sábado, 23 de agosto de 2014

Mulher volta atrás e nega ter sido agredida por médico em hospital Discussão em hospital de Goiânia motivou processos dos dois lados. Médico mostrou à Justiça câmera de segurança; mulher fará retratação.

DO G1


Uma discussão ocorrida em maio deste ano em Goiânia entre uma consultora de vendas que levou o filho a um hospital particular e o médico dono do estabelecimento foi parar na Justiça. Ela o processou por agressão. Na sequência, ele entrou na Justiça contra a mulher por danos morais, injúria e difamação e mostrou como prova imagens de câmeras de segurança.
Como parte do acordo em uma das ações, ela teve que fazer uma retratação pública retirando a afirmação de que havia sido agredida.
Na época, o G1 publicou uma nota sobre o caso após a consultora de vendas Emilene Silveira registrar um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) no 1º Distrito Policial da cidade, em que relatava um caso de agressão. O marido dela, o comerciante Edinaldo Antônio da Silveira, contou ao G1 que chegou ao Hospital Pronto Socorro Infantil naquela ocasião e que o médico Gustavo Rassi Nader tratou sua mulher com "arrogância" e pegou-a pelo braço e arrastou-a para fora porque se recusava a deixar o hospital.
Segundo a polícia, Emilene afirmou que o médico lhe bateu por achar que ela estava fazendo um escândalo no hospital. Nader negou as acusações.
Procurada pela reportagem na quinta-feira (21), a consultora de vendas preferiu não comentar mais o assunto. O médico disse ao G1 que apresentou imagens de câmeras de segurança à polícia, que comprovaram que ele não bateu na mãe do paciente. "Eu não encostei nela", afirmou.
Processos
O inquérito de Emilene contra Nader foi concluído e remetido à Justiça. No entanto, posteriomente, o médico moveu duas ações contra ela, uma por danos morais e outra por injúria e difamação. Em audiência no dia 7 deste mês, eles fizeram um acordo onde a mulher se retratou diante do juiz e se comprometeu a enviar cópias do termo de retratação à imprensa negando que tivesse sido agredida no hospital.
Segundo o médico, o documento que uma recepcionista pediu que Emilene assinasse, e que deu início à discussão, é legal. "Ela se recusou a assinar o termo de internação em que caso o convênio médico não autorize a internação, o paciente se responsabiliza. É um termo para todo mundo naquele hospital. Ela ficou batendo boca com a recepcionista e eu, como responsável pelo hospital, fui tentar resolver", disse.
Como parte do acordo, os processos foram suspensos até que Emilene faça todas as retratações, quando, então, as ações serão extintas. "Não quero prejudicá-la. Todos os processos serão retirados, desde que ela se retrate com os veículos de imprensa e junte os comprovantes aos autos em até 30 dias [esse prazo vence no dia 20 de setembro]", explica Nader.

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