Experiência internacional no currículo é um grande diferencial, mas pode significar ficar fora do mercado; o que pesa mais?
A análise da lista de vantagens e desvantagens sobre estudar em outro país podem ajudar os estudantes a decidirem se vale mesmo a pena preparar as malas e estudar no exterior. Confira:
#Prós:
1. Flexibilidade e Multidisciplinaridade
No sistema educacional brasileiro, os alunos precisam decidir antes de entrar na faculdade qual carreira irão seguir. Em outros países essa escolha pode ser mais flexível. Nos Estados Unidos, por exemplo, há a possibilidade do estudante ter uma formação multidisciplinar e experimentar várias matérias antes de escolher qual será o seu major, ou seja, seu curso foco na graduação.
2. Experiência internacional
A Oxford Economics conduziu uma pesquisa global com profissionais de recursos humanos e identificou quatro áreas que necessitam de novas competências profissionais. Uma destas áreas é a de Operações Globais, com competências como “Habilidade de administrar equipes diversas; Entendimento de mercados internacionais; Capacidade de trabalhar em múltiplos locais no exterior; Domínio de línguas estrangeiras e Sensibilidade cultural”. Uma vivência no exterior irá contribuir para o desenvolvimento dessas competências, essências ao atual cenário de globalização dos mercados e aumento da competitividade em nível global.
3. Estudar nas melhores universidades do mundo
De acordo com o principal ranking universitário internacional, o Times Higher Education (THE), publicado em Londres, mais de 40 das 100 melhores universidades do mundo ficam nos Estados Unidos e cerca de 30 ficam na Europa. O Brasil tem apenas uma universidade no ranking, a USP.
4. Vida no campus e atividades extracurriculares à disposição
Em muitas universidades do exterior, os alunos vivem no campus da universidade. “Lá eles compartilham as moradias estudantis com alunos de várias nacionalidades, participam de clubes e associações de esportes, interesses acadêmicos, xadrez, etc. Além disso, atividades que aqui são extras, como idiomas, são obrigatórias e fazem parte do currículo”, explica Laila Parada-Worby, ex-aluna de Harvard. Com tantas atividades à disposição, o aluno tem mais possibilidade de desenvolver competências múltiplas, valorizadas pelo mercado.
5. Crescimento pessoal e autonomia
Um dos grandes ganhos com a experiência de estudar fora é o crescimento pessoal que a saída da zona de conforto proporciona. Segundo a diretora do Virginia Center School, Ana Virginia Kesselring, a autonomia é o principal ganho que o aluno terá. “Estudando fora com certeza ele vai se tornar um aluno mais ativo, que vai atrás do conhecimento, que sabe aprender. Para a sua educação, esse é o maior ganho que ele vai ter”, afirma.
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#Contras:
1. Custos de estudar fora
Os custos de estudar fora são superiores ao que estamos acostumados a pagar em universidades particulares no Brasil. Um ano de Administração em Harvard, por exemplo, custa entre R$ 115 e 125 mil/ano. O mesmo curso na Fundação Getúlio Vargas, um das mais renomadas no Brasil nesta área, é de R$ 30 mil ao ano aproximadamente.
2. Dificuldades na adaptação cultural
A adaptação cultural em outro país pode representar muitos desafios. Para Tábata do Amaral, estudante de graduação em Harvard, foi muito difícil acostumar-se à alimentação de lá. “Fiquei quase duas semanas sem tomar a água daqui, porque eu não gostava. Também não suporto o frio”, conta. Comida, hábitos da nova cultura, clima e saudade da família e dos amigos são pontos que devem ser levados em conta.
3. Estar fora do mercado brasileiro
Estágios, participação em eventos e em cursos de aprimoramento profissional são atividades importantes para construção de currículo e principalmente networking, o que aumenta as chances de conseguir um emprego após a graduação. O risco do aluno brasileiro perder laços com o Brasil, e isso impactar em seguida sua trajetória profissional, existe – exigindo atenção especial para reverter a situação.
4. Validação do diploma
Para ser válido no Brasil, o diploma de graduação de uma universidade fora precisa ser validado. O processo se dá por meio das universidades federais do país, sendo que cada instituição possui um procedimento próprio. Esse processo costuma ser burocrático e pode exigir a realização de testes adicionais. Carreiras como Direito e Medicina são especialmente complicadas de se cursar no exterior, pois a diferença nos sistemas educacionais torna o processo de validação delas praticamente impossível.
5. Atrasar seis meses na graduação
O calendário de graduação nos outros países, principalmente do hemisfério norte, é diferente do calendário acadêmico do Brasil. Aqui, o ano letivo da faculdade tem início entre fevereiro e março. Já nos EUA e na Europa, por exemplo, as aulas do ano letivo na faculdade iniciam em agosto ou setembro.
Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/
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