, brilhante e esbelta, a cobra tem um uniforme marrom com uma faixa de cor mais escura atrás dos olhos. A barriga da cobra é amarelada ou esbranquiçada e tem escalas sulcadas que travam facilmente em superfícies ásperas, tornando-se especialmente adaptados para subir em árvores.


Zamenis longissimus ou Elaphe longissima - Nomes científicos da cobra do Bastão de Esculápio

O Mito:

Asclépio é o Deus da Cura. Ele é filho de Apolo e da ninfa Coronis. Enquanto grávida de Asclépio, Coronis secretamente traiu apolo com um amante mortal. Quando Apolo descobriu, ele enviou Artemis para matá-la. Enquanto Coronis queimava na pira de seu funeral, Apolo teve pena e resgatou a criança não nascida do cadáver. Asclépio foi ensinado sobre medicina e a arte da cura pelo sábio centauro Cheiron ( Quírion ), e ficou tão bom nisso que conseguiu trazer um de seus pacientes de volta dos mortos. Zeus sentiu que a imortalidade dos Deuses estava ameaçada, e matou o curandeiro com um raio. Sob pedido de Apolo, Asclépio foi habitar a constelação de Ophiuchus, a portadora da serpente.

Meditrine, Hygeia e Panaceia

A filhas de Asclépio são Meditrina, Hygeia e Panaceia, que também são símbolos da medicina, Higiene e Cura ( litearalmente todas "saúde"), respectivamente. Dois dos filhos de Asclépio aparecem na "Iliada" de Homero como médicos do exército grego ( Machaon e Podalirius

Perceba agora que no juramento de Hipócrates é jurado "Por Apolo, o médico, Por Esculápio, Hygeia e Panacea..."

A provável origem do ícone da única serpente enrolada em uma barra de madeira:

Na antiguidade, as infecções decorrentes de vermes parasitas eram muito comuns. A filária ( Dracunculus medinendis ) percorre o corpo da vítima logo abaixo da pele. Médicos tratavam essas infecções fazendo uma pequena incisão na pele em cima do "caminho" do parasita. Quando o verme emerge pela incisão, médicos cuidadosamente enrolam-na em um palito para aos poucos retira-la totalmente. Acredita-se que devida a ordinariedade deste tipo de infecção que médicos começaram a usar isto como ícone de sua profissão.

A barra como símbolo médico:

Durante os séculos XVI e XVII o cajado de Asclépio e o Caduceu de Hermes foram amplamente impressos em diversas farmacopeias. Depois de algum tempo, o cajado com uma serpente tornou-se símbolo único da medicina.

Apesar de ser inequívoco o uso do cajado de Asclépio como representante da medicina, o Caduceu ( uma barra com duas cobras enrolados em dupla hélice e duas asas no topo) é muito popular nos Estados Unidos para representar a medicina, provavelmente devido a confusão entre as duas representações. Muitos norte-americanos usam a palavra Caduceu para referir-se ao Símbolo da Medicina.

Veja estas imagens que utilizam o Bastão de esculápio como símbolo da medicina:


Pintura que mostra Esculápio e seu bastão


Logo da Associação Médica Mundial


Logo da Organização Mundial de Saúde


Logo da Associação Médica Brasileira

Fonte:Fernando Carbonieri
Médico formado em 2013 pela Faculdade Evangélica do Paraná. Idealizador e Diretor do portal Academia Médica.

‘Mais médicos não tem prazo de validade’, diz ministro




- Quais os principais avanços e o que precisa ser melhorado?

Arthur Chioro - O principal avanço é ter garantido, pela primeira vez, desde que o SUS foi criado, atenção básica para toda a população brasileira.

- E os principais desafios?

Arthur Chioro - É dar continuidade à tarefa de garantir a infraestrutura adequada na atenção básica. Estamos fazendo reforma, construção e ampliação de 26 mil unidades básicas, 7.179 estão prontas, 13.046 estão em obras e 5.775 estão em licitação.

- A maior reclamação, inclusive de médicos que atuam não programa, é a questão do atendimento de média e alta complexidade. Existe algum projeto para tentar driblar essa questão?

Arthur Chioro - É a tarefa principal a que nós estamos debruçados agora.

- Existe a possibilidade de trazer médicos estrangeiros para os serviços de especialidades?

Arthur Chioro - A princípio, não.

- E como ficará a atenção básica ao final dos três anos do contrato? Não haverá tempo para formar 14 mil brasileiros...


Em entrevista, ministro Arthur Chioro deu como quase certa a prorrogação do contrato dos profissionais do programa até 2019

Fabiana Cambricoli, do


Arthur Chioro, ministro da Saúde: "principal avanço é ter garantido atenção básica para toda a população brasileira"

Brasília - Em entrevista ao Estado, o ministro da Saúde, disse que, em um ano, o programa Mais Médicos foi capaz de reestruturar o sistema de atenção básica brasileiro. E deu como quase certa a prorrogação do contrato dos profissionais do programa até 2019

Arthur Chioro - A formação demora, mas o programa Mais Médicos não é paliativo nem tem prazo de validade. A lei permite que o médico que participe do programa renove a sua bolsa por mais um período de três anos.

- Então é quase certa a renovação desses contratos?

Arthur Chioro - Se o profissional desejar.

- Mesmo que não queiram ficar, não seriam abertos editais?

Arthur Chioro - Isso, mas sempre dando prioridade para médicos brasileiros. Eu não sei se o Brasil, olhando daqui a 20, 30 anos, para colocar médico no interior da floresta, vai precisar abrir para trazer alguém de fora, mas pelo menos a gente venceu esse preconceito.

- Será possível retomar o diálogo do governo com as entidades médicas, que ainda criticam o programa?

Arthur Chioro - Essas são reações de lideranças corporativas. Nós estamos sempre dispostos a dialogar.

Não temos conversado sobre o Mais Médicos, mas temos retomado o diálogo e acho que quem perde são as entidades médicas de ficarem apartadas do debate sobre os rumos da saúde no País.

Agora é importante frisar: nenhum médico estrangeiro ocupou um posto de trabalho de um médico brasileiro, até porque foram cinco ciclos de chamamento. Sempre as vagas foram primeiro ofertadas para os médicos brasileiros.

Em segundo lugar, quando eu converso com os profissionais que estavam segurando as pontas nos postos de saúde sozinhos, eles elogiam muito esses colegas do Mais Médicos.

- O senhor acha que quem critica o programa não tem vivência prática do SUS?

Arthur Chioro - Mais do que não ter vivência, não tem compromisso histórico com o SUS.

As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

sábado, 30 de agosto de 2014

Vantagens e desvantagens de estudar fora

Experiência internacional no currículo é um grande diferencial, mas pode significar ficar fora do mercado; o que pesa mais?




A análise da lista de vantagens e desvantagens sobre estudar em outro país podem ajudar os estudantes a decidirem se vale mesmo a pena preparar as malas e estudar no exterior. Confira:

#Prós:

1. Flexibilidade e Multidisciplinaridade

No sistema educacional brasileiro, os alunos precisam decidir antes de entrar na faculdade qual carreira irão seguir. Em outros países essa escolha pode ser mais flexível. Nos Estados Unidos, por exemplo, há a possibilidade do estudante ter uma formação multidisciplinar e experimentar várias matérias antes de escolher qual será o seu major, ou seja, seu curso foco na graduação.

2. Experiência internacional

A Oxford Economics conduziu uma pesquisa global com profissionais de recursos humanos e identificou quatro áreas que necessitam de novas competências profissionais. Uma destas áreas é a de Operações Globais, com competências como “Habilidade de administrar equipes diversas; Entendimento de mercados internacionais; Capacidade de trabalhar em múltiplos locais no exterior; Domínio de línguas estrangeiras e Sensibilidade cultural”. Uma vivência no exterior irá contribuir para o desenvolvimento dessas competências, essências ao atual cenário de globalização dos mercados e aumento da competitividade em nível global.

3. Estudar nas melhores universidades do mundo

De acordo com o principal ranking universitário internacional, o Times Higher Education (THE), publicado em Londres, mais de 40 das 100 melhores universidades do mundo ficam nos Estados Unidos e cerca de 30 ficam na Europa. O Brasil tem apenas uma universidade no ranking, a USP.

4. Vida no campus e atividades extracurriculares à disposição

Em muitas universidades do exterior, os alunos vivem no campus da universidade. “Lá eles compartilham as moradias estudantis com alunos de várias nacionalidades, participam de clubes e associações de esportes, interesses acadêmicos, xadrez, etc. Além disso, atividades que aqui são extras, como idiomas, são obrigatórias e fazem parte do currículo”, explica Laila Parada-Worby, ex-aluna de Harvard. Com tantas atividades à disposição, o aluno tem mais possibilidade de desenvolver competências múltiplas, valorizadas pelo mercado.

5. Crescimento pessoal e autonomia

Um dos grandes ganhos com a experiência de estudar fora é o crescimento pessoal que a saída da zona de conforto proporciona. Segundo a diretora do Virginia Center School, Ana Virginia Kesselring, a autonomia é o principal ganho que o aluno terá. “Estudando fora com certeza ele vai se tornar um aluno mais ativo, que vai atrás do conhecimento, que sabe aprender. Para a sua educação, esse é o maior ganho que ele vai ter”, afirma.

Acompanhe mais notícias no canal iG Educação
Siga o iG Educação pelo Twitter
Fique por dentro de outras notícias pelo facebook do InfoEscola

#Contras:

1. Custos de estudar fora

Os custos de estudar fora são superiores ao que estamos acostumados a pagar em universidades particulares no Brasil. Um ano de Administração em Harvard, por exemplo, custa entre R$ 115 e 125 mil/ano. O mesmo curso na Fundação Getúlio Vargas, um das mais renomadas no Brasil nesta área, é de R$ 30 mil ao ano aproximadamente.

2. Dificuldades na adaptação cultural

A adaptação cultural em outro país pode representar muitos desafios. Para Tábata do Amaral, estudante de graduação em Harvard, foi muito difícil acostumar-se à alimentação de lá. “Fiquei quase duas semanas sem tomar a água daqui, porque eu não gostava. Também não suporto o frio”, conta. Comida, hábitos da nova cultura, clima e saudade da família e dos amigos são pontos que devem ser levados em conta.

3. Estar fora do mercado brasileiro

Estágios, participação em eventos e em cursos de aprimoramento profissional são atividades importantes para construção de currículo e principalmente networking, o que aumenta as chances de conseguir um emprego após a graduação. O risco do aluno brasileiro perder laços com o Brasil, e isso impactar em seguida sua trajetória profissional, existe – exigindo atenção especial para reverter a situação.

4. Validação do diploma

Para ser válido no Brasil, o diploma de graduação de uma universidade fora precisa ser validado. O processo se dá por meio das universidades federais do país, sendo que cada instituição possui um procedimento próprio. Esse processo costuma ser burocrático e pode exigir a realização de testes adicionais. Carreiras como Direito e Medicina são especialmente complicadas de se cursar no exterior, pois a diferença nos sistemas educacionais torna o processo de validação delas praticamente impossível.

5. Atrasar seis meses na graduação

O calendário de graduação nos outros países, principalmente do hemisfério norte, é diferente do calendário acadêmico do Brasil. Aqui, o ano letivo da faculdade tem início entre fevereiro e março. Já nos EUA e na Europa, por exemplo, as aulas do ano letivo na faculdade iniciam em agosto ou setembro.

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/

Medicamento experimental cura 100% de macacos com ebola

ZMapp curou os 18 macacos de laboratório infectados com o vírus

Sharon Begley, da


Nova York - A droga experimental ZMapp curou os 18 macacos de laboratório infectados com o vírus do ebola, inclusive os que sofreram com febre e características hemorrágicas da doença e estavam perto de morrer, disseram cientistas nesta sexta-feira.

Até macacos que ficaram sem tratamento durante cinco dias depois da infecção sobreviveram.

Nenhuma outra terapia experimental para o ebola jamais teve sucesso em primatas quando aplicada tanto tempo após a contaminação – os cinco dias para os macacos são equivalentes a 11 dias após a infecção em humanos.

Embora dois trabalhadores médicos norte-americanos que contraíram o ebola na Libéria tenham sido curados depois de receber o ZMapp, os médicos não sabem se o medicamento ajudou.


Um médico da Libéria com a doença morreu esta semana apesar de receber a droga, assim como um padre espanhol.

O ZMapp, produzido pela Mapp Biopharmaceutical, sediada em San Diego, nos Estados Unidos, nunca foi cientificamente testado em humanos, e o estudo atual foi o primeiro com primatas.

O sucesso, por isso, é uma "conquista monumental", disse o virologista Thomas Geisbert, da Unidade Médica da Universidade do Texas, em um comentário sobre o experimento, publicada online na revista Nature.

O ZMapp é uma mistura de três anticorpos que se prendem às proteínas do vírus do ebola e ativam o sistema imunológico para que este o destrua.

Dois coquetéis de anticorpos anteriores do Zmapp só protegeram 43 por cento dos macacos quando ministrados até cinco dias após o contágio.

Não há vacinas ou tratamentos para o ebola, mas testes de segurança de uma vacina da GlaxoSmithKline com humanos serão iniciados na semana que vem, e os da empresa farmacêutica NewLink Genetics no outono norte-americano.

Governo avalia rede pública de saúde para decidir sobre curso de medicina

Piracicaba é uma das cidades pré-selecionas para oferecer a graduação.
Inspeção começou nesta segunda-feira; trabalho deve acabar na quarta.

Do G1 Piracicaba e Região


Médicos credenciados pelo MEC vistoriam a rede pública de saúde da cidade (Foto: Rodrigo Guidi/Prefeitura)

Três médicos credenciados pelo Ministério da Educação (MEC) vistoriam a estrutura pública de saúde de Piracicaba (SP) até quarta-feira (26) para avaliar se a rede tem condições de suportar a instalação de um curso superior privado de medicina no município. O trabalho dos avaliadores teve início nesta segunda-feira (24).
A visita integra a terceira etapa do processo de seleção das cidades. Ao todo, 49 de 15 estados brasileiros – 17 somente em São Paulo – foram pré-selecionadas pelo MEC em dezembro. O objetivo da inspeção, segundo a Secretaria da Saúde, é conhecer os serviços existentes, como hospitais, unidades de saúde da atenção básica e prontos-socorros.
As três instituições particulares de ensino superior de Piracicaba que demonstraram interesse em oferecer o curso de medicina serão avaliadas pelo MEC em uma próxima fase, ainda sem data para ocorrer.
Os três médicos visitaram na manhã desta segunda-feira, em separado, os prontos-socorros da Vila Cristina, Piracicamirim e Vila Sônia; unidades de saúde nos bairros Cecap, Vila Cristina e Vila Sônia, e os postos do Programa de Saúde da Família (PSF) do Tatuapé 1, Boa Esperança 1 e Cecap.
No período da tarde, a inspeção ocorreu no Hospital dos Fornecedores de Cana (HFC), na Santa Casa, na Central de Ortopedia e Traumatologia (COT) e no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) no bairro Bela Vista.
Nesta terça-feira (25), os avaliadores vão se reunir com o Conselho Municipal de Saúde pela manhã e com o prefeito Gabriel Ferrato (PSDB) e o secretário municipal da Saúde, Pedro Mello, à tarde.
Na quarta-feira, os profissionais farão o relatório que será encaminhado ao MEC na semana que vem. Os médicos que integram a comissão são docentes de cursos de medicina em universidades federais. Os profissionais que estão em Piracicaba são dos estados de Minas Gerais, Ceará e Pará.
Edital
A seleção das instituições de educação superior para oferta de cursos de graduação em medicina será disciplinada em edital específico a ser publicado pelo MEC após a divulgação do resultado final da pré-seleção de municípios.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Passo-a-passo para revalidar o diploma emitido no exterior



Taxa para revalidação chega a custar mais de R$ 1.500,00; dica é pesquisar instituição pública que cobra o melhor preço

Por Estudar Fora | 29/08/2014 15:00

Uma das primeiras dúvidas de quem acabou de concluir uma etapa escolar no exterior — seja o ensino médio, a graduação ou a pós — é como revalidar o diploma na volta ao Brasil. No caso do ensinos fundamental e médio, o processo é feito pelas Secretarias Estaduais de Educação. Já para a revalidação de diplomas de graduação e de pós, os estudantes devem procurar uma instituição de ensino superior pública brasileira.

Ao contrário do que se poderia supor, o Ministério da Educação (MEC) não tem qualquer relação com esses trâmites e tampouco se responsabiliza por eventuais atrasos na entrega dos documentos.

Veja a seguir o passo-a-passo para revalidar o diploma emitido no exterior:

Ensino médio

1. Providencie a tradução do histórico escolar e do diploma. Recomenda-se que essa tradução seja feita por um tradutor público juramentado ou uma escola de língua estrangeira, cujo tradutor tenha cursado Letras e possua diploma registrado no MEC.

2. Junte os documentos traduzidos e o histórico escolar da etapa de estudos realizada no Brasil. De porte desses documentos, vá à Secretaria de Educação do Estado para pedir a equivalência.

#Atenção: A Secretaria de Educação pode solicitar a realização de estudos complementares se considerar que o currículo da escola em que você realizou o ensino médio fora varia em relação ao adotado no Brasil. Por isso, se a sua escola no exterior permitir a seleção das matérias a serem cursadas, a dica é incluir na grade matemática, química, física e biologia. Assim, não terá problemas no retorno ao Brasil!

Ensino superior

1. Entre com um requerimento de revalidação em uma instituição pública de ensino superior brasileira que tenha um curso semelhante ao que você realizou no exterior. Além do próprio requerimento, junte ao processo cópias do diploma a ser revalidado, do histórico escolar, do conteúdo programático do curso e da carga horária.

2. Para que a universidade avalie seu diploma é preciso pagar uma taxa — bem salgada, por sinal, e que varia conforme a instituição. A Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, cobra por volta de R$ 1.530,00 apenas para realizar o processo. Quando o diploma estiver pronto, é preciso pagar, aproximadamente, R$ 90 para expedi-lo. A dica é pesquisar para achar o melhor preço.

3. Para o julgamento da equivalência, será constituída uma Comissão Especial, composta por professores que tenham qualificação compatível com a área do conhecimento a ser analisada. Se houver dúvida quanto à similaridade do curso, a Comissão poderá determinar a realização de exames e provas complementares. Essas “condições mínimas” para revalidação, no entanto, não são explicitadas no momento de abertura do processo.

#Atenção: O prazo para a universidade se manifestar sobre o requerimento de revalidação é de 6 meses. O Brasil não possui nenhum acordo de reconhecimento automático de diplomas e, portanto, as regras são as mesmas para todos os países.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Polícia Federal descobre que Cubanos usam Diploma falso, nunca se formaram em Medicina



A Polícia Federal descobriu grande quantidade de diplomas falsos entre médicos cubanos do “Mais Médicos”, programa eleitoreiro do PT na tentativa de eleger o Alexandre Padilha a governador de SP. Alexandre Padilha é aquele que comprou viagra superfaturado no MS com o dinheiro do SUS.

Esses falsos médicos descobertos não cursaram medicina alguma! Existem “médicos” inscritos no programa que nunca sequer cursaram medicina!

A Polícia Federal deflagrou a operação contra um esquema de fraude na emissão de diplomas falsos de medicina que eram revalidados para o exercício da profissão no Brasil e participação no programa Mais Médicos.

De acordo com a PF, as investigações tiveram início depois que a Universidade Federal do Mato Grosso entrou em contato com universidades bolivianas (Universidad Nacional Ecológica, Universidad Técnico Privada Cosmos e Universidad Mayor de San Simon), que confirmaram que entre os inscritos no programa de revalidação, 41 nunca foram alunos ou não concluíram a graduação nessas instituições.

Na análise dos documentos, a Polícia Federal constatou que desses 41 inscritos, 29 foram representados por advogados ou despachantes que fizeram a inscrição dos supostos médicos no Programa Revalida. Ainda de acordo com a PF, os acusados vão ser intimados a prestar esclarecimentos e poderão ser responsabilizados pelos crimes de uso de documento falso e falsidade ideológica.

Perguntado sobre a operação, após participar do programa Bom Dia, Ministro, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse não ter conhecimento da operação, mas considerou positiva qualquer atitude para coibir fraudes. “Uma ação como essa é muito bem-vinda”, frisou.

“Quando o ministério recebe a documentação do Mais Médicos, ele repassa a lista para a Polícia Federal para que ela faça algum tipo de checagem e não só da documentação, mas dos antecedentes das pessoas que procuram se inscrever. Essa checagem feita pela Polícia Federal e também uma operação como essa podem contribuir fortemente para que não exista qualquer tipo de fraude ou tentativa de inscrição no programa de profissionais que não seja médicos. Estamos sendo muito rigorosos”, acrescentou o ministro.

Fonte: politija.com.br

MEC divulga novas regras para cursos de medicina

Pollyane Marques

As instituições particulares de ensino que tiverem interesse em oferecer novos cursos de medicina vão precisar investir em melhorias no Sistema Único de Saúde, por meio da formação de profissionais, construção ou reforma da estrutura de serviços de saúde, e compra de equipamentos para a rede pública de atendimento. Além de pagar bolsas de residência médica em programas de medicina de família nas regiões onde os cursos vão ser oferecidos.

As novas regras foram divulgadas pelo Ministério da Educação e fazem parte do programa Mais Médicos, que tem o objetivo de aumentar a disponibilidade de profissionais na área de saúde no interior do país e na periferia das grandes cidades, além de atrair profissionais estrangeiros.

De acordo com a portaria publicada no Diário Oficial da União, a contrapartida deve ser oferecida pelas instituições que atenderem ao chamamento público para oferecer a graduação em medicina. Um novo edital está previsto para setembro.

Fonte:radioagencianacional - ebc

Medicina - A venda de um sonho




De todas as formas de se vender um serviço ou um produto a mais sedutora é a venda do sonho.


Existem no nosso país milhares de jovens que sonham ser médicos. Grande parte desses movidos por sentimentos altruístas de ajudar o próximo e melhorar a saúde das pessoas, e também de forma concomitante por sentimentos de ordem sócio-econômica, como, certo status profissional, ganhos financeiros futuros e empregabilidade.


Sabemos que não há vagas nas nossas universidades (sejam públicas ou particulares) para todos que desejam optar por essa carreira e desta forma existe um mercado de alunos em potencial gigantesco o que gera uma especulação grande do mercado de ensino.


O fato é que a faculdade de medicina se tornou "a cereja do bolo" para qualquer empreendedor do ramo de educação. Mensalidades em torno dos 5.000,00 reais(1) (tão caras quanto as universidades americanas), valorização por tabela dos outros cursos (já que ter medicina é um referencial de certo modo), valorização dos terrenos adjacentes e especulação imobiliária local, venda de serviços (restaurantes, hospedagem, empresas de formatura) e melhora da oferta de profissionais de saúde. É uma mina de ouro. Todo prefeito sonha em ter uma faculdade de medicina em sua cidade.


Com base nos dados de demografia que apontaram que o médico tende a se fixar no local onde fez faculdade ou onde fez residência médica(2), o Ministério da Educação (MEC) tem liberado licenças para funcionamento de faculdades de medicina em cidades sem a menor estrutura para comporta-las. Algumas cidades do interior da Bahia por exemplo, não contam nem com médicos especialistas no local e já contam com projetos de escola médica aprovado.


Uma vez que as faculdades de medicina e residências médicas já se concentram em sua maioria em cidades com porte maior onde se é possível desenvolver uma carreira de forma digna e com perspectivas de inserção mercadológica para o jovem profissional. O que há que se entender é que o médico irá se fixar onde tiver chances de desenvolver uma medicina de qualidade, com educação continuada e chances de crescimento profissional. Logo a estratégia de criar faculdades de medicina no interior do país para resolver o problema de interiorização de médicos é no mínimo equivocada, no meu entender.



A publicação do relatório de Flexner (3), em 1910 nos EUA, começava a lançar as bases para o ensino médico sistematizado e baseado em conhecimento científico, tirando um pouco da “arte” na medicina e aproximando-a mais de uma técnica científica. Tal relatório ajudou a padronização das escolas médicas, principalmente no sentido de criar uma qualidade mínima para o funcionamento destas. A consequência disto foi o fechamento das menores instituições que não preenchiam os critérios mínimos (parece que em pleno século XXI, no Brasil, estamos indo na direção contrária não é?).



Faltarão alunos? Não! Faltarão laboratórios equipados de anatomia ? Talvez. Faltarão professores? Não para os dois primeiros anos, onde se é permitido aos profissionais da saúde (enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas...) ensinarem aos futuros médicos as matérias básicas (anatomia, fisiologia, bioquímica, histologia...). Faltará um bom internato (parte do curso mais prática e mais relevante para o real aprendizado)? Certamente! Faltará hospital universitário com o mínimo de recursos para o aprendizado decente? Certamente!


É só aguardar mais alguns anos e veremos greves estudantis, médicos com formação cada vez pior, aumento do número de processos por erro e degradação profissional.


Porquê ao invés de abrirem novas faculdades não seria melhor fortalecer e estruturar as já então existentes? Porque flexibilizar a qualidade em função do interesse mercadológico puro? Porquê vender de forma tão leviana um sonho tão nobre, aos nossos jovens? Porquê não tentar resolver o problema da interiorização de forma digna com uma carreira estruturada para o profissional médico?


Você que quer ser médico não deixe o temor e a dureza do desafio do vestibular flexibilizar sua meta. Queira o melhor para você e para seus futuros pacientes, estude a instituição que pretende cursar e não se deixe seduzir pelo caminho fácil das universidades fajutas. Não deposite seu sonho e sua cara mensalidade em qualquer cofre. Saúde não é brincadeira e CRM não pode nem deve ser licença para matar.


1. Disponível em: http://www.escolasmedicas.com.br/mensal.php Acessado em: Agosto - 2014.




2. CFM/IBGE; Pesquisa Demografia Médica no Brasil, 2011.


3. Flexner, Abraham (1910), Medical Education in the United States and Canada: A Report to the Carnegie Foundation for the Advancement of Teaching, Bulletin No. 4

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

PERCENTUAL DE APROVADOS NO EXAME REVALIDA DE UNIVERSIDADE PARAGUAYA É MOTIVADOR.





LISTA DE EGRESADOS APROBADOS EN EL EXAMEN DE REVALIDACIÓN SELECCIONADOS POR UNIVERSIDADES:

Fonte: Facebook = Medicina U. Pacifico Pjc / https://www.facebook.com/medicina.u.pacificopjc?hc_location=timeline

UFMG
1- Bruno Aurelio Campos Faquinha
2- Cibele Junqueira
3- Ricardo Staut
4- Karine Favaro
5- Gustavo Ojeda

UFMT
6- Carla Cejana
Examen Nacional de Revalidación de Diplomas Médicos
7- Saulo Cerazi Bruzatti
8- Claudia Bazan
9- Amaury Lino

UFF
10- Felipe S. Almeida
11- Luiz Miguel Mateus Sandin

LISTA DE EGRESADOS APROBADOS EN LA 1º FASE DE REVALIDACIÓN 2014
12- Frederico Oliveira Weissinger
13- Jorge Peralta
14- Alexandre Salomao
15- Camila Colla
16- Magno Aroyo
17- Ronie Arganha Romeiro
18- Murilo Angel
19- Rina Dambi Yang Lee
20- Debora Rossato
21- Ricardo Puléo
22- Karina Marques
23- Elaine Martinussi David Takeuchi Elaine Ueno
24- Keity Pires
25- Andre Françani Del Guerra
26- Lidio Espinola
27- Lilian Estela Rodrigues

PROGRAMA MAIS MÉDICOS
28- Caroline Negrao
29- Gabriela Pezini Volpato
30- Alessandra Cavalcanti
31- Piera Antunes

CONAREM (Especialización en el Paraguay)
32- Carlos Daniel Chaparro Santacruz
32- Alma Maria Collar Torres
33- Jose Luis Caceres Villanueva
34- Sara Loreiro Emategui
35- Wilma Viedma
36- Aline Dure
37- Emilia Rocio Ayala Arteta

TRABAJANDO EN EL MINISTERIO DE SALUD PUBLICA Y BIENESTAR SOCIAL
* Frederico de Oliveira Weissinger
* Ronie Arganha
* Dina Guerreros
* Raquel Araujo
* Fabio Cardozo
* Echagüe Mereles Samuel
* Zully Mereles
.....y aún seguimos FORMANDO LÍDERES.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ministério incorpora nova tecnologia para infartos




Conhecida como a principal causa de infartos, a Doença Arterial Coronariana (DAC), passará a contar com uma nova opção de tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS). Após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec), o Ministério da Saúde aprovou a incorporação do stent farmacológico método indicado principalmente para pacientes diabéticos ou com lesões em vasos finos. A expectativa é que a nova tecnologia beneficie cerca de 38 mil pacientes ao ano.

A Doença Arterial Coronariana é responsável pelo entupimento de vasos sanguíneos que levam sangue e oxigênio ao coração. Por esse motivo, o dispositivo intra-coronariano, ou stent, é fundamental para a prevenção do infarto do miocárdio, redução da mortalidade e dos sintomas. Aproximadamente 300 mil pessoas sofrem infarto do miocárdio por ano no Brasil e destas 84 mil pessoas morrem.

Segundo o coordenador de Média e Alta Complexidade do Ministério da Saúde, José Eduardo Fogolin, as doenças do aparelho circulatório são as que mais matam no mundo. “Os pacientes com diabetes tem maior risco de desenvolver a DAC e para eles percebe-se um grande benefício no uso do stent farmacológico. Também é possível constatar uma importante redução no fechamento da artéria do coração nesses pacientes”, explica.

No novo método, as pequenas estruturas - que funcionam como molas para manter a artéria desobstruída - são revestidas com medicamentos que reduzem a chance de estreitamento da artéria. Essas medicações são liberadas nos primeiros 12 meses de implante, com o intuito de diminuir a chance de o vaso fechar novamente. Existem, ainda, os stents convencionais, que apresentam apenas a estrutura metálica - sem medicações. Estima-se que cerca de 30% dos pacientes candidatos a receber um stent tem indicação para receber o farmacológico.



Para o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, foram muitos os avanços na incorporação de novas tecnologias no SUS. “Fazemos uma avaliação permanente o que torna a política de incorporação tecnológica muito mais ativa. Esse trabalho triplicou a média anual de incorporações. Nos últimos dois anos, o Ministério da Saúde incorporou 95 novas tecnologias, sendo cerca de 70% de medicamentos”, avalia.

Incorporação - A inclusão de qualquer medicamento no SUS obedece às regras da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec), que garantem a proteção do cidadão quanto ao uso e eficácia do medicamento, por meio da comprovação da evidência clínica consolidada e o custo-efetividade dos produtos. Após a incorporação, o medicamento ou tecnologia pode levar até 180 dias para estar disponível ao paciente.

“Existe um processo de amadurecimento muito importante na incorporação de novas tecnologias porque antes de decidir iniciar a oferta do medicamento ou tecnologia é preciso ter estudos que garantam a eficácia e a segurança dos procedimentos para garantir que ele proporcione benefícios e não malefícios aos usuários do SUS”, conclui.



Fonte: Vera Stumm/ Agência Saúde

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Mapa mostra onde estão os médicos cubanos no Brasil Site de VEJA obteve com exclusividade a localização dos 14.462 médicos do programa carro-chefe da campanha de Dilma Rousseff para a Saúde




Uma das principais bandeiras eleitorais do PT em 2014, o programa Mais Médicos é um exemplo de demagogia em estado puro. Lançado em 2013, ele partiu do diagnóstico de uma carência verdadeira, a falta de médicos em muitas cidades brasileiras. A solução encontrada para esse problema foi escabrosa do ponto de vista institucional: a importação de médicos estrangeiros, principalmente de Cuba, cujo governo autoritário recebeu até agora 1,5 bilhão de reais – um aditivo assinado neste mês estabelece que o Ministério da Saúde pagará mais 1,17 bilhão de reais pelos cubanos que estão no Brasil. O programa não é a solução mais racional para o problema do atendimento médico, não é o mais sustentável a longo prazo, nem sequer aceitável do ponto de vista dos valores democráticos. Mas, apesar desses vícios gravíssimos de origem, a dinâmica da política é tal que torna-se quase impossível para um prefeito não aderir ao programa. Por meio da Lei de Acesso à Informação, o site de VEJA obteve a localização no território brasileiro de cada um dos 14.462 médicos de 48 nacionalidades – 79% de Cuba – distribuídos em 3.771 municípios. O Ministério da Saúde nunca tornou essas informações públicas.

Os dados mostram que prefeitos de todos os partidos, especialmente os do PT – com 79% das prefeituras contempladas –, obtiveram altos índices de adesão, de acordo com o cálculo proporcional do número de prefeitos eleitos por cada sigla em 2012. Ainda que com taxa de adesão de até 25 pontos percentuais inferior, municípios governados por partidos de oposição também aderiram ao programa. Era o esperado: em cidades pobres dos rincões do país, rejeitar um médico, independentemente da nacionalidade, pode ter alto custo eleitoral. É o caso da pequena Sagres, no interior paulista. “Teve uma boa repercussão para mim, porque evitava o deslocamento dos moradores da cidade [2.395 habitantes] para a Santa Casa de Oswaldo Cruz, hospital mais próximo fica a 15 quilômetros”, diz o prefeito Brandio Pereira Filho, filiado ao DEM.

E esse o problema final do Mais Médicos: a adesão maciça dá a ele um arremedo de legitimidade. "O programa é politiqueiro e eleitoreiro. O prefeito prefere pagar um médico ou investir o dinheiro em outra coisa e deixar o governo federal pagar? A população precisa ter mais acesso aos serviços de saúde, isso é fato, mas com qualidade. Quando não sabemos se quem está atendendo é qualificado ou não, não podemos dizer que tem qualidade. Não posso dizer que ocorre sempre, mas em muitas situações a população está sendo enganada", diz Florentino Cardoso, presidente da Associação Médica Brasileira (AMB).

Os dados obtidos por VEJA confirmam a finalidade do programa: empregar os médicos da ilha dos irmãos Castro – 11.442 estão hoje em solo brasileiro — e repassar recursos à ditadura cubana. A matemática não mente: dos 10.000 dólares pagos a cada um dos cubanos que desembarcaram no Brasil, apenas 1.245 dólares (cerca de 3.000 reais) chega ao bolso dos profissionais. O restante é retido no país deles. Mas, para o governo brasileiro, nem o regime de contratação nem o fato de a medicina cubana estar flagrantemente atrasada – no ano passado, era a 68º no ranking de qualidade da América Latina — não parece um grande problema.

Ichiro Guerra/Divulgação/VEJA

Dilma Rousseff com a médica cubana Hilda, em visita à Unidade Básica de Saúde (UBS) de Jaci, Guarulhos (SP)

Além de pagar salários, no valor de 10.482,93 reais, o ministério banca os deslocamentos de estrangeiros para as capitais dos estados e uma ajuda de custo para a instalação dos médicos – esse benefício, pago uma única vez, varia de 10.000 a 30.000 reais, de acordo com as condições da região. No caso dos cubanos, essa ajuda de custo tampouco foi paga aos médicos. As prefeituras arcam com despesas de alimentação e moradia com orçamentos próprios.

Para aderir ao programa, os prefeitos têm de se inscrever no site do Ministério da Saúde para participar. A quantidade de médicos destinada varia de acordo com a população, nível econômico e as equipes de saúde sem médico já existentes. A maior parte das cidades — 43% — recebeu apenas um médico. Neste momento, o programa está em sua quinta fase, destinada a contemplar cidades de alta vulnerabilidade social que ainda não haviam aderido.

O número de médicos recebido por cada partido é proporcional ao eleitorado que eles governam, porque o Ministério da Saúde incluiu a população a ser atendida entre as variáveis que condicionam a quantidade de profissionais distribuídos nas cidades. "A seleção foi totalmente impessoal, não houve discriminação", diz o secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do ministério, Hêider Pinto.



​Na segunda-feira passada, a presidente-candidata Dilma Rousseff foi questionada em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, se avaliava a saúde pública brasileira como “minimamente razoável” depois de 12 anos de administração do PT. Treinada por um time de marqueteiros experientes, Dilma respondeu o óbvio, sem recorrer a novos adjetivos: Não.

Em maio do ano passado, quando o Mais Médicos preparava seu lançamento no Brasil, o jornal espanhol El País publicou reportagem na qual relatava que a formação rápida de um grande número de médicos e seu envio ao exterior por meio de parcerias com outros países era o maior produto de exportação de Cuba.Nos últimos 50 anos, a ditadura dos Castro trocou ajuda médica por empréstimos e acordos comerciais com 107 países. Há dois anos, tomando o exemplo da Venezuela chavista, Cuba embarcou mais de 40.000 profissionais da área de saúde para Caracas, entre médicos, enfermeiros e terapeutas, em troca de 105.000 barris de petróleo por dia, segundo o diário espanhol. Medicina, em Cuba, é negócio. Mas eleição e negócios não combinam. E a saúde, conforme admitiu a própria presidente-candidata, não está sequer “minimamente razoável”.

Fonte: Ministério da Saúde (agosto de 2014) e Tribunal Superior Eleitoral *inclusive Brasília e Fernando de Noronha

sábado, 23 de agosto de 2014

Mulher volta atrás e nega ter sido agredida por médico em hospital Discussão em hospital de Goiânia motivou processos dos dois lados. Médico mostrou à Justiça câmera de segurança; mulher fará retratação.

DO G1


Uma discussão ocorrida em maio deste ano em Goiânia entre uma consultora de vendas que levou o filho a um hospital particular e o médico dono do estabelecimento foi parar na Justiça. Ela o processou por agressão. Na sequência, ele entrou na Justiça contra a mulher por danos morais, injúria e difamação e mostrou como prova imagens de câmeras de segurança.
Como parte do acordo em uma das ações, ela teve que fazer uma retratação pública retirando a afirmação de que havia sido agredida.
Na época, o G1 publicou uma nota sobre o caso após a consultora de vendas Emilene Silveira registrar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) no 1º Distrito Policial da cidade, em que relatava um caso de agressão. O marido dela, o comerciante Edinaldo Antônio da Silveira, contou ao G1 que chegou ao Hospital Pronto Socorro Infantil naquela ocasião e que o médico Gustavo Rassi Nader tratou sua mulher com "arrogância" e pegou-a pelo braço e arrastou-a para fora porque se recusava a deixar o hospital.
Segundo a polícia, Emilene afirmou que o médico lhe bateu por achar que ela estava fazendo um escândalo no hospital. Nader negou as acusações.
Procurada pela reportagem na quinta-feira (21), a consultora de vendas preferiu não comentar mais o assunto. O médico disse ao G1 que apresentou imagens de câmeras de segurança à polícia, que comprovaram que ele não bateu na mãe do paciente. "Eu não encostei nela", afirmou.
Processos
O inquérito de Emilene contra Nader foi concluído e remetido à Justiça. No entanto, posteriomente, o médico moveu duas ações contra ela, uma por danos morais e outra por injúria e difamação. Em audiência no dia 7 deste mês, eles fizeram um acordo onde a mulher se retratou diante do juiz e se comprometeu a enviar cópias do termo de retratação à imprensa negando que tivesse sido agredida no hospital.
Segundo o médico, o documento que uma recepcionista pediu que Emilene assinasse, e que deu início à discussão, é legal. "Ela se recusou a assinar o termo de internação em que caso o convênio médico não autorize a internação, o paciente se responsabiliza. É um termo para todo mundo naquele hospital. Ela ficou batendo boca com a recepcionista e eu, como responsável pelo hospital, fui tentar resolver", disse.
Como parte do acordo, os processos foram suspensos até que Emilene faça todas as retratações, quando, então, as ações serão extintas. "Não quero prejudicá-la. Todos os processos serão retirados, desde que ela se retrate com os veículos de imprensa e junte os comprovantes aos autos em até 30 dias [esse prazo vence no dia 20 de setembro]", explica Nader.

Pesquisa que revela reprovação da população ao SUS é um ‘desserviço’, diz governo

Ministério da Saúde afirma, em nota, que Conselho Federal de Medicina tem ‘obsessão em relação ao ‘Mais Médicos’

POR O GLOBO
20/08/2014 22:12 / ATUALIZADO 20/08/2014 22:16


BRASÍLIA — O ministério da Saúde divulgou nota com novas críticas à pesquisa divulgada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) que mostrava má avaliação do sistema de saúde pública. Na nota, o ministério afirma que o CFM tem uma "obsessão" em relação ao programa Mais Médicos. Eis a nota do ministério:

"A obsessão do CFM (Conselho Federal de Medicina) contra o Mais Médicos acabou cegando a entidade e seu senso de responsabilidade.

A maneira tendenciosa e distorcida pela qual o CFM analisou e divulgou a pesquisa de opinião nesta terça-feira (19) é um desserviço ao SUS (Sistema Único de Saúde).

A atitude desrespeita e denigre o esforço de milhões de gestores e profissionais que atuam na rede pública e privada de saúde, como os próprios médicos.

A pesquisa, se analisada com seriedade, poderia trazer contribuições para o aperfeiçoamento do sistema de saúde brasileiro, nas suas esferas público e privada.

Com o uso político da pesquisa, perde-se a oportunidade do CFM contribuir nesse debate.

PUBLICIDADE

A entidade induz ao erro quando afirma que 93% da população atribuiu uma nota negativa ao sistema de saúde. Uma observação clara da pesquisa mostra que 74% deram notas superiores a 5 para os serviços ofertados.

Não há dúvida que, ao apontar que 96,7% dos entrevistados teve acesso aos serviços de saúde, a pesquisa permite dizer que União, estados, municípios, prestadores de serviço complementar e parceiros estão no caminho certo para a garantia do direito constitucional à saúde.

Para avançarmos nesse processo, precisamos de pessoas responsáveis e entidades comprometidas com a saúde brasileira".


Lei obriga hospitais públicos a transferir pacientes para rede privada

Regra vale para casos de emergência em que não haja especialistas de plantão
POR RUBEN BERTA
22/08/2014 21:00 / ATUALIZADO 22/08/2014 22:02

RIO — A Câmara do Rio publicou nesta sexta-feira a promulgação de uma lei, de autoria do vereador Edson Zanata (PT), que obriga os hospitais públicos a transferir pacientes atendidos na emergência para a rede privada, caso não haja um médico especialista adequado na unidade ou se “não tiver condições de prestar o atendimento necessário e recomendado, em observância às políticas municipais de saúde”. De acordo com o texto, os hospitais particulares não poderão recusar a transferência, a não ser que também não contem com o profissional necessário de plantão. O valor do serviço será cobrado da prefeitura. A assessoria de imprensa da Procuradoria Geral do Município informou que irá analisar a lei para avaliar a possibilidade de entrar com uma ação de inconstitucionalidade contra a Câmara.

O GLOBO tentou entrar em contato com o vereador por telefone durante a tarde desta sexta, mas ninguém atendeu as ligações em seu gabinete. Na justificativa publicada em anexo à lei, Zanata alegou que “é inadmissível que vidas sejam perdidas quando na área da ocorrência existem vários hospitais privados que poderiam prestar atendimento ao cidadão enfermo e não o fazem porque não são instados ou não se sentem obrigados a prestar o atendimento, tendo em vista que, a princípio, não serão ressarcidos pelos custos médico-hospitalares”.

Na prática, a lei, que havia sido vetada pelo prefeito Eduardo Paes, deve gerar polêmica. O vereador Paulo Pinheiro (PSOL), membro da Comissão de Saúde da Casa, por exemplo, disse que não votou a favor do projeto porque acredita que a solução para casos de falta de profissionais deve passar pela melhoria do próprio sistema público de saúde:

— Há uma crise grande de recursos humanos na rede, porque falta uma melhor organização e pagar bem aos profissionais. Não há como repassar essa responsabilidade para a rede privada. A solução é uma política correta do setor público.

Pinheiro acrescentou que, em geral, são os hospitais públicos de referência, como o Miguel Couto e o Souza Aguiar, no Rio, que possuem uma equipe de plantonistas multidisciplinar para atender aos casos de emergência. O mesmo não seria uma prática tão comum nas emergências da rede privada, que contariam basicamente com clínicos gerais.

— Por sua obrigação, os hospitais públicos têm que estar nos plantões com equipes completas com clínico geral, pediatra, neurocirurgiões, ortopedistas, cirurgião vascular, oftalmologista, otorrinolaringologista e anestesista. Na prática, não sei como irá acontecer essa transferência para a rede privada, que, em geral, não tem estrutura semelhante. Acredito que a questão acabará na Justiça — concluiu o vereador.

A lei promulgada prevê que o seu descumprimento, tanto pela rede pública quanto pela privada, deverá ser considerado como omissão de socorro.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Medicina celular chega com força às pesquisas ortopédicas





Estudos científicos comprovam resultados expressivos na aplicação de células-tronco adultas mesenquimais no tratamento de várias doenças como lúpus, AVC, Parkinson, infarto e disfunção do miocárdio, entre outros. Agora, a medicina celular chega com força total nas pesquisas ortopédicas e hoje, certamente, pode-se esperar um novo tipo de medicina neste século.

De acordo com ortopedista Daniel Ramallo, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a terapia celular tem como principal objetivo o reparo, a melhoria e até mesmo a cura de doenças causadas por traumas ou por degenerações. “Tratamentos realizados a partir da própria célula do paciente já são realizados no Brasil e no resto do mundo no segmento de ortopedia. O objetivo deste procedimento, através da aplicação destas células é acelerar o processo de regeneração da área lesionada. A terapia atua evitando a história natural da lesão degenerativa articular”, avalia o ortopedista.

As células-tronco adultas mesenquimais, são naturalmente capazes de realizar reparo e regeneração de tecidos e os resultados da aplicação em pacientes são excelentes”, explica Daniel Ramallo, que acredita ser a medula óssea e o tecido adiposo ótimas fontes de células tronco adultas.“Elas podem ser coletadas, cultivadas, manipuladas e aplicadas em pacientes para diferentes fins. As células mesenquimais, podem reparar músculos, tendões, cartilagem, osso, sistema nervoso, entre outras possibilidades”, alega o médico, explicando que as células-tronco mesenquimais têm a capacidade de se diferenciar de acordo com o ambiente tecidual em que são aplicadas. “Isso já foi comprovado e nos deixa tranquilos e seguros para avançarmos ainda mais com as terapias celulares”, diz, lembrando que no Brasil já foram realizados tratamentos celulares em diversos casos como em pacientes que sofriam de necrose da cabeça do fêmur, falha de reparo de fratura de osso, e também em reparo de cartilagem.

Segundo Daniel Ramallo, os estudos apresentaram resultados muito positivos, principalmente quando comparados às terapias ortopédicas convencionais. “Em vários países, tratamentos com o uso das células-tronco adultas já estão sendo realizados com sucesso. No Brasil, as terapias celulares na ortopedia também já estão em franca expansão e o que pouca gente sabe é que possuímos um laboratório brasileiro autorizado pela Anvisa a manipular essas células para uso humano, portanto já estamos vivenciando esta realidade”, conta Ramallo.

Cerca de 100 mil casos já foram publicados e apresentados pela Literatura Científica, sem nenhum evento adverso grave relatado. “A aplicabilidade da terapia celular cresceu, nos últimos quatro anos, mais que em todo milênio e nos próximos anos as possibilidades serão infinitas. Tais fatos são bons indícios de segurança do seu uso para diferentes casos, como na ortopedia” conta Ramallo, esclarecendo que a grande vantagem é que os tratamentos realizados a partir da própria célula podem trazer resultados mais rápidos e positivos do que as terapias convencionais. “As células-tronco adultas têm a capacidade de se diferenciar de forma controlada em diferentes tipos celulares como osso, músculo, vaso sanguíneo, cartilagem, fibroblastos e tecido, promovendo reparo e regeneração da área na qual é aplicada” explica.

Para se obter as células-tronco mesenquimais, o procedimento é simples. Elas podem ser retiradas em qualquer momento da vida do paciente, a partir de qualquer tecido vascularizado. Uma pequena amostra (biópsia) de pele ou de gordura é suficiente para a obtenção de um número muito relevante de células-tronco adultas.

No Brasil, apenas o laboratório Excellion, localizado no Rio de Janeiro, é autorizado pela Anvisa a oferecer à população a guarda de células-tronco adultas para utilização médica futura – a chamada criopreservação. “A guarda e preservação das células-tronco adultas podem ser feitas por qualquer pessoa em qualquer idade, mas, quanto mais cedo, maior seu potencial de multiplicação. Isso porque elas mantêm as características da idade em que foram retiradas – fator importante para a eficácia do tratamento desejado” diz Daniel Ramallo, enfatizando que independente da idade, a criopreservação é sempre indicada, pois com o trabalho laboratorial é possível o recrutamento de um número significativo de células que podem ser aplicados pelo médico na regeneração de áreas por ele escolhidas.

FONTE: JORNAL DO BRASIL

Faculdade de Adamantina protocola pedido de abertura do curso de medicina

Caso foi encaminhado ao Conselho Estadual de Educação e a expectativa da instituição de ensino é de que a primeira turma já possa ter início em 2015




Do iFronteira


Foi protocolado nesta quarta-feira (26), junto ao Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE), o ofício de pedido de autorização para o funcionamento do curso de medicina das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).
A partir de agora, o projeto pedagógico do curso passa para a assistência técnica do CEE, que vai dar prosseguimento à Câmara de Educação Superior do órgão, onde serão indicados dois especialistas da área de medicina para analisá-lo e indicá-lo para aprovação.
Após a emissão do parecer dos especialistas, haverá uma visita in loco. O projeto retorna à Câmara de Educação Superior, onde será indicado um relator (um dos conselheiros) para emitir o parecer final e aprovação por parte da plenária (junção das Câmaras de Educação Básica e Educação Superior do CEE).
“A nossa expectativa é de que, ao longo deste ano de 2014, não havendo nenhuma variável desconhecida, dentro da normalidade, possamos organizar o curso e assim termos, em 2015, a primeira turma de medicina da FAI”, comemorou o diretor geral da instituição e conselheiro do CEE, Márcio Cardim.


Viabilidade


Na metade do ano passado, foi constituída uma comissão de professores da FAI para estudar a viabilidade da implantação do curso de medicina na instituição.
Essa comissão constatou existir a viabilidade do curso, em período integral, por conta da estrutura já existente na instituição em termos de laboratórios. “Grande parte desses laboratórios é utilizada apenas no período noturno e, como o curso de medicina pretende ser integral, há a possibilidade de utilização dos mesmos durante o dia, havendo, para o momento, apenas a necessidade de adequação dos laboratórios de anatomia e a aquisição de mais materiais para estudo”, salientou o diretor.
Além disso, a instituição procurou as prefeituras de Adamantina e municípios vizinhos a fim de firmar convênios com estruturas da área de saúde para o internato dos universitários, sendo, inclusive, assinados termos de compromisso entre a instituição e essas cidades.
“A direção está confiante porque o projeto foi muito bem elaborado e muito bem justificado pela própria necessidade de a região ter uma melhoria na saúde básica e ambulatorial, que deverá ser impulsionada e dinamizada por essa iniciativa. Esse é um curso realmente necessário para Adamantina e região porque, perante o quadro que temos instalado no Brasil, essa é uma forma de a FAI contribuir com a melhoria do setor”, opinou Cardim.


Projeto pedagógico

Depois dos estudos de viabilidade elaborados por uma comissão de professores da FAI, encabeçada por César Antônio Franco Marinho, o projeto pedagógico do curso de medicina, que vinha sendo estudado desde setembro de 2013, foi desenvolvido.
Nas duas últimas semanas do mês de janeiro, a FAI contou com a colaboração da pesquisadora Ivete Dalben, professora de Epidemiologia da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, que também atua como supervisora de alunos de medicina na rede básica de saúde daquela cidade, para a elaboração do projeto pedagógico, juntamente com a professora Marisa Furtado Mozini Cardim.
“O objetivo é que os alunos de medicina da FAI tenham condições de atuar no Brasil como um todo, enfrentando todas as dificuldades, propondo soluções e melhorias”, salientou Ivete Dalben.
Para ela, os hospitais de Adamantina e região, num raio de até 80 quilômetros, apresentam as condições necessárias, tanto em número de leitos como em condições de tecnologias e especialidades, para o estágio de alunos com a finalidade da formação de médicos generalistas.
“Eu imagino que, com esse projeto pedagógico que concluímos e com as condições que diagnosticamos e levantamos dessa região, as chances de ter uma nova escola de medicina em Adamantina são muito grandes”, destacou a pesquisadora.
Em reunião nesta semana, a Congregação da FAI convalidou o projeto e a proposta de pedido da abertura de curso realizado pela direção junto ao CEE.
“Estamos confiantes na aprovação do projeto porque ele tem fundamentação técnica e a instituição conta com experiência de 30 anos no oferecimento de cursos na área de saúde e esse curso deve somar com todos os outros da mesma área já existentes aqui. Certamente a FAI tem condições de oferecer um curso de qualidade”, concluiu Márcio Cardim.

Já está solto médico que realizava atendimento usando registro de outro

por Acorda Cidade
Publicada em 22/08/2014 10:11:00

Já foi liberado da delegacia de Euclides da Cunha, o médico Marcos Roberto Lopes Filho, de 27 anos, que reside em Feira de Santana e foi preso no dia 13 de agosto deste ano, sob acusação de exercer a profissão ilegalmente.
Marcos é formado em medicina por uma universidade da Bolívia e não foi aprovado no exame de revalidação do diploma no Brasil (Revalida) para ter o direito legal de trabalhar como médico no país. Segundo o advogado Guga Leal, Marcos atendia pacientes usando o registro no Conselho Regional de Medicina - CRM 25431- do médico Marcos Bandeira de Freitas, que mora em Salvador.
Após denúncias, Marcos Roberto foi preso em flagrante atendendo na emergência do hospital Monsenhor Berenguer, em Monte Santo, e levado para a delegacia de Euclides da Cunha. Ele é natural do Mato Grosso do Sul, mas residia em Feira de Santana e atendia como plantonista, cobrindo a folga de outros médicos.
O advogado disse que não sabe se ele atendeu pacientes em unidades hospitalares de Feira de Santana. “Marcos é um médico querido na cidade de Monte Santo, um médico que atendia nos finais de semana e as pessoas ficaram tristes com a notícia. Não consta nada que desabone a conduta dele”, disse o advogado informando que durante o exercício ilegal da profissão, o mesmo não cometeu erros médicos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Márcio Cardim visita hospitais Albert Einstein e São Camilo sobre referência de equipamentos para o curso de Medicina

Segundo o diretor geral da FAI, intenção é implantar na instituição um Centro de Simulação Realística, a exemplo dos hospitais paulistanos visitados
Segunda-Feira, 23 de Junho de 2014
por Daniel Torres de Albuquerque - Colaborou: Prof. Dr. Márcio Cardim




Com vistas de buscar suporte técnico para a implantação do curso de Medicina nas Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI), o diretor geral da instituição, Prof. Dr. Márcio Cardim, esteve em visita aos hospitais Albert Einstein e São Camilo, na cidade de São Paulo no início do mês de junho.

Esses hospitais são referências na área de saúde no Brasil e vêm adotando o mais avançado método de treinamento em ambiente hospitalar, a simulação realística. Esta técnica usa recursos tecnológicos capazes de reproduzir, por meio de cenários clínicos, experiências da vida real utilizando manequins robóticos e sistemas computadorizados integrados.

“Os simuladores fazem uso de manequins e atores que criam um hospital-virtual. A simulação realística capacita os profissionais em todo o ciclo de atendimento ao paciente: a chegada, procedimentos, resultados, relação com familiares e equipe médica. Nesse ambiente é possível treinar profissionais e equipes em diferentes cenários, inclusive os mais raros e de maior risco”, informou a assessoria de imprensa do Hospital Albert Einstein.

A ideia da direção da FAI é construir para o curso de Medicina um Centro de Simulação Realística que também servirá aos outros cursos da área de saúde da instituição. Professores e alunos fariam uso do local para o desenvolvimento das práticas de instrução, o que deve propiciar melhoria na qualidade de ensino.

“O Centro possibilitará uma adequação e otimização das práticas de ensino que em muitos casos poderão ser realizadas na própria instituição sem a necessidade constante de deslocamento dos alunos para os hospitais, tornando, assim, possível a realização de simulações e cenários que muitas vezes não são encontrados com frequência na vida real. Também possibilitará o treinamento de profissionais, prestando um importante serviço à sociedade”, afirmou Cardim.

Segundo o projeto, os manequins que devem integrar o Centro de Simulação Realística da FAI, a exemplo dos utilizados pelos hospitais paulistanos Albert Einstein e São Camilo, são robôs controlados por meio de softwares ou programados antes de seu uso de acordo com a necessidade da disciplina para simular situações reais quantas vezes forem necessárias para a aprendizagem dos alunos.

“Desta forma a FAI, confiante na autorização do funcionamento do curso de Medicina, estará cumprindo o seu papel de iniciar o curso com uma moderna estrutura oferecendo uma boa formação aos futuros profissionais da área médica. E mais, os cursos de Ciência da Computação e TADS [Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas] poderão dar suporte a esses equipamentos, também servindo de aprendizagem aos alunos dessa área, além de criar a oportunidade do desenvolvimento de programas para o aperfeiçoamento dos manequins robotizados”, concluiu o diretor geral.

Governo vai afrouxar regras para aprovar médicos formados em países do exterior


Publicado em 5 de abril de 2012 | Por Andre Spenzieri

MEDICINA NO EXTERIOR

MEDICINA NO EXTERIOR Hoje é possível estudar medicina sem vestibular, em diversas universidades publicas ou privadas espalhadas por todo continente sul-americano sem a necessidade de prestar vestibular, com ingresso direto ao curso pretendido, isto devido ao grande numero de vagas ofertadas, e ao sistema educacional adotado nesses países, onde o estudante tem a opção de direcionar seus estudos para a área profissional que deseja atuar desde o ensino fundamental, eliminando assim a necessidade de prestar vestibular.
O CURSO: Na maioria das Universidades da Bolívia, Paraguay e Argentina, o curso é de primeiro nível, comparando com o Brasil e outros países. Chega a ter em determinada Universidade até 13 mil horas, onde na maior parte das Universidades brasileiras o curso de Medicina, tem uma média de duraçao de 9 mil horas.
RECONHECIMENTO: O Curso de Medicina na Argentina, Bolivia, Cuba, Paraguai etc. São reconhecidos automaticamente no Continente Americano, (exceto no Brasil, onde é preciso revalidar o diploma), na Europa e na Ásia. Uma pessoa formada nestes países poderá trabalhar em qualquer um desses continentes, em muitos países.
REVALIDAÇAO DE DIPLOMA: No Brasil, exige-se a revalidaçao de Diploma, ou seja, qualquer brasileiro que se forme na Bolívia ou em qualquer país do mundo, ao chegar no Brasil precisará revalidar seu diploma, fazendo assim as provas de revalidação. As Universidades Federais do Brasil, são responsáveis pela aplicação das provas.
TRANSFERÊNCIA PARA O BRASIL: Muitos alunos brasileiros, transferem para o Brasil, no quarto ano de Faculdade de Medicina, para poderem fugir da Revalidação de Diploma, isso é possível! Você poderá se transferir no 4º ano de curso, porém somente até o 4º ano, após isso nenhuma universidade aceita transferência. Podendo assim se transferir para uma Universidade Pública (exige prova de transferência) ou Particular que não exige prova alguma.
Fonte:Evando Sanches site:http://www.douranews.com.br/

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Saiba como ter diploma de medicina de fora reconhecido sem o Revalida

Atualmente, médicos formados em faculdades fora do Brasil têm pelo menos sete opções para validar o diploma no país e conseguir a permissão para exercer o ofício:o Revalida,e os processos independentes realizados por pelo menos seis instituições, com regras e calendários variados: as federais Fluminense (UFF), no Rio, de Mato Grosso (UFMT) e Minas Gerais (UFMG), e as universidades estaduais do Rio de Janeiro (Uerj), de Campinas (Unicamp) e de São Paulo (USP).

Por lei, são as universidades públicas que têm a competência de validar qualquer diploma estrangeiro (desde que a instituição ofereça o curso em questão). Desde que o MEC lançou, em 2009, o Revalida (então chamado de Projeto Piloto), a grande maioria das faculdades de medicina federais e estaduais que ofereciam o serviço adotaram a prova do governo como uma das fases do processo. Nesse caso, elas continuam realizando a análise curricular e emitindo o documento de validação. O governo não tem estatísticas sobre quais são as alternativas atuais ao Revalida, porque as instituições são autônomas, mas, entre 2010 e 2013, o número de universidades que aderiram à prova do MEC subiu de 24 para 37. Segundo levantamento feito pelo G1, pelo menos seis ainda oferecem um processo paralelo. A advogada Mirtys Fabiany Azevedo Pereira, assessora jurídica de um site na internet especializado no procedimento, afirma que ele é marcado pela burocracia. Além de centenas de páginas de documentos com tradução juramentada (que pode custar cerca de R$ 20 mil), a maioria das instituições exige que o candidato se inscreva pessoalmente ou envie uma pessoa com procuração. "Na inscrição na UFMT eu apresentei 400 pessoas em março", contou.
Os mais procurados são os das federais de Mato Grosso e Minas Gerais, que tiveram, em 2013, 840 e 1.036 inscritos, respectivamente. Em São Paulo, Mirtys diz que ninguém se inscreve na USP e na Unicamp porque não há qualquer chance de aprovação. "Sempre dá carga [horária] incompatível [na análise curricular]." O presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Medicina da USP, Edmund Chadad Bacarat, explica que a análise documental avalia não só a quantidade de disciplinas do curso, que em geral são as mesmas, mas também o conteúdo de cada uma. Como na USP o conteúdo é considerado forte, na maioria dos casos o candidato à validação sequer é chamado para a segunda fase (prova), porque a equivalência curricular fica abaixo dos 70% exigidos por lei. Dos três candidatos deste ano no processo realizado pela faculdade da capital, foi isso que aconteceu.

Na Unicamp, quatro candidatos se apresentaram neste ano, e três processos já foram concluídos, com três reprovações. Os coordenadores da validação na UFMT e na UFMG afirmam que suas instituições realizam a validação há mais de 20 anos e o processo é considerado transparente e eficaz. Além de terem o maior número de inscritos entre as seis alternativas (igual ou até mais alto que o próprio Revalida), elas também são as únicas que oferecem um curso de complementação de estudos, que o candidato pode fazer na própria instituição, se houver vaga, ou em uma faculdade particular. A advogada Mirtys explica que conhece apenas três instituições privadas com estrutura curricular para oferecer esse serviço, em MG, SC e TO, com preços que podem chegar a até R$ 100 mil por um ano de estudos. As duas instituições, porém, afirmam que o nível de exigência de suas provas é o mesmo que o do Revalida e das avaliações de seus próprios estudantes de medicina. Veja abaixo os detalhes sobre como validar um diploma estrangeiro da área sem fazer a prova do MEC:



MATO GROSSO Onde fazer: Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Fases do processo: Análise do currículo, primeira fase (prova teórica e eliminatória com entre 50 e 60 questões objetivas e dez questões discursivas e segunda fase (a partir de 2013, haverá uma prova prática aos aprovados na primeira fase). A nota de corte é 6,0. O processo todo dura até nove meses. Oferece complementação? Sim, os cinco estudantes com as melhores notas abaixo do corte poderão fazer o estágio complementar de estudos no Hospital Universitário Julio Müller, durante um ano. Se forem aprovados na mesma avaliação aplicada nos alunos da faculdade que também fizeram o estágio, eles receberão a validação. Taxa de inscrição: R$ 400,00 (análise curricular), R$ 600,00 (prova teórica), R$ 250,00 (prova prática) Número de inscritos em 2013: 840 Índice de aprovação: Em 2010, foi de quase 31%; em 2011, foi de 42%. Em 2012, a nota de corte subiu de 5,0 para 6,0 pontos e, por isso, o índice caiu. Dos 932 inscritos, apenas seis foram aprovados (menos de 1%). Outras informações: A revalidação é feita desde 1986 e tem grande procura de candidatos. Segundo o professor Hélio Moratelli, diretor em exercício da Faculdade de Medicina da UFMT, a variação no índice de aprovação se deu por conta do aumento da nota de corte. Em 2011, 705 pessoas se inscreveram e quase 300 tiveram nota acima de 5,0 (na época, essa nota garantia a aprovação). Porém, só 17 tiveram nota acima de 6,0 (nota de corte atual).



MINAS GERAIS Onde fazer: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fases do processo: Análise do currículo, prova teórica (primeira fase) com 110 questões objetivas e cinco discursivas, aplicada em dois dias consecutivos e eliminatória; e prova prática (segunda fase). Para ser aprovado, é preciso acertar no mínimo 60% das questões de cada área. Esse processo dura seis meses. Oferece complementação? Sim, quem não atingir a nota mínima pode cursar no Brasil apenas as disciplinas nas quais foram mal. Caso haja vagas, eles podem cursá-las na de graduação da UFMG, ou completar a carga horária em outra instituição e, depois, fazer uma prova apenas dessas disciplinas feita pela UFMG. Taxa de inscrição: R$ 1.172,20 (paga no ato da inscrição, cobre todos os gastos do processo, inclusive o registro profissional, caso o candidato seja aprovado); oferece isenção parcial ou total da taxa a candidatos que preencham critérios socioeconômicos. Número de inscritos em 2013: 1.036 Índice de aprovação: entre 19% e 21% (em 2012, dos 292 inscritos, 64 foram aprovados) Outras informações: Faz a revalidação há mais de 20 anos. A partir de 2005, desburocratizou as exigências de inscrição. Além de permitir a inscrição pela internet, aceita a maior parte dos documentos sem tradução juramentada. Se os documentos estiverem em inglês ou espanhol, não é preciso providenciar a tradução. Todos os anos, no dia da prova, ou no dia seguinte, a UFMG aplica as mesmas questões a um grupo de estudantes voluntários de medicina da instituição, para calibrar o exame de acordo com o padrão de qualidade exigido na formação dos alunos da UFMG.



RIO DE JANEIRO Onde fazer: Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) Fases do processo: O candidato entrega a solicitação de validação de diploma na instituição, que realiza uma primeira fase de análise da equivalência do currículo. Se não houver compatibilidade de conteúdos, uma segunda fase é feita com base em prova escrita (múltipla escolha) e prática em disciplinas básicas (clínica médica, pediatria, ginecologia-obstetrícia, cirurgia e medicina integral familiar). Oferece complementação? Não. Taxa de inscrição: Não informada Número de inscritos em 2013: 14 Índice de aprovação: Não informado Outras informações: Atualmente, a Uerj não centraliza a demanda pela validação em um processo só. De acordo com a diretora Albanita Viana de Oliveira, há cerca de 14 processos em análise. Ela afirmou ainda que a Uerj está em fase de transição para um processo periódico, com abertura pontual de inscrições, mas ainda sem detalhes definidos. Onde fazer: Universidade Federal Fluminense (UFF) Fases do processo: São quatro fases eliminatórias: análise do currículo, prova teórica com 100 questões, prova discursiva com cinco questões e prova prática à beira do leito do paciente; todas as provas são eliminatórias e têm nota de corte 6,0. Oferece complementação? Não. Taxa de inscrição: Não informado. Número de inscritos em 2013: 138, mas só 98 compareceram à primeira prova. Índice de aprovação: 6,1% (6 dos 98 candidatos que fizeram a prova validaram o diploma). Outras informações: A edição de 2013 do processo de validação da UFF será a última feita paralelamente ao Revalida, segundo o professor José Antonio Monteiro, coordenador do curso de medicina da instituição. Monteiro afirmou que, a partir de 2014, já está definida a adesão da UFF ao processo centralizado do MEC.



SÃO PAULO Onde fazer: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Fases do processo: Análise da documentação, avaliação teórica e prática das habilidades. Oferece complementação? Não. Taxa de inscrição: R$ 1.183 (cobre todos os gastos do processo, inclusive o registro profissional, caso o candidato seja aprovado) Número de inscritos em 2013: Cinco pedidos foram feitos, e quatro já foram concluídos. Índice de aprovação: Nenhum dos quatro pedidos foi aprovado. Outras informações: Segundo a assessoria de imprensa da instituição, o processo é contínuo e não há um datas fixadas para a inscrição. A Unicamp afirma que faz a análise do processo em no máximo seis meses a partir da data de solicitação. Onde fazer: Universidade de São Paulo (USP) Fases do processo: A revalidação pode ser solicitada duas vezes por ano, em fevereiro (validação pela Faculdade de Medicina da capital) e em agosto (na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto). Segundo o site da faculdade na capital, o processo inclui análise de currículo, uma prova teórica e uma prova de habilidades em sete áreas: cirurgia, clínica médica, ginecologia e obstetrícia, medicina legal e ética médica, medicina preventiva, moléstias infecciosas e pediatria. No total, 21 itens são exigidos na bibliograda. Oferece complementação? Não. Taxa de inscrição: R$ 1.530,00, e R$ 90,00 para o registro. Número de inscritos em 2013: 3 (em fevereiro) Índice de aprovação: 0% (em fevereiro de 2013) Outras informações: Segundo o presidente da Comissão de Graduação da Faculdade de Medicina da USP, Edmund Chadad Bacarat, as escolas da capital e de Ribeirão Preto estudam aderir, já no próximo ano, à prova do MEC para validar diplomas. Atualmente, o número de candidatos inscritos no processo da USP é pequeno e, segundo Bacarat, nos últimos três anos nenhum diploma foi validado no processo de fevereiro. Na última edição, os três candidatos sequer foram aprovados na equivalência curricular. Segundo o professor, o motivo é porque, apesar de as disciplinas serem praticamente as mesmas em qualquer faculdade de medicina, na USP o conteúdo programático destas disciplinas é considerado muito mais forte. Fonte: Ana Carolina Moreno Do G1, em São Paulo

Formado em Cuba, médico tentou revalidar diploma na Justiça

Alexandre Coimbra Medina, 38 anos, embarcou para Havana em 1999 com o sonho de retornar à pequena São Luiz Gonzaga, no interior do Rio Grande do Sul, com o diploma de médico na bagagem. Seis anos depois, fazia parte da primeira turma de brasileiros que se formou em medicina na Universidade Latino-americana de Cuba. O objetivo estava cumprido, mas ele estava recém iniciando uma longa maratona de disputas judiciais, estudo e exames para poder exercer a profissão. "Após um tempo, decidi que não adiantava mais brigar na Justiça e tive de provar, no exame de revalidação, que eu tinha sim condições de exercer a medicina no meu País", afirma. Quando Medina foi estudar em Cuba, o Brasil ainda permitia que estudantes formados no exterior pudessem exercer a profissão no País sem passar por uma prova de revalidação do diploma. Mas isso mudou pouco tempo depois, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso. "Quando retornei, em 2005, consegui liminar na Justiça para poder trabalhar. Mas, depois de dois anos, a liminar caiu. Tentei recorrer, mas chegou um ponto que não deu mais", disse. O médico, então, foi fazer o exame de revalidação, uma prova aplicada pelas universidades federais para testar se os graduados fora do Brasil estão aptos para exercer a profissão. Não passou. Ficou um ano sem trabalhar, apenas estudando, e fez o teste de novo, desta vez com resultado positivo. Medina fez a revalidação do diploma na Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá. "Fui até lá porque é mais organizado, aplicam uma prova um pouco mais justa, somente teórica. Em outras universidades, as provas são para rodar mesmo, porque além da prova teórica, tem uma prática e ainda fazem uma entrevista". Segundo ele, a unificação dos exames de revalidação, adotado pelo governo federal a partir de 2010, ajuda a evitar "abusos" cometidos pelas universidades. "Acho que melhorou, mas ainda há muito interesse em dificultar a entrada desses profissionais no Brasil", critica. Enquanto o Conselho Federal de Medicina defende que os médicos formados em Cuba não têm preparo para trabalhar com a realidade brasileira, Medina diz que existe muito preconceito com o ensino na ilha caribenha. "A medicina lá é voltada mais para a prevenção, mas ao contrário do que dizem, o ensino é muito semelhante ao que é feito aqui no Brasil. Tínhamos aula de segunda a sexta, de manhã e à tarde. Nos dois primeiros anos era mais teórico, com disciplinas em sala de aula. No terceiro ano fomos para outra cidade, no meio da ilha, trabalhar já com aulas práticas, dentro do hospital", afirma.
"Professor é igual em qualquer lugar" Alexandre Coimbra Medina, médico
Segundo o médico, a maior diferença entre os dois países está na estrutura dos hospitais. "Aqui no Brasil temos muito mais estrutura para exames e cirurgias, mas na parte do estudo não. Professor é igual em qualquer lugar", disse. Apesar disso, ele afirmou que em Cuba todos os pacientes são tratados da mesma forma. "Lá todo mundo recebe atendimento gratuito, sem distinção. Não existe essa história de receber tratamento diferenciado porque tem plano de saúde, é tudo por conta do governo. É um SUS para todo mundo, mas melhorado, porque todos são atendidos". Medina contou ainda que não sentiu nenhuma dificuldade em trabalhar no Brasil. "O único problema foi me adaptar à rotina burocrática do hospital, como encaminhar pedidos de exame, verificar todos os formulários que precisam ser preenchidos. Isso me atrapalhou um pouco nos primeiros dias, mas me acostumei. Foi muito tranquilo", diz ao destacar que nunca sentiu que sua formação estava aquém das necessidades dos pacientes. "Um bom profissional depende da pessoa, não interessa se estudou nos Estados Unidos, na Inglaterra ou em Cuba. Se o cara é dedicado, preparado, vai fazer um bom trabalho. Não acho que uma prova vai mudar isso". Mais de 600 brasileiros fazem medicina em Cuba Segundo a embaixada de Cuba no Brasil, 651 brasileiros estudam medicina na ilha de Fidel Castro. Para conseguir uma bolsa, basta ser indicado por um partido político ou a uma organização não governamental, ter menos de 25 anos, ter concluído o ensino médio e ser de família de baixa renda. Para quem não sabe falar espanhol, o governo cubano oferece um curso intensivo na chegada ao país. Além de o curso ser totalmente gratuito, os estudantes ganham moradia e alimentação. Medina chegou a Cuba quando tinha 25 anos, logo após a criação da Escola Latino-americana de Medicina (Elam), na capital Havana. Na primeira turma, eram 60 brasileiros. "Tinha gente ligada ao PT, PSDB, todos os partidos", disse o médico, que ganhou a bolsa por meio da Central dos Movimentos Populares (CMP). "O convite foi feito a uma amiga minha, mas ela tinha mais de 25 anos e também não tinha interesse de estudar medicina. Foi então que o telefone da minha casa tocou e eu não pensei duas vezes". Medina vivia com a mãe, uma professora, não tinha emprego fixo e viu na viagem a Cuba uma oportunidade de mudar de vida. De acordo com ele, dos 60 brasileiros que partiram para Cuba em 1999, 44 terminaram o curso. "Alguns desistiram porque não se acostumaram com a distância da família, com uma realidade diferente. Mas eu sabia que aquilo era importante para mim. E foi uma experiência incrível, poder conviver com pessoas de diferentes países e aprender a valorizar o paciente como ser humano, isso é muito forte lá, saber ouvir o que ele diz, e atender a todos, sem distinção", completou o clínico geral.

Mais Médicos: Chioro rebate críticas sobre contratação de estrangeiros

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, rebateu, na manhã desta segunda-feira (18), as constantes críticas à condução do programa Mais Médicos, que prevê um trabalho integrado de médicos brasileiros e estrangeiros no Brasil. O programa é umas das principais bandeiras de luta do governo Dilma, que tenta a reeleição este ano. Durante coletiva de imprensa realizada em um hotel no bairro de Jatiúca, Chioro respondeu a crítica de médicos brasileiros que estariam sendo desvalorizados em favor dos estrangeiros. “Olha, o programa recebeu muitas críticas exatamente daqueles que têm interesses corporativos. Nós não temos nada contra, mas nosso compromisso é com a população que não tinha o atendimento médico e que isso vem dando certo”, disse. De acordo com o ministro, o Governo Federal pretende investir na criação de novas vagas para os cursos de medicina em municípios menores. Além disso, segundo Chioro, existe ainda um investimento na realização de residências médicas nesses lugares de modo a 0valorizar e segurar o profissional no local. “Queremos que o Brasil tenha um número de médicos por mil habitantes parecido com que os países com sistema mais organizado. Essa história de que o Brasil não tinha médicos e que o problema era a concentração, não passa de um argumento corporativo daqueles que não tem conhecimento do que tão falando”, disparou. Desistências De acordo com dados do Ministério da Saúde, de um total de 14.462 médicos contratados pelo programa, 7,8% dos médicos brasileiros desistiram do programa contra outros 1% de estrangeiros. “Nós não podemos deixar a população esperando se há a oportunidade de trazer pessoas de outros países. Há médicos brasileiros, gente de varias nações, enquanto essa medida de ampliação de vagas de medicina, e que demora em média seis anos, não for cumprida", avisa. Ainda para Chioro, países como a França, Canadá e Inglaterra possuem uma cota de médicos vindos de outros países. "Os países mais avançados trazem uma cota de médicos de fora, principalmente para regiões de maior difícil provimento”, justifica. Salários de R$ 12 mil não são atrativos Em Alagoas, vários municípios do interior oferecem em média R$ 12 mil ao médico brasileiro que decide atender nesses locais. Mesmo com o salário, a procura de profissionais não atende a expectativa do governo federal. “Eles alegam que o valor é insuficiente e reclamam da distância, outra parte sai do programa porque busca se especializar”, informa a presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (COSEMS), Normanda Santiago.

Anvisa proíbe venda de 4 medicamentos após denúncias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta quarta-feira, 20, a suspensão da venda e distribuição de quatro medicamentos produzidos pelo Laboratório Teuto Brasileiro. Em vez dos remédios anunciados, embalagens apresentavam outros medicamentos e até mesmo parafuso. Os casos foram descobertos depois de denúncias de consumidores. Entre os produtos estavam analgésicos, pomadas para tratamento de fungos e redução do colesterol. A proibição está presente em resolução da Anvisa publicada no Diário Oficial da União de hoje. O lote 1998101, do Paracetamol 500 mg, produzido pelo Laboratório Teuto, foi suspenso depois de um consumidor ter identificado em uma das embalagens a presença de um parafuso em lugar do comprimido. A validade do lote é novembro de 2015. A denúncia foi feita ao Procon. A empresa, que já iniciou o recolhimento voluntário do lote, informou que o produto foi distribuído em Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Bahia. Outro produto suspenso foi o comprimido de 200 mg de Cetoconzol, lote 1048105. O problema foi constatado por meio de denúncias de consumidor. O paciente informou que, a embalagem apresentava, em vez do produto, indicado para tratamento de infecções, o medicamento Atenolol 100mg. O lote suspenso havia sido distribuído para Goiás, Amazonas, Alagoas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo. A Anvisa determinou ainda a suspensão do lote 8910019, validade 02/2016, do medicamento Nistatina 25.000 UI/g, 60g. De acordo com uma denúncia de consumidor, na embalagem, em vez do remédio adquirido estava neomicina+bacitracina. A nistatina é indicada para candidíase vaginal. Os lotes suspensos foram distribuídos no Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Os produtos serão recolhidos voluntariamente pelo fabricante. Já o lote 6909006, validade 10/2015, do medicamento Atorvastatina Cálcica, comprimido, produzido pelo Laboratório Teuto Brasileiro S.A trazia embalagens indicando concentração de 20 mg, mas o produto encontrado era de 10 mg. O medicamento é indicado para reduzir as taxas de colesterol no sangue. Denúncia feita ao SAC do fabricante revelou que, dentro da embalagem do produto de concentração 20 mg, havia o produto de concentração 10 mg. O lote com problemas havia sido enviado para o Distrito Federal, Pará e Paraná. O Diário Oficial de hoje também traz a proibição da venda do remédio Tabine (citarabina), da empresa Meizler UCB Biopharma S.A. Ao todo, foram suspensos treze lotes do produto, indicado para o tratamento de leucemias agudas não linfocíticas. A decisão foi tomada porque o produto estava for a dos padrões de estabilidade, o que poderia indicar um prazo de validade menor do que o estampado na embalagem. A empresa vai recolher o produto. O Tamsulon, da empresa Zodiac, foi suspenso depois da comunicação da própria empresa, que identificou problemas na data de validade estampada na embalagem do remédio, usado para tratamento de hiperplasia da próstata. A gaze cirúrgica Neve Estéril, também teve sua comercialização suspensa, depois de o Instituto Adolfo Lutz constatar a presença de corpo estranho de coloração escura no interior da embalagem intacta. Fonte: Uol e Anvisa

Pesquisa diz que 93% estão insatisfeitos com SUS e saúde privada

Conselho Federal de Medicina encomendou pesquisa ao instituto Datafolha. Governo vê 'desafios', mas diz que levantamento também 'aponta avanços'.
Pesquisa realizada pelo instituto Datafolha a pedido do Conselho Federal de Medicina (CFM) aponta que 93% dos eleitores brasileiros avaliam os serviços público e privado de saúde como péssimos, ruins ou regulares. Entre os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), 87% dos entrevistados declararam insatisfação com os serviços oferecidos. O Ministério da Saúde divulgou nota na qual afirma que o levantamento "reitera desafios importantes", mas também "aponta avanços" do sistema público de saúde (leia a íntegra ao final deste texto). Na pesquisa, foi pedido aos entrevistados que dessem notas de zero a dez para a saúde no Brasil e para o SUS. O estudo considera ruins ou péssimas as notas de zero a quatro. De cinco a sete, a avaliação é considerada regular. O Datafolha ouviu 2.418 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 3 e 10 de junho deste ano. A pesquisa foi realizada em todas as cinco regiões do país. O levantamento apontou que nos últimos dois anos, 92% da população brasileira buscou atendimento no SUS e 89% da população conseguiu ser atendida pelo sistema público. De acordo com o levantamento, 57% dos eleitores brasileiros consideram que a saúde deveria ser tema prioritário para o governo federal. Em seguida estão a educação (18%) e o combate à corrupção (8%). Para o presidente do CFM, Roberto D'ávila, a pesquisa mostra a "insatisfação da população". D'ávila disse ainda que não se pode tratar a saúde como "bem de consumo". "A situação é extremamente grave. Mas toda vez que nós falamos, sempre é levantada a possibilidade de um viés corporativo. A pesquisa mostra a insatisfação da população", afirmou o presidente do CFM. "Saúde é um dever do Estado e um direito da população. A saúde não é um bem de consumo. É um bem público", concluiu. Tempo de espera no SUS Outro ponto destacado pelos entrevistados foi o tempo de espera para o atendimento no SUS. Das pessoas ouvidas, 725 (30%) disseram estar esperando a marcação ou realização de algum serviço no Sistema Único de Saúde ou disseram que tê alguém da família nessa situação. Destes 725, 24% disseram que estão na fila de espera há até um mês; 47% disseram aguardar o atendimento há entre um e seis meses; e 29% dizem que aguardam na fila do SUS há mais de seis meses - algo em torno de 210 pessoas. Segundo a pesquisa, as maiores taxas de pessoas que aguardam na fila do SUS estão entre as mulheres de 25 a 55 anos, de classes sociais mais baixas, residentes em regiões metropolitanas e no Sudeste do Brasil. Serviços do SUS Entre os serviços oferecidos pelo SUS e considerados de difícil acesso, 33% dos entrevistados consideram o acesso às cirurgias "muito difícil". Em seguida, estão procedimentos específicos como quimioterapia e hemodiálise (23%), o serviço de atendimento em casa - conhecido como "home care" (21%) e internações hospitalares (20%). Já os serviços considerados de mais fácil acesso são a distribuição de remédios gratuitos pela rede pública - 53% consideram fácil - e o atendimento em postos de saúde (47%). Para os entrevistados que disseram ter utilizado algum serviço do SUS, 26% consideram a qualidade do atendimento como ruim ou péssimo; 44% avaliam como regular; e 30% considera a qualidade boa ou excelente Ministério da Saúde aponta avanços Leia abaixo nota divulgada pelo Ministério da Saúde: Esclarecimentos do Ministério da Saúde sobre pesquisa Datafolha A pesquisa Datafolha, divulgada nesta terça-feira (19/8) pelo Conselho Federal de Medicina, reitera desafios importantes para o sistema de saúde e aponta avanços como acesso superior a 84% na maioria dos tipos de serviços avaliados. Das pessoas que procuram os postos de saúde, 91,3% conseguiram atendimento, o que demonstra os bons resultados de estratégias como o Mais Médicos. Dos que utilizaram o SUS, 74% avaliam a qualidade do atendimento com notas superior a 5, sendo que um terço dos entrevistados deram notas entre 8 e 10. Lamentamos a interpretação tendenciosa e parcial dos dados e o esforço do CFM na tentativa de desconstrução do SUS. Ministério da Saúde, Conselho Nacional dos Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde

Arquivo do blog