Caso foi encaminhado ao Conselho Estadual de Educação e a expectativa da instituição de ensino é de que a primeira turma já possa ter início em 2015
Do iFronteira
Foi protocolado nesta quarta-feira (26), junto ao Conselho Estadual de Educação de São Paulo (CEE), o ofício de pedido de autorização para o funcionamento do curso de medicina das Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI).
A partir de agora, o projeto pedagógico do curso passa para a assistência técnica do CEE, que vai dar prosseguimento à Câmara de Educação Superior do órgão, onde serão indicados dois especialistas da área de medicina para analisá-lo e indicá-lo para aprovação.
Após a emissão do parecer dos especialistas, haverá uma visita in loco. O projeto retorna à Câmara de Educação Superior, onde será indicado um relator (um dos conselheiros) para emitir o parecer final e aprovação por parte da plenária (junção das Câmaras de Educação Básica e Educação Superior do CEE).
“A nossa expectativa é de que, ao longo deste ano de 2014, não havendo nenhuma variável desconhecida, dentro da normalidade, possamos organizar o curso e assim termos, em 2015, a primeira turma de medicina da FAI”, comemorou o diretor geral da instituição e conselheiro do CEE, Márcio Cardim.
Viabilidade
Na metade do ano passado, foi constituída uma comissão de professores da FAI para estudar a viabilidade da implantação do curso de medicina na instituição.
Essa comissão constatou existir a viabilidade do curso, em período integral, por conta da estrutura já existente na instituição em termos de laboratórios. “Grande parte desses laboratórios é utilizada apenas no período noturno e, como o curso de medicina pretende ser integral, há a possibilidade de utilização dos mesmos durante o dia, havendo, para o momento, apenas a necessidade de adequação dos laboratórios de anatomia e a aquisição de mais materiais para estudo”, salientou o diretor.
Além disso, a instituição procurou as prefeituras de Adamantina e municípios vizinhos a fim de firmar convênios com estruturas da área de saúde para o internato dos universitários, sendo, inclusive, assinados termos de compromisso entre a instituição e essas cidades.
“A direção está confiante porque o projeto foi muito bem elaborado e muito bem justificado pela própria necessidade de a região ter uma melhoria na saúde básica e ambulatorial, que deverá ser impulsionada e dinamizada por essa iniciativa. Esse é um curso realmente necessário para Adamantina e região porque, perante o quadro que temos instalado no Brasil, essa é uma forma de a FAI contribuir com a melhoria do setor”, opinou Cardim.
Projeto pedagógico
Depois dos estudos de viabilidade elaborados por uma comissão de professores da FAI, encabeçada por César Antônio Franco Marinho, o projeto pedagógico do curso de medicina, que vinha sendo estudado desde setembro de 2013, foi desenvolvido.
Nas duas últimas semanas do mês de janeiro, a FAI contou com a colaboração da pesquisadora Ivete Dalben, professora de Epidemiologia da Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu, que também atua como supervisora de alunos de medicina na rede básica de saúde daquela cidade, para a elaboração do projeto pedagógico, juntamente com a professora Marisa Furtado Mozini Cardim.
“O objetivo é que os alunos de medicina da FAI tenham condições de atuar no Brasil como um todo, enfrentando todas as dificuldades, propondo soluções e melhorias”, salientou Ivete Dalben.
Para ela, os hospitais de Adamantina e região, num raio de até 80 quilômetros, apresentam as condições necessárias, tanto em número de leitos como em condições de tecnologias e especialidades, para o estágio de alunos com a finalidade da formação de médicos generalistas.
“Eu imagino que, com esse projeto pedagógico que concluímos e com as condições que diagnosticamos e levantamos dessa região, as chances de ter uma nova escola de medicina em Adamantina são muito grandes”, destacou a pesquisadora.
Em reunião nesta semana, a Congregação da FAI convalidou o projeto e a proposta de pedido da abertura de curso realizado pela direção junto ao CEE.
“Estamos confiantes na aprovação do projeto porque ele tem fundamentação técnica e a instituição conta com experiência de 30 anos no oferecimento de cursos na área de saúde e esse curso deve somar com todos os outros da mesma área já existentes aqui. Certamente a FAI tem condições de oferecer um curso de qualidade”, concluiu Márcio Cardim.
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